O reencontro deste casal sírio fará você acreditar no amor
Bradley Secker
"Nada é mais doce do que ver você novamente e ficarmos juntos para todo sempre."
Bradley Secker
Nader e Omar passaram por muita coisa desde que se conheceram em uma das boates gays mais famosas de Istambul, a Tek Yön. Refugiados da guerra civil na Síria, os dois passaram a morar juntos e construíram suas vidas na cidade — até que receberam uma ligação com a notícia de que o pedido de asilo de Nader havia sido aceito pela agência de auxílio a refugiados das Nações Unidas. Ao obter asilo político na Noruega, o rapaz teria que deixar Istambul, seu lar desde junho de 2014, para viver em uma cidade europeia da qual não conhecia praticamente nada.
Os dois ficaram divididos entre a felicidade e a melancolia, sabendo que seria difícil manter um relacionamento à distância. Além disso, não havia nenhuma notícia sobre o pedido de asilo de Omar.
Como a união civil e o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é legal nem na Síria nem na Turquia, o casal, que está noivo, não pôde fazer seu pedido de asilo à ONU conjuntamente. Se eles fossem um casal sírio heterossexual, a situação teria sido bem mais fácil e ambos teriam sido poupados de muita tortura mental.
Durante a festa de aniversário de Omar em Istambul, Nader coloca um anel no dedo de Omar após ele aceitar seu pedido de casamento.
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Entre aplausos, o casal se abraça.
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Na véspera da partida de Nader para a Noruega, o casal conversa com a mãe de Omar pela internet.
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No aeroporto, Nader aguarda ansiosamente pela chegada do avião de Omar, que vem de Istambul.
O casal se despede com um último beijo.
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Nader ficou seis meses sozinho em Bergen, na Noruega. O casal manteve contato, mas não sabia se um dia iria se ver novamente.
Nader conversa com Omar pelo celular no topo do Monte Fløyen, com vista para a segunda maior cidade da Noruega, Bergen.
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E, então, a boa notícia: Omar finalmente recebeu asilo político da Noruega.
Bradley Secker
Sem hesitar, Nader entra em ação e se prepara para a chegada do seu parceiro.
Bradley Secker
No aeroporto, Nader aguarda ansiosamente pelo avião de Omar, que chegará de Istambul.
Bradley Secker
Levando uma rosa para Omar, Nader tem dificuldade para conter sua empolgação.
Bradley Secker
Finalmente, o reencontro...
... após meses de separação.
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À beira das lágrimas, Omar é levado a seu novo apartamento e recebido com uma surpresa.
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Nader encheu a sala com velas formando o desenho de um coração — e, no meio, elas foram arrumadas para formar as letras "N" e "O", as iniciais deles.
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As malas de Omar continham a dicotomia fluida de sua identidade como gay e muçulmano: capas penianas na cor pink, um tapete de oração, doces sírios e turcos, um dildo, uma bandeira nas cores do arco-íris, o Alcorão, tangas minúsculas, casacos de inverno e um traje semitransparente de dança do ventre.
Fazer de uma nova cidade o seu lar leva tempo. Nader e Omar estão estudando o idioma norueguês e têm muitas oportunidades à frente. Deixando para trás o trampolim que foi Istambul, um lugar onde os dois viveram muitas emoções e Nader iniciou um encontro semanal para refugiados LGBT de língua árabe chamado "Chá e Conversa", ambos encontraram um raro final feliz.
Na sua primeira manhã em Bergen, Omar disse: "Vê só, nem tive que vir de barco e caminhar pela Europa — vim de avião! Quando ele decolou, dei graças a Deus!".
Não demorou para a ficha do casal cair, e eles se verem felizes e sorridentes de mãos dadas no sofá.
Bradley Secker