Bruno Covas pede expulsão de Aécio Neves. E tem o apoio de João Doria
O prefeito de São Paulo pretende disputar a reeleição em 2020 e o governador quer ser candidato a presidente em 2022
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O prefeito de São Paulo pretende disputar a reeleição em 2020 e o governador quer ser candidato a presidente em 2022
O que o PSDB mais teme? Que o deputado federal Aécio Neves seja preso estando filiado ao partido. Por isso o governador de São Paulo, João Doria, sugeriu que Aécio Neves deve sair de maneira espontânea. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi mais enfático e disse que na quarta-feira, 10, que o ex-senador deve ser “expulso” do partido. Já o diretório do PSDB de Minas Gerais frisou que pode pedir a expulsão de Covas, que respondeu que o partido deve escolher entre ele e o ex-governador mineiro. É provável que só Minas quer manter o neto de Tancredo Neves no tucanato.
Aécio Neves é investigado em oito inquéritos da Operação Lava Jato. Num processo, é réu, sob acusação de corrupção, pois teria cobrado 2 milhões de reais do empresário Joesley Batista, do grupo JBS. O diretório municipal de São Paulo formalizou, em documento enviado ao PSDB nacional, o pedido de expulsão do deputado federal.
“Já manifestei diversas vezes no sentido da expulsão do deputado Aécio Neves do partido. E se o diretório do PSDB de Belo Horizonte quer a minha expulsão, essa é uma boa decisão, então, que fica para o PSDB nacional: ou eu ou Aécio Neves no partido”, disse Bruno Covas. Depois, acrescentou: “Ou um ou outro. É incomparável”.
João Doria insiste que Aécio Neves deve sair espontaneamente. É o modo mais “claro, transparente, equilibrado e sereno”. Seria a chamada expulsão “branca”. “Esta é uma solução política e eticamente adequada, mas é uma decisão que compete a ambos [a Aécio e ao PSDB]. Mas, se não adotarem, o PSDB vai adotar.” Tradução: se não sair, Aécio Neves será expulso.
Mesmo acossado pelo tucanato de São Paulo, Aécio Neves não quer sair, ao menos não escorraçado. Por meio de nota, disse que “não há nova denúncia contra ele”. O problema é que as velhas denúncias — que permanecem novas, pois ele ainda foi julgado — são graves. O deputado destacou que o Supremo Tribunal Federal “apenas transferiu denúncia para a Justiça Federal de São Paulo”. Mesmo contra as evidências, o ex-senador garante que é “inocente”.
Em jogo 2020 e 2022
O que está em jogo? Líderes do PSDB que não estão envolvidos na Operação Lava Jato querem excluir os envolvidos. Eles acreditam que, se limparem o partido, terão mais chances eleitorais tanto nas eleições de 2020 (Bruno Covas disputará a reeleição) quanto de 2022 (João Doria deve ser candidato a presidente da República).
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