Léo Gamalho minimiza pressão por gols: 'Não fico pensando nisso'
Centroavante admitiu não estar 100% ainda, e comentou sobre novo técnico do Vitória, Léo Condé: "Tenho o maior respeito"
Léo Gamalho contratado para ser o goleador do Vitória na temporada 2023. Depois de algumas ausências, ele vive ótimo momento com a camisa rubro-negra. O centroavante marcou dois gols nos últimos dois jogos do Leão, incluindo o 2x1 sobre o Atlético de Alagoinhas, na quarta-feira (8), pelo Campeonato Baiano.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (9), o atacante falou sobre a responsabilidade de ser a referência ofensiva do time na temporada, mas minimizou a pressão.
"Não fico pensando muito nisso. Eu procuro fazer o melhor nos treinamentos, me preparo bastante. Trabalho aquilo que é da minha função, que é a finalização. Procuro cuidar da alimentação, descanso, fazer o meu melhor dentro de campo e ajudar o Vitória a conseguir os melhores resultados. Agora, pegando o ritmo cada vez mais, acho que eu estou mentalizando... Eu sei que tudo o que se gerou pela contratação, mas não fico pensando nisso. Penso mais como eu posso ajudar dentro de campo meus companheiros. É isso que eu fico mentalizando", afirmou.
Léo Gamalho, porém, ainda não teve a sequência de jogos que gostaria. Ele esteve em campo em apenas quatro dos 11 jogos que o Vitória fez na temporada.
As ausências se deram por dificuldades em sua regularização, além de um corte no antebraço, que obrigou o atacante a passar por uma cirurgia. O atacante assumiu que ainda não está completamente recuperado, mas que está melhorando aos poucos.
"Já estou me sentindo um pouco melhor. Pegando um pouco mais de confiança no apoio do braço, tudo isso. Ainda não estou 100%. Ainda sinto algumas dores, quando tem choque. Normal da recuperação. Tirei os pontos há poucos dias. Faz parte da adaptação para voltar ao normal", afirmou.
"Foi difícil para mim, acabei me machucando de uma maneira que não é corriqueira no futebol. No mesmo dia que eu estava treinando junto com meus companheiros, à noite estava entrando em um quarto de cirurgia para fazer limpeza do ferimento. Foi um corte muito profundo. Me machuquei no dia que minha família chegou a Salvador, minha esposa saiu do aeroporto e foi para o hospital. Meus filhos chegaram na terça-feira e fui vê-los só na sexta, após a alta do hospital. Foi complicado, ninguém espera que essas coisas aconteçam. Ainda estou em fase final de recuperação", completou.
O centroavante de 37 anos também falou sobre o novo técnico do Vitória, Léo Condé. Os dois trabalharam juntos em 2016, no Goiás, e agora irão retomar a parceria, dessa vez na Toca do Leão. O treinador fará sua estreia neste domingo (12), às 16h, contra o Jacuipense, no Barradão.
"Eu trabalhei com o professor Léo Condé em 2016, no Goiás. Quando fui contratado, ele já era treinador. Acabamos não trabalhando durante muito tempo, mas tenho o maior respeito por ele. Que possa estar nos ajudando, corrigindo nossos erros, vendo a melhor maneira de a gente jogar. Desejo o melhor para ele aqui na adaptação ao clube", afirmou.
"O que precisar de minha ajuda e dos meus companheiros, pode ter certeza que vamos dar nosso melhor para ajudar. Que a gente possa retomar o caminho de grandes vitórias. Ele fez um bom trabalho com o Sampaio Corrêa, quase subiu para a Série A. Espero que a gente possa ser forte em casa, e fora de casa fazer grandes resultados. Espero que ele nos ajude", seguiu.
O Vitória é, neste momento, o quinto colocado do Campeonato Baiano, com dez pontos. Está dois atrás do Itabuna, que é o último time do G4. O camisa 9 também comentou sobre a pressão pela classificação ao mata-mata, depois de eliminações precoces em quatro anos seguidos.
"A gente sabe que o Vitória passou situações complicadas no Campeonato Baiano, mas precisamos fazer nossa parte agora. Começamos a competição com dificuldade de ganhar, pontuar. Estamos nos recuperando e chegando forte demais nesse momento. Faltam dois jogos, em casa. Vamos buscar essas vitórias".
Veja outros trechos da entrevista de Léo Gamalho:
Adaptado ao time?
Acho que ainda estou em adaptação. Apesar de que cheguei em meados de dezembro, já faz um bom tempo que estou aqui, quase dois meses. Mas não fiz tantos jogos, devido às situações comentadas. Acho que ainda estou me adaptando junto aos meus companheiros. Quanto mais jogos a gente fizer, mais adaptado, mais conjunto a gente deve ter. Claro que, dentro do vestiário, com meus companheiros, estou me enturmando cada vez mais. A gente vai se conhecendo um pouco mais, concentra com um jogador, concentra com outro. Isso tem sido muito bom.
Entrosamento
A gente está se conhecendo ainda. Joguei algumas vezes, tive companheiros diferentes comigo na frente. Teve um pouco disso. Teve a estreia neste último jogo, com Thiago Lopes. Essas questões, a gente vai se adaptando. Cada um complementando seu espaço, eu conhecendo a movimentação dos meus companheiros, eles conhecendo a minha.
Busca pelo jogo
Nem sempre todo treinador me deixa procurar o jogo, alguns preferem que eu fique na área, já que segura dois zagueiros, traz a atenção da defesa e libera espaço para meus outros companheiros. Mas tem circunstâncias de jogos que eu procuro também movimentar um pouco mais, tocar mais na bola, estar mais presente, para que não fique tão frio no jogo. Mas, com a chegada do professor, ele vai encontrar uma maneira bacana para a gente jogar, acertar o que precisa. Espero que ele possa fazer um grande trabalho conosco.
Expectativa dos torcedores
Agradeço a confiança de cada um deles, espero retribuir. Como que eu faço isso é chegando no horário, fazendo meu melhor dentro dos treinamentos, cuidando da minha alimentação, do meu peso. Dando descanso. Procurando fazer o melhor no dia a dia, que as coisas vão acontecendo naturalmente. Eu sei que sozinho não vou conseguir fazer nada. Preciso de todos os meus companheiros, assim como ele também vão precisar da minha ajuda. Ninguém faz nada sozinho. Espero dar minha contribuição, o torcedor espera isso. Vou fazer isso cada dia no trabalho, me dedicando cada vez mais e ajudando meus companheiros na forma que for dentro de campo.