MS injeta R$ 1,8 bilhão e vira "canteiro de obras" para atrair setor privado

Com uma agenda voltada à atração do setor privado, o governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), está investindo na modernização e manutenção de seus modais de transporte. Apenas para o primeiro ano de gestão, o governador Eduardo Riedel (PSDB) confirmou mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos para melhoria de estradas e reforma de aeroportos, transformando o Estado em um verdadeiro "canteiro de obras".  Na avaliação do secretário de Infraestrutura e Logística, Hélio Peluffo, o Estado assumiu um importante papel de planejar e articular ações capazes de acenar para a iniciativa privada e atrair investimentos vultosos para Mato Grosso do Sul. “Além da mobilidade, os investimentos são um aceno para iniciativa privada, mostrando que estamos fazendo muito no ramo de infraestrutura e logística”, frisou o secretário. Investimento em infraestrutura se tornou prioridade na agenda política da atual gestão, uma vez que com mais empresas, de diferentes setores, instaladas em solo sul-mato-grossense, aumenta consideravelmente a capacidade produtiva, de inovação, de produtividade e de geração de empregos em Mato Grosso do Sul, produzindo efeitos positivos ao avanço econômico em um curto período de tempo. Recuperação e pavimentação de rodovias - Para 2023, estão planejadas obras de implantação, pavimentação e restauração de 450 quilômetros de estradas em diferentes municípios, todas com contratos firmados e que já estão em execução ao custo total de R$ 1,2 bilhão. No total, são 16 estradas estaduais estão em obras, entre elas oito fazem parte de forma direta da Rota Biocêanica. Serão restaurados os pavimentos na MS-157, entre os municípios de Maracaju e Itaporã. Ao todo, são dois lotes de obra que somam 63,82 quilômetros para adequação da capacidade de tráfego, segurança e drenagem. Também será restaurado o pavimento da MS-384, no trecho de aproximadamente 73 quilômetros entre Antônio João e Bela Vista, que faz parte da Rota Biocêanica. Ainda em execução está a pavimentação da MS-162, no trecho determinado entre Maracaju e Placa do Abadio, em Itaporã. A pavimentação vai até o entroncamento da MS-270, que também está em obras de pavimentação até a Cabeceira do Apa, em Ponta Porã. As obras em execução também fazem parte do projeto de interligação à Rota Bioceânica. No cronograma de entregas, o trabalho da pavimentação da MS-166, na região do Posto Polaco, em Maracaju, está em fase final. A pavimentação do trecho também faz parte do acesso à Rota Biocêanica, tendo em vista que a região é uma importante produtora de grãos do Estado. Também como acesso à Rota Bioceânica estão em execução a pavimentação da MS-278 e MS-378, que vai de Ponta Porã a Fátima do Sul, ligando o Posto Guaíba, Carapã, Café Porã, Nova América e Vila São José. A MS-382, de Guia Lopes da Laguna e Ponta Porã, também receberá pavimentação. Para melhorar o acesso de turistas, rotas do turismo também estão sendo pavimentadas. A MS-345, entre Bonito e Anastácio, está com o cronograma avançado. Quando pavimentada, o trecho, conhecido como Estrada do 21, encurtará em 40 quilômetros a viagem de Campo Grande a Bonito. Em Terenos, a pavimentação da MS-352 até a Ponte do Grego também está em ritmo acelerado, ao todo, 40 quilômetros da rodovia serão pavimentados. A MS-320, que ligará Três Lagoas à MS-377, no trevo Vera Cruz, também está em obras, ao todo, 40 quilômetros da rodovia serão pavimentados. Estratégica por viabilizar o acesso à nova fábrica da Suzano Papel e Celulose em Ribas do Rio Pardo, a MS-338 também receberá pavimentação. Ao todo, 111,5 quilômetros de estrada entre duas importantes rodovias federais, a BR-060 e a BR-262, serão contemplados. Em Chapadão do Sul, a MS-425, MS-229 e MS-320 também estão sendo pavimentadas entre a BR-060 e o entroncamento da MS-316. O traçado encurtará em 28 quilômetros a distância entre os municípios de Chapadão do Sul e Três Lagoas. Por fim, dentro do cronograma de pavimentação, está a MS-165, conhecida como rodovia Sul-fronteira, no trecho das cidades de Coronel Sapucaia a Paranhos, em uma extensão de 55 quilômetros. A pavimentação encurtará a distância das cidades fronteiriças, entre elas Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Mundo Novo, Paranhos e Sete Quedas. Novos trechos - Além do investimento em restauração e pavimentação, o governo anunciou R$ 332 milhões para a abertura de 150 quilômetros de novas estradas, que por enquanto não serão pavimentadas, mas que contarão com o revestimento primário de cascalhamento. As novas estradas serão majoritariamente na região pantaneira de acesso a portos para o escoamento de minério. “Esses são pedidos da iniciativa privada, que precisava fazer um acesso ao porto, pois teve um aumento considerável na produção de minério”, explicou Peluffo. Serão criadas estradas de acesso ao Porto Esperança e a ferrovia Malha Oeste pela BR-262; de acesso ao Porto Rolon na Nhecolândia, iniciando no entroncamento a MS-228; e de acesso ao Porto São Pedro no Pantanal do Paiaguás, todos em Corumbá. Também serão abertos seis novos trechos de estradas, entre eles a Rodovia Barranqueira, que margeia o Rio Taquari, começando na região do Cristo Redentor do Pantanal e segue até a Fazenda Aldeia, em Coxim. Ainda em Corumbá, serão abertos trecho na MS-168, começando na MS-214 que dará acesso à ponte do Rio Taquari; outro trecho na MS-168, começando na MS-423 ligando os pantanais do Paiaguás e Nhecolândia. Além de trechos na MS-214, MS-228 e MS-454. Pontes de concreto - Até o fim de 2023, também serão entregues 34 novas pontes de concreto que estão em construção em diversos córregos em 21 trechos de rodovias estaduais e estradas vicinais. Ao todo, serão 66,5 milhões investidos nas travessias. Os locais que receberão as estruturas em concreto são: Rio Negro, em Rio Negro; Rio Bacuri, em Bonito; Rio Dourados, na divisa com Deodápolis; Córrego Memória, em Sidrolândia; Córrego Barreirinho, em Terenos; Córrego da Viga, em Ribas do Rio Pardo; Rio Piquiri, em Pedro Gomes; Rio do Peixe, em Rio Negro; Córrego Barreiro, entre Rochedo e Bandeirantes; Córrego Boa Vista, em Pedro Gomes; e Ribeirão Campo Triste, em Três Lagoas. Também serão construídas pontes no Vaz de Margaria e Córrego Mutum, em Corumbá; Córrego Panduí e Rio Jaguari, em Amambai; Córrego Taquaruçu, entre Anastácio e Nioaque; Rio Dois Irmãos, em Dois Irmãos do Buriti; duas sobre o Rio Aquidauana, em Corguinho e Bandeirantes; duas sobre o Córrego Sucuri; e uma sobre o Córrego Lajeado, em Rio Verde do Mato Grosso. As demais estruturas serão instaladas sobre o Rio Guariaí, na divisa entre Jateí e Novo Horizonte do Sul; duas sobre o Rio Samambaia, em Nova Andradina; duas sobre o Rio Itaquiraí e uma sobre o São Luiz, em Itaquiraí; duas no Rio Laranjaí e uma no Córrego Moroti, em Navirái e Juti e, por fim, duas sobre o Rio Laranja Doce e uma sobre o Rio Laranja Lima, na divisa de Dourados com Douradina. Aeroportos e aeródromos - O modal aeroviário não ficou de fora do pacote de investimentos na logística, serão R$ 250 milhões para reforma e manutenção de 20 aeroportos e aeródromos em 19 municípios de Mato Grosso do Sul em benefício dos setores produtivo, comercial, turístico, ambiental e até da saúde. Vale frisar que aeroportos são estruturas que possuem terminal de passageiros, diferente dos aeródromos. No aeroporto de Bonito, serão reformadas as valas de drenagem e substituída a cobertura do terminal de passageiros. Em Costa Rica, será construído um alambrado. Em Naviraí e Paranaíba, serão realizados os serviços de cerceamento e restauração do pavimento. Em Dourados, será projetado um novo terminal de passageiros. As demais reformas e adequações estão previstas para os aeródromos de Água Clara, Amambai, Aquidauana, Camapuã, Cassilândia, Corumbá (Morro do Azeite e Nhecolândia); Inocência; Jardim; Maracaju; Mundo Novo; Nova Andradina; Porto Murtinho; São Gabriel do Oeste e Campo Grande (Santa Maria).