Vereadores do PT resistem a apoiar Boulos à prefeitura de São Paulo
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Quatro dos oito parlamentares alegam que as lideranças locais não foram ouvidas pelo Diretório Nacional na decisão que resultou no apoio ao pré-candidato do Psol
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247 - Vereadores do PT da cidade de São Paulo estão apresentando discordâncias em relação ao apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (Psol) para as eleições municipais de 2024. Segundo o jornal O Globo, pelo menos metade dos oito parlamentares do PT já se posicionaram contra essa aliança, que tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann .Os vereadores Alessandro Guedes, Luna Zarattini, Arselino Tatto e Jair Tatto expressam preocupações quanto ao impacto dessa escolha na força do partido na cidade de São Paulo. Arselino enfatiza que o apoio a Boulos é um "grande erro político" e argumenta que tal acordo foi firmado pela liderança nacional sem considerar a opinião da base do partido.Ainda de acordo com ele, lançar uma candidatura própria na capital poderia revitalizar o partido não apenas na cidade, mas também na região da Grande São Paulo. A família Tatto, liderada pelo secretário nacional de Comunicação do partido, Jilmar, também tem criticado o apoio da legenda a Boulos. “O PT ganhou cinco vezes a Presidência da República e três vezes na cidade de São Paulo, e tem que continuar sendo protagonista na cidade. Esse acordo foi feito sem uma discussão grande com o partido. Nada contra o Boulos. Se ele viesse para o PT, tranquilo, tudo bem. Mas o PT é muito grande, não podemos transformar São Paulo em uma nova Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, onde o PT nunca tem candidato”, disse o parlamentar. Senival Moura, líder da bancada, admite que Boulos “tem chance real de ser eleito pelo Psol”, mas acredita que ele teria mais chances caso se filiasse ao PT. O petista também defende que o diretório nacional abra discussões com as lideranças da capital e diz que quer cumprir o acordo firmado por Gleisi, mas “é preciso discutir. “Oferecer a vice, por exemplo, seria o mais justo. O PT é um partido grande, já governou a cidade por três oportunidades, fez os maiores projetos de inclusão social, o Bilhete Único foi em governo do PT, CEUs, corredores de ônibus. O PT sempre cumpriu acordos. nós queremos cumprir, mas queremos sugerir algo também que entendemos importante. Nos estamos procurando discutir ainda”, disse Moura.Além disso, Alessandro Guedes, que inicialmente também se opôs ao apoio a Boulos, agora demonstra estar mais aberto a aceitar a candidatura. No entanto, ele destaca a importância de Boulos dialogar com a bancada para "construir pontes e diminuir essa resistência" na capital paulista.Essa situação delicada revela as tensões internas no PT de São Paulo, com grupos divergindo sobre a melhor estratégia política para o partido nas eleições de 2024 na cidade. As decisões que serão tomadas nas próximas semanas podem ter um impacto significativo na trajetória política do partido e na disputa eleitoral na capital paulista. Em abril, a bancada entregou uma carta ao Diretório Nacional solicitando que Boulos se filiasse ao PT. Segundo a reportagem, Boulos tem planos de se reunir com os vereadores do PT no próximo mês, buscando reduzir os desentendimentos e atritos.