O que antes era sinônimo de segurança para a região se transformou em uma fonte de preocupação para os moradores da Vila Sobrinho. O prédio que já abrigou o Tribunal de Contas do Estado por 24 anos e posteriormente se transformou no 5º Batalhão da Polícia Militar de Campo Grande, localizado na Rua Ricardo Franco, foi abandonado após a condenação de sua estrutura. Desde então, tornou-se alvo de furtos de fios e objetos, além de servir como esconderijo para usuários de drogas. O local é particular e estava alugado para o Governo do Estado, que deixou de renovar o contrato de aluguel após o término da vigência em 1 de dezembro de 2022. O valor mensal do aluguel era de R$ 8.500,00, totalizando R$ 102.000,00 anuais. Desde então, o prédio permanece desocupado, com seus portões abertos, o que tem facilitado o acesso de invasores. Sérgio Maurício Beck, aposentado de 64 anos, reside ao lado do terreno do antigo batalhão, dividindo o muro desde 1975. Ele relata que desde que a PM deixou o local, a insegurança aumentou e a circulação de usuário de drogas passou e ser frequente. “Enquanto não acabarem com o prédio não vão sossegar. Eu fico preocupado, minha casa é aqui do lado. Minha mulher pensou em colocar cerca elétrica, mas não adianta. O cara quando quer entrar, entra. Tem uns 30 dias que mudaram definitivo. Ontem mesmo eu liguei pra polícia, vieram aqui mas não sei se encontraram alguém aí. Eles ficam à noite inteira e saem de manhã. Esses dias mesmo eu peguei um cara saindo com carrinho roubando alguma coisa, mas eu que não vou abordar, não vou levar um tiro de graça”, relatou o morador. Morador do bairro há 30 anos, o servidor público Jader Alves, 35 anos, também compartilhou sua preocupação com a presença de usuário de drogas no prédio, que fica a aproximadamente 100 metros de sua residência. "Acho que o prédio estava locado para o projeto da banda mirim, mas a estrutura foi condenada. Agora que está desocupado, pessoas estão entrando lá para furtar a fiação de energia, usaram até uma escada para acessar o transformador do local, tudo isso em plena luz do dia", detalhou o servidor público. A equipe de reportagem teve acesso ao prédio e constatou que o local está começando a se deteriorar rapidamente. Fios, forros, portas e janelas estão sendo retirados por invasores em busca de material para venda. A situação coloca em risco não apenas a segurança dos moradores vizinhos, mas também a integridade estrutural do edifício. Conforme registros da Prefeitura de Campo Grande, o imóvel está com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) adimplente, mas a reportagem não conseguiu contato com os proprietários do prédio para obter informações sobre seus planos futuros para a edificação. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .
