Leitores acreditam que remuneração por plasma não prejudica doação voluntária

A maioria dos leitores, 67%, informou na enquete do Campo Grande News que acredita que projeto para remunerar doadores de plasma de sangue, usado em medicamentos, não prejudica a doação voluntária. Outros 33% relataram que a situação pode prejudicar.  Por uma margem de 15 votos a 11, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal aprovou a proposta do senador Nelsinho Trad (PSD), nesta quarta-feira (4). Se aprovada no plenário, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) seguirá para a Câmara dos Deputados.  Ao Campo Grande News , o presidente da Associação das Pessoas com Hemofilia de Mato Grosso do Sul, Neder Santos, relatou que enquanto paciente é contra a PEC e destaca que os medicamentos e tratamentos com plasma são exclusivos do SUS (Sistema Único de Saúde). "Antigamente, tinha contaminação com HIV, hepatite C. Mas foi criada essa legislação, com todo um sistema de inativação viral. Se for coletado por empresas privadas, será que vai conseguir manter todo o protocolo?", questionou Neder Santos.  O Ministério da Saúde também é contra a proposta, argumentando que a venda do plasma não resultaria em maior produção e acesso a medicamentos para a população brasileira, mas sim o contrário. "Atualmente, o plasma doado no país atende exclusivamente às necessidades da população brasileira e retorna a ela na forma de medicamentos", afirmou o Ministério em nota.