Autoridades rechaçam general dos EUA que acusou teleSUR, Sputnik e RT de ‘minar democracias’
Cida de Oliveira, da RBA - Autoridades governamentais de diversos países da América Latina, intelecuais e artistas rechaçaram o que chamaram de “ameaças” da chefe do Comando Sul do Exército dos EUA, a general Laura Richardson. Nesta semana, em um evento, a militar atacou a TeleSUR, o Sputnik e a RT News. Afirmou “lamentar o impacto desses veículos” na batalha de informação. Segundo ela, esses órgãos de comunicação, “com 31 milhões de telespectadores”, “espalham a desinformação e minam as democracias em todo o hemisfério”.O ex-presidente da Bolívia Evo Morales rebateu: “Eles não compreenderam que a América Latina e o Caribe não são quintal de ninguém. Eles terão nosso povo unido e organizado diante deles. Toda a nossa solidariedade aos trabalhadores destes meios de comunicação, especialmente a TeleSUR”, escreveu Morales em sua conta na rede social X, antigo Twitter.Veículos se opõem à “máquina de guerra”, diz vice-presidente da VenezuelaA vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, também se manifestou. Afirmou que esses veículos são a voz das pessoas que se opõem à máquina de guerra dirigida a partir dos centros de poder hegemônicos. E a afirmou que a TeleSUR é um defensor da verdade onde os poderes de facto das indústrias militar, de comunicações e financeira conspiram para atacar a humanidade.O chanceler venezuelano, Yvan Gil também se manifestou contrário às ameaças diretas a @teleSURtv da Chefe do Comando Sul, Laura Richardson. Eles tentam intimidar a informação gratuita das pessoas. É simplesmente inaceitável. Nosso abraço solidário aos trabalhadores do #Telesur Eles não conseguiram e não conseguirão calar a nossa voz!”, disse Gil, que alertou que a América Latina deve permanecer atenta a declarações irresponsáveis como a do chefe do Comando Sul dos EUA, que ameaçam a paz e a estabilidade da região.A jornalista colombiana Patricia Villegas Marin, presidente da TeleSUR foi a primeira a denunciar os ataques da militar dos EUA. Nesta sexta (13), ela usou sua página no X para expor o teor da fala de Laura Richardson. E destacou a relevância dos veículos atacados.Barão de Itararé também sai em defesa da TeleSUR“Os meios de comunicação que você menciona, e particularmente a teleSUR, têm grande reconhecimento global e regional, por serem a voz de uma cidadania cada vez mais interessada na sua própria história e na compreensão dos contextos da realidade. Objetivos opostos à interferência. Nenhuma tentativa de nos desacreditar afastará a teleSUR do caminho e do compromisso com a construção de uma região feita uma grande Pátria, com um mundo com espaço privilegiado para o Sul. Este mundo que nasce é plural, com uma sinfonia de vozes. Nós trabalhamos nisso”, disse Patricia Marin.A fala da representante dos Estados Unidos foi rechaçada também pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itarare. A entidade considera que o “império mira qualquer iniciativa que promova a soberania”.Todo apoio e solidariedade à posição de @pvillegas_tlSUR em relação às ameaças implícitas no discurso cínico da general estadunidense Laura Richardson. O império mira qualquer iniciativa de comunicação que promova a soberania, a autodeterminação e a integração. https://t.co/eDYziaxrd1— Barão de Itararé (@cbaraodeitarare) October 13, 2023