Do vício à medalha, paratleta da Capital é promessa em competição no Chile

O campo-grandense Robson William Alves de Oliveira tem 32 anos é um dos nadadores paratletas cotados para trazer medalhas dos Jogos Parapan-Americanos 2023, que acontecem entre 17 a 26 de novembro, em Santiago, no Chile. O nome dele está entre os 323 competidores já convocados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. Neste sábado (4), Robson fez o melhor tempo individual na raia para nadadores com peso de até 50 kg do Meeting Paralímpico Loterias Caixa. Ele ganhou medalha de ouro no nado livre. A competição é realizada em São Paulo (SP) até este domingo (5) e é importante para reunir paratletas de vários Estados, além de servir preparação para os Parapan-Americanos. O competidor de Campo Grande teve a perna direita amputada após sofrer um acidente de trânsito. Fora isso, ainda teve que lidar com depressão e vício em álcool e drogas, até encontrar o esporte. Ele não praticava nenhum antes de perder o membro do corpo. "A maior certeza que eu tenho é que nada na Terra pode me deter. Eu venci a morte, venci a minha deficiência, venci a depressão, venci as drogas e sou um campeão", diz ele, confiante.  Outras medalhas - Robson conheceu a natação ao se juntar à equipe submersos de paranatação da Capital. Em cerca de quatro anos, evoluiu bastante e venceu campeonatos na própria cidade e também em Brasília (DF). Nas competições de Campo Grande, levou duas medalhas de bronze e duas de prata. Na Capital Federal, foram duas de bronze também.  O paratleta sonha em participar do mundial de natação da sua categoria e também das Paralimpíadas. No entanto, precisa de investimento.  "Não tenho nenhum tipo de benefício e não consigo treinar muito porque trabalho em uma marmoraria para manter minha família", explica. Se recebesse patrocínio, acredita que teria mais tempo pra se dedicar ao esporte e levar o Brasil para pódios internacionais.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .