Polícia retoma buscas por escoteiro Marco Aurélio, que desapareceu misteriosamente há 40 anos
A Polícia Civil de São Paulo iniciou, na manhã desta quinta-feira, 24, uma nova etapa das buscas por Marco Aurélio Simon, escoteiro desaparecido há 40 anos no Pico dos Marins, em Piquete (SP). As ações concentram-se em pontos não vistoriados anteriormente e mapeados com o auxílio de drones equipados com sensores e inteligência artificial.
As áreas de interesse foram identificadas a partir de sobrevoos realizados em abril deste ano pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica. Segundo a corporação, as imagens processadas por algoritmos de varredura de solo indicaram possíveis locais de escavação, e os trabalhos em campo agora avançam com escavações de precisão.
Nesta quinta, os peritos iniciaram a escavação de um ponto com cerca de um metro de comprimento por 50 centímetros de largura. A área foi isolada, e o acesso foi restrito aos técnicos, que utilizam roupas especiais para evitar contaminações.
Segundo a Polícia Civil, ainda restam duas das cinco áreas mapeadas em 2023 para serem escavadas. A previsão é que os trabalhos avancem nesses locais ainda hoje, mas podem se estender pelos próximos dias, dependendo das condições encontradas.
Essa nova fase é a mais recente de uma série de diligências retomadas desde 2021, quando o inquérito foi reaberto após denúncia anônima sobre a possível localização do corpo do adolescente. À época, uma casa na região foi vistoriada com apoio de cães farejadores e equipamentos de monitoramento do solo, mas nada foi encontrado.
Em 2022, novas buscas foram realizadas em dois pontos no meio da mata, também sem sucesso. Já em 2023, um drone com radar de penetração identificou cinco áreas suspeitas de servirem como covas. Em uma delas, um fio de cabelo chegou a ser coletado, mas o material não continha DNA suficiente para identificação.
Entenda o caso
Marco Aurélio desapareceu em 8 de junho de 1985, aos 15 anos, durante uma trilha no Pico dos Marins, a 2.400 metros de altitude. Ele integrava um grupo de escoteiros acompanhado por um líder e três amigos. No trajeto, um dos colegas se feriu e Marco Aurélio se afastou em busca de ajuda – e nunca mais foi visto.
Cerca de 300 pessoas participaram das buscas por 28 dias. O inquérito original foi encerrado em 1990, sem conclusões.
A Polícia Civil afirma que continuará utilizando recursos tecnológicos para tentar esclarecer o caso.
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