Lêda Borges negocia filiação ao Republicanos ou ao UB. Mas pode ficar no PSDB
O jornalista Afonso Lopes costumava escrever, no Jornal Opção, que política é emoção matizada pela razão. Acrescentava que jamais se pode excluir a lógica e o cálculo político.
A deputada federal Lêda Borges está numa encruzilhada, mas não entre dois, e sim entre três caminhos. Como vai escolher um dos caminhos? Pela lógica, é claro.
No caso, de qual lógica? Ela irá se filiar no partido que for mais adequado para garantir sua reeleição.
A parlamentar flertou fortemente com o União Brasil, chegando a se tornar habitué no escritório do partido. Recebeu a informação de que seria bem-vinda, o que equivale a dizer que teria um fundo eleitoral substancial.
Porém, como a lógica é implacável, Lêda Borges teria recuado e poderá acabar não se filiando ao União Brasil. Não desistiu de vez. Porém, observando que a chapa será muito forte — a tendência é quem sejam eleitos Bruno Peixoto, Delegado Waldir Soares, José Nelto, Pedro Sales e Silvye Alves —, pode não se filiar. As portas, porém, permanecem abertas.
O presidente do Republicanos, Roberto Naves, disse ao Jornal Opção que Lêda Borges deverá se filiar ao partido.
O Republicanos deve apresentar para deputado federal Ricardo Quirino (deputado estadual, apoiado pela Igreja Universal) e Roberto Naves. Por enquanto, são os nomes mais cotados. Lêda Borges pode ser mais votada do que os dois? Pode. Porque, como deputada, levou emendas para vários municípios. Então, além de obter votos no Entorno de Brasília — sua principal base eleitoral —, deverá conquistar votos, em menor escala mas importantes, em vários municípios do Estado.
Portanto, há lógica — racionalidade — na história de que Lêda Borges poderá se filiar ao Repúblicanos.
Há quem acredite que, dependendo da chapa do PSDB, Lêda Borges poderá ser candidata pelo partido. Mas um político do Entorno de Brasília é peremptório: “Lêda e o ex-governador Marconi Perillo não falam mais a mesma língua. Ela grita em grego e ele vitupera em latim. A deputada nem se considera mais tucana e até já mudou suas companhias”. (E.F.B.)
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