Quem foi Charlie Kirk, ativista conservador aliado de Trump morto em atentado nos EUA
Na quarta-feira, 10, o ativista conservador Charlie Kirk, aliado do presidente Donald Trump e líder do movimento estudantil Turning Point USA, foi morto a tiros durante um evento em uma universidade em Utah. Ele chegou a ser levado ao hospital após receber os primeiros socorros, mas não resistiu. O autor dos disparos segue foragido, e as autoridades continuam as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime.
O ataque ocorreu diante de uma plateia estimada em 3 mil pessoas, transformando o auditório em total pânico. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento exato dos disparos.
Antes de ser baleado no debate, um participante perguntou a Kirk: “Você sabe quantos atiradores em massa existiram nos Estados Unidos nos últimos 10 anos?” Com o microfone em mãos, ele respondeu: “Contando ou não a violência de gangues?” Logo em seguida, um tiro ecoou e Kirk caiu em sua cadeira, com sangue visível no pescoço.
De acordo com a CBS News, os investigadores acreditam que o disparo foi feito de uma “posição elevada em um prédio acadêmico”, a cerca de 90 a 180 metros de distância. Entre os presentes estavam a esposa de Kirk, Erika Kirk, e os dois filhos pequenos, que presenciaram o ataque.
A trajetória de Charlie Kirk
Aos 31 anos, Charlie Kirk já era considerado uma das principais vozes do conservadorismo norte-americano. Ele fundou a Turning Point USA ainda na juventude, organização estudantil sem fins lucrativos que hoje está presente em mais de 3.500 escolas e universidades em todos os 50 estados dos EUA.
O grupo se tornou um braço importante na mobilização de jovens em defesa das pautas conservadoras, aproximando estudantes do movimento Make America Great Again (MAGA).
Com sua habilidade para comunicação, Kirk rapidamente se projetou no cenário político. Seus eventos em universidades atraíam milhares de pessoas, e ele acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas plataformas digitais. O site Axios chegou a classificá-lo como um dos dez maiores influenciadores do mundo em termos de engajamento.
Além de palestrante e ativista, ele apresentava o The Charlie Kirk Show, transmitido em cerca de 150 rádios nos Estados Unidos e disponível também em formato de podcast.
Casado com Erika Kirk, compartilhava frequentemente momentos pessoais nas redes sociais. Sua esposa, que também é influenciadora, vinha publicando no Instagram uma contagem regressiva para um anúncio da família, previsto para o dia 16 deste mês.
Apoio a Trump e entrada no círculo político
O envolvimento direto de Kirk na política começou cedo. Rejeitado pela Academia Militar de West Point, decidiu não cursar a universidade e direcionou sua energia para a militância. Durante o ensino médio, passou a se inspirar em figuras como Rush Limbaugh, conservador da rádio.
Em 2016, a Turning Point declarou apoio à candidatura de Donald Trump à presidência. O movimento o levou a se aproximar da família presidencial, tornando-se assessor de Donald Trump Jr., filho mais velho do republicano.
Após a vitória de Trump, Kirk passou a circular frequentemente na Casa Branca e ganhou espaço na mídia conservadora, consolidando sua imagem como defensor de valores cristãos, do livre mercado e de pautas do movimento MAGA.
Polêmicas
A trajetória de Kirk, no entanto, foi marcada também por controvérsias. Durante a pandemia de Covid-19, seu perfil no antigo Twitter chegou a ser suspenso após a divulgação de informações falsas sobre a doença.
Outro ponto que o colocava no centro de debates era sua postura contra a esquerda, especialmente no ambiente acadêmico. Ele incentivava pais e alunos a denunciarem professores que, em sua visão, promoviam o “marxismo” e a “ideologia de gênero” em sala de aula.
Além disso, em 2023, uma semana após um tiroteio em uma escola que deixou seis mortos — incluindo crianças —, Kirk declarou que valia a pena “arcar com o custo” de “algumas mortes” para preservar o direito ao porte de armas nos Estados Unidos.
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