Os trabalhadores que atuam a bordo de aeronaves comerciais — como pilotos, copilotos e comissários — podem entrar em greve nacional a partir de 1º de janeiro de 2026. A paralisação, no entanto, ainda depende do resultado de assembleias da categoria que vão analisar a nova proposta salarial apresentada no TST (Tribunal Superior do Trabalho). As últimas greves do setor ocorreram em 2021 e 2022. Antes disso, apenas em 2016. Segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), a proposta será submetida a assembleia online, com votação entre os dias 26 e 28 de dezembro. Caso seja rejeitada, uma nova assembleia, desta vez presencial, está marcada para o dia 29, em São Paulo, quando poderá ser deliberada a deflagração da greve já no primeiro dia do próximo ano. A proposta discutida em audiência no TST nesta terça-feira (23) prevê reajuste salarial com ganho real de 0,5%, além da recomposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), totalizando aumento de 4,68%. O texto também inclui reajuste de 8% no vale-alimentação e correções em outros benefícios. De acordo com o TST, a proposta foi construída “em conjunto” pelas partes, após rodadas de negociação mediadas pela Corte. Para o SNA, no entanto, a aceitação depende exclusivamente da avaliação da categoria. “Se essa proposta for rejeitada, será mantida a assembleia do dia 29 para que a greve ocorra já no dia primeiro de janeiro. É importante que a categoria entenda que estamos prontos para a greve. Estamos organizados, mas fomos chamados para essa nova negociação de boa-fé e agora levamos a proposta para deliberação”, afirmou o presidente do SNA, Tiago Rosa. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .