Com obras iniciadas em 2018, paralisadas quando começou uma briga judicial com a empreiteira responsável na época e depois retomadas em 2023 com a contratação de outra empresa, o centro de radioterapia do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) alcançou 88% do cronograma, segundo relatório que o Ministério da Saúde divulgou neste mês. Antes da retomada, foram anunciados R$ 9,9 milhões em recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal para a infraestrutura. Até o momento, o total de R$ 16.367.923,22 já foi gasto na parte física, no projeto, em fiscalização e na compra de equipamentos. A previsão era que a entrega fosse feita em 2024, mas o cronograma atrasou e o prazo passou para 2025. Com ajustes necessários para a conclusão, o término deve ficar para 2026. De acordo com o que informou a superintendência do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, as obras poderão avançar e ser finalizadas quando for solucionado um problema com um cano que sai da caixa d'água do HRMS. Por ele, vai passar a água necessária para a estrutura de prevenção a incêndios no centro de radioterapia. Os equipamentos que pacientes futuramente usarão para as sessões de radioterapia e braquiterapia foram recebidos em 14 de junho deste ano e custaram, juntos, R$ 4 milhões. Está em andamento a construção de bunkers para abrigá-los no centro. Quando a parte estrutural e os bunkers estiverem prontos, caberá à Secretaria Estadual de Saúde fazer concurso público ou contratações de profissionais para trabalharem no local. Em junho deste ano, quando faltava 30% para cumprir todo o cronograma da obra, a assessoria de imprensa do hospital informou que eram esperadas "definições junto ao Ministério da Saúde acerca da atualização sobre o cronograma" para se movimentar quanto à demanda de pessoal para trabalhar e ressaltou que "o cronograma já passou por diversas alterações desde o início das intervenções". PPP e nova gestão - Segundo previsão do governador Eduardo Riedel (PP) contando prazos legais, a partir de junho do ano que vem o HRMS deverá ter parte de suas operações administradas em PPP (Parceria Público-Privada) com a Construcap, empresa que apresentou a proposta mais vantajosa e venceu leilão ainda neste mês. A parceria prevê investimento de R$ 7,3 bilhões para o operacional e R$ 966 milhões em reformas e ampliações, que incluem a construção de novo bloco, reforma das estruturas existentes e aumento da quantidade de leitos. Os serviços da "bata branca" do hospital, que contemplam a área médica e assistencial, continuarão sendo administrados pelo Estado. Já os da "bata cinza" ficarão por conta da empresa e incluem segurança, alimentação, lavanderia e manutenção predial. Mesmo após a mudança, o atendimento do HRMS seguirá 100% público. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .