Seca se expandiu e atingiu maior nível de intensidade no ano em MS
Os dados consolidados do Monitor de Secas indicam que Mato Grosso do Sul enfrentou um agravamento expressivo do quadro de estiagem entre outubro e novembro de 2025. No período, a área com registro de seca no estado avançou de 57% para 90% do território, evidenciando uma expansão rápida e consistente do fenômeno ao longo do mês de novembro, que já ficou para trás no calendário climático de 2025. Além da ampliação da área afetada, houve também intensificação da severidade da seca no estado. A parcela do território classificada com seca moderada aumentou de 27% em outubro para 38% em novembro. Esse foi o nível mais elevado de severidade registrado em Mato Grosso do Sul desde abril de 2025, quando a seca moderada atingiu 40% do estado, configurando o pior cenário do ano até então. As análises comparativas dos mapas do Monitor de Secas mostram que, entre outubro e novembro, áreas que anteriormente apresentavam ausência de seca ou apenas seca fraca passaram a ser enquadradas em categorias mais severas. Esse movimento reflete a intensificação do déficit hídrico no período, com a consolidação da seca moderada em parcelas mais amplas do território sul-mato-grossense. Mesmo com o avanço significativo do fenômeno, Mato Grosso do Sul apresentou, em novembro, o menor percentual de área com seca entre os estados da região Centro-Oeste. Ainda assim, o crescimento de 33 pontos percentuais na área afetada em apenas um mês evidencia a rápida deterioração das condições climáticas no estado durante a primavera. O comportamento observado em Mato Grosso do Sul acompanhou a tendência nacional registrada em novembro. No período, o Monitor de Secas apontou intensificação da severidade da seca em 19 unidades da Federação, incluindo todos os estados do Centro-Oeste. Além disso, Mato Grosso do Sul esteve entre os dez estados brasileiros que registraram aumento da área com seca na comparação mensal, reforçando o cenário de agravamento tanto em extensão quanto em intensidade. Os dados referentes a novembro, analisados agora no encerramento de dezembro, mostram que o estado entrou no último mês do ano com um quadro de seca mais disseminado e severo do que o observado no início da primavera.