“Nessas celas só cabe uma pessoa em pé de cada vez: quando alguém se quer levantar, as outras têm de ficar deitadas”: a covid nas prisões

No último ano conseguiu evitar-se o pior nas prisões e os casos de covid-19 foram sendo tratados e os surtos controlados mas tudo isso à custa de “mais isolamento” e ainda menos contacto dos reclusos com o exterior — incluindo com os familiares: “Há mais de um ano que não falo a sério com o meu marido”, conta Maria Rosário, mulher de um recluso. Muitos familiares deixaram de aparecer nas prisões e o ensino e o trabalho diminuíram, dizem as associações. A Direção-Geral dos Serviços Prisionais defende-se: “Os direitos dos reclusos foram sempre respeitados”