Brasil e Colômbia buscam unir esforços para proteger a Floresta Amazônica
img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230708190720_c5f44428b9c16d52210d5cd677c7afec7e431e94845bbb2f87bb90932e9cf7fc.png" width="610" height="380" hspace="5" /
Brasil e Colômbia são dois dos países com maior biodiversidade do mundo, com faixas de seu continente cobertas pela Floresta Amazônica
br clear="all"
(Reuters) - Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, lançaram um apelo neste sábado para coordenar os esforços da região para proteger a Floresta Amazônica e impedir o desmatamento.Os dois presidentes se reuniram na cidade colombiana de Leticia, ao final de encontro com ministros, autoridades locais e lideranças de comunidades indígenas da América do Sul com vistas à Cúpula da Amazônia que o Brasil sediará em agosto.Desde que assumiu o cargo em janeiro, Lula prometeu fazer da proteção ambiental um dos pilares de seu governo, e o país estabeleceu uma meta de acabar com o desmatamento na Amazônia até 2030."Meu governo vai zerar o desmatamento ilegal até 2030. Esse é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na Cúpula de Belém", disse Lula, referindo-se ao encontro do próximo mês.Brasil e Colômbia são dois dos países com maior biodiversidade do mundo, com faixas de seu continente cobertas pela Floresta Amazônica, que os cientistas dizem ser vital para conter a mudança climática catastrófica por causa das enormes quantidades de gases de efeito estufa que absorve.Dados preliminares do governo brasileiro indicaram nesta semana que o desmatamento na Amazônia caiu 34% no primeiro semestre, atingindo o menor nível em quatro anos, na esteira de políticas ambientais mais rigorosas impostas pelo presidente Lula.O encontro entre Lula e Petro encerrou as conversas realizadas no início desta semana em Letícia entre ministros do Meio Ambiente de países amazônicos, como a colombiana Susana Muhamad, a peruana Albina Ruiz Ríos e o venezuelano Josué Lorca, entre outros. "Essas discussões têm a ver com a defesa da vida e o sinal dos tempos é que a vida não pode ser defendida sem mudança", disse Petro em cerimônia com Lula.Petro e Lula pediram às nações ricas que contribuam com fundos para ajudar os países sul-americanos a preservar a Amazônia, que contém a maior reserva de água doce do mundo e é considerada crucial para combater os piores efeitos da mudança climática. "A Cúpula de Belém será um momento de correção de rota", disse Lula.O encontro na cidade brasileira vai integrar as nações da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) na tentativa de uma ação conjunta para promover o desenvolvimento sustentável em uma região ameaçada por madeireiros, garimpeiros, traficantes de animais e narcotraficantes. A organização foi criada em 1978 por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A Guiana Francesa, território da França, é convidada para as reuniões.