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A tigela de arroz do povo chinês está firmemente em suas mãos

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A China não erradicou a pobreza absoluta apenas com esquemas de transferência de renda ou programas médicos rurais, escreve Vijay Prashad
Por Vijay PrashadTricontinental: Instituto de Pesquisa SocialCaros amigos,Saudações da mesa do Tricontinental: Instituto de Pesquisa Social.Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável de 2012, realizada no Rio de Janeiro (Brasil), os estados membros decidiram substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (estabelecidos em 2000) pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O primeiro ODS era "acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares". Apesar das palavras entusiasmadas, ficou claro que a pobreza simplesmente não seria erradicada em todo o mundo. Mesmo antes da pandemia de COVID-19, os dados mostravam que a pobreza se tornara intratável.Em outubro de 2022, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e a Iniciativa de Pobreza e Desenvolvimento Humano de Oxford divulgaram o relatório do Índice Global de Pobreza Multidimensional de 2022, que mostrou que pelo menos 1,2 bilhão de pessoas em 111 países em desenvolvimento vivem em pobreza multidimensional aguda. Os "conjuntos de privação" mencionados no título completo do relatório exploram como uma série de instalações necessárias estão ausentes para mais de um bilhão de pessoas. Por exemplo, o relatório observa: "Quase metade dos pobres (470,1 milhões) são privados tanto de nutrição quanto de saneamento, tornando-os potencialmente mais vulneráveis ​​a doenças infecciosas. Além disso, mais da metade dos pobres (593,3 milhões) são privados simultaneamente tanto de combustível para cozinhar quanto de eletricidade". Esses "conjuntos de privação" - a ausência tanto de eletricidade quanto de combustível limpo para cozinhar, por exemplo - amplificam os baixos salários recebidos por bilhões de pessoas.Em 2017, o Banco Mundial determinou que o limiar de renda para a pobreza, que havia sido fixado em US$ 1,90 por dia, era muito baixo. Eles estabeleceram a nova linha de pobreza em US$ 2,15 por dia, o que inclui mais de 700 milhões de pessoas. O relatório de Pobreza e Prosperidade Compartilhada do Banco Mundial de 2022, usando dados de 2019, mostrou que se a linha de pobreza for fixada em US$ 3,65 por dia, 23% do mundo vive na pobreza, e se a linha for fixada em US$ 6,85 por dia, então quase metade da população mundial (47%) vive abaixo da linha de pobreza. Esses números são horripilantes.Fan Wennan, (China), 嫦娥同志 (‘Comrade Cháng’é’), 2022.(Photo: Divulgação)O que é extraordinário é que o relatório da ONU sobre conjuntos de privação não mencionou o programa para erradicar a extrema pobreza na China. Em 25 de fevereiro de 2021, o governo chinês anunciou que os últimos 100 milhões de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza haviam sido elevados acima dela pelos esforços do povo chinês, encerrando assim a pobreza absoluta na China. Em junho de 2021, os autores da contribuição da China para a revisão voluntária nacional dos ODS escreveram: "Todos os 98,99 milhões de residentes rurais que viviam abaixo da linha da pobreza atual foram retirados da pobreza, marcando a realização do objetivo de erradicação da pobreza da Agenda 2030 10 anos antes do previsto". A revisão observou que "a tigela de arroz do povo chinês está firmemente em suas próprias mãos". Alguns meses depois, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, elogiou o "compromisso sólido e o progresso significativo da China para erradicar a pobreza em todas as formas e dimensões, um dos principais desafios do mundo". Mesmo um estudo de um ex-funcionário da ONU que contestava alguns dos dados chineses, ainda assim, reconhecia a enormidade dessa conquista. Em abril de 2022, o Banco Mundial e o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento da China do Conselho de Estado lançaram um estudo importante, intitulado "Quatro Décadas de Redução da Pobreza na China", que acompanhou a trajetória dessa conquista histórica. No entanto, o relatório da ONU deixou de destacar que os chineses haviam erradicado a pobreza absoluta, nem ofereceu uma avaliação de como eles conseguiram isso.Fan Wennan (China), 中国2098: 欢迎回家 (‘China 2098: Welcome Home’), 2019–2022.(Photo: Divulgaçãp)No Tricontinental: Instituto de Pesquisa Social, temos grande interesse no projeto da China para abolir a pobreza absoluta. Em julho de 2021, publicamos um estudo intitulado "Servir ao Povo: A Erradicação da Pobreza Extrema na China", que investigou os métodos utilizados pelo Estado chinês e pelas instituições sociais chinesas para combater o que o Secretário-Geral da ONU, Guterres, chamou de "um dos principais desafios do mundo". Escrevemos que a conquista da China "não é um milagre nem uma coincidência, mas sim um testemunho de seu compromisso socialista". Essa expressão - "compromisso socialista" - guia nossa compreensão do que ocorreu na China desde 1949. Exploramos essa ideia do "compromisso socialista" da China e a erradicação da pobreza extrema na edição número 2 da edição internacional do Wenhua Zongheng, intitulada "O Caminho da China da Pobreza Extrema para a Modernização Socialista". Esta edição contém três importantes ensaios:"Socialismo 3.0: A Prática e as Perspectivas do Socialismo na China", da Fundação Longway."A Batalha contra a Pobreza: Uma Prática Revolucionária Alternativa na Era Pós-Revolucionária da China", de Li Xiaoyun e Yang Chengxue."Como a Alívio da Pobreza Direcionado Mudou a Estrutura da Governança Rural na China", de Wang Xiaoyi.Os artigos da Fundação Longway e de Li Xiaoyun e Yang Chengxue destacam a importância da redução da pobreza ao longo das etapas históricas do projeto socialista da China, com a estratégia dual de transformar as relações de produção e expandir a riqueza social. Li e Yang enfatizam o papel do Partido Comunista da China (PCCh) durante a fase direcionada da campanha de alívio da pobreza, que ocorreu sob a presidência de Xi Jinping e incluiu a participação de 800.000 quadros em pesquisas realizadas em 2014, o envio de três milhões de quadros que foram viver nas aldeias pobres por pelo menos dois anos, e os 1.800 quadros que faleceram durante essa luta contra a pobreza. Essa enorme transformação, liderada pelo PCCh, restabeleceu a autoridade moral do partido e trouxe a questão do socialismo e da justiça social para o centro dos debates chineses.Wang Xiaoyi nos leva ao campo, onde os problemas da pobreza costumavam parecer insolúveis, e analisa como as áreas rurais foram esvaziadas pelas migrações em massa e como as instituições rurais foram empobrecidas durante o período de reformas pós-1978. Segundo Wang, um ponto central do programa para erradicar a pobreza extrema foi a reconstrução das instituições rurais, que foi viabilizada pela transferência de três milhões de quadros do PCCh para o campo, mobilizados por experimentos que se basearam na governança em estilo de campanha da era de Mao Zedong. Wang espera que a nova infraestrutura rural criada pelo programa para erradicar a pobreza extrema permaneça em vigor, incluindo o "alto nível de participação dos moradores nos assuntos públicos" por meio dos comitês de aldeia.Fan Wennan (China), 中国2098: 塔里木湖南段––若羌泵站 (‘China 2098: Tarim Hunan Section – Ruoqiang Pumping Station’), 2019–2022.(Photo: Divulgação)Um ponto-chave destacado pelos ensaios nesta segunda edição do Wenhua Zongheng é que o princípio do socialismo e a infraestrutura socialista - especialmente o PCCh - que o possibilitou são fundamentais para a erradicação da pobreza extrema. Será difícil que o caminho chinês para a modernização socialista seja visto como um modelo a ser adotado por outros países, a menos que esses países também fundamentem seus programas em bases socialistas. A pobreza não foi erradicada apenas por meio de programas de transferência de dinheiro ou programas médicos rurais, embora essas sejam opções políticas valiosas: ela foi erradicada por meio de um compromisso socialista em levar ideias como dignidade e realizá-las no mundo.Quando nossa equipe de pesquisadores foi à comunidade de Wangjia, na província de Guizhou, para acompanhar os programas de erradicação da pobreza extrema, eles conheceram He Ying, que se tornou uma líder do PCCh durante sua tentativa de sair da condição de trabalhadora migrante pobre. Como membro da Federação das Mulheres da China, He Ying descreveu como trabalha com mulheres camponesas recém-migradas para dar a elas a confiança necessária para transformar sua realidade. A vida da aldeia antiga ficou para trás. He Ying agora vive em uma comunidade de conjuntos habitacionais que possuem creches, escolas primárias e secundárias e centros de saúde comunitários. Enquanto ela nos mostrava fotografias de sua antiga casa, antiga e deteriorada, ela disse - sem romantismo, mas com um sentimento de lealdade - "Vou levar meus filhos de volta à minha antiga aldeia para que eles possam se lembrar da vida de ontem e valorizar a vida de hoje".Com calorosos cumprimentos,Vijay News Brasil 247 2023-07-12T16:10:44-03:00 b247-445747 General Mourão ataca governo Lula por acabar com escolas cívico-militares https://www.brasil247.com/regionais/sul/general-mourao-ataca-governo-lula-por-acabar-com-escolas-civico-militares img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2022120215120_36996d47282d644728e9f86c6fdba79adb30e7a916df407cb33a84195c6b81bc.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / O senador e ex-vice de Bolsonaro disse que 'só vê destruição' no Brasil, ignorando dados positivos na economia e em áreas sociais br clear="all" 247 - O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) resolveu atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (12) após o governo federal acabar com as escolas cívico-militares, criadas no governo Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, 203 escolas têm a gestão compartilhada entre civis e militares. Elas atendem 192 mil alunos em 23 estados e no Distrito Federal. Cada unidade recebeu R$ 1 milhão para adaptação ao modelo."A decisão revanchista do governo PT, ao optar pelo encerramento do programa das escolas-cívico militares no Brasil, não pode ser esquecida! Essa gente tira das crianças a maior riqueza, um ensino de qualidade. Tira das crianças a oportunidade de construírem um futuro melhor, baseado em uma proposta pedagógica que abarca a formação conteudista junto da formação moral e cívica, gerando melhores cidadãos para o País. Cadê a união e reconstrução, só vejo destruição!", escreveu o parlamentar no Twitter.De acordo com o documento do governo Lula, será colocado em prática o encerramento progressivo do programa e a "desmobilização do pessoal das Forças Armadas lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa". "Aos Coordenadores Regionais do Programa e Pontos Focais das Secretarias compete zelar pela implementação de estratégias mais adequadas ao cumprimento das diretrizes emanadas da Administração Superior, bem como assegurar uma transição cuidadosa das atividades que não comprometa o cotidiano das escolas", disse o ofício.A decisão revanchista do governo PT, ao optar pelo encerramento do programa das escolas-cívico militares no Brasil, não pode ser esquecida!Essa gente tira das crianças a maior riqueza, um ensino de qualidade.Tira das crianças a oportunidade de construírem um futuro melhor,… pic.twitter.com/LHIH0MW249— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) July 12, 2023Escola cívico-militar no estado de São Paulo. Foto: Alesp News Brasil 247 2023-07-12T16:07:17-03:00 b247-445746 Ressureição de Elis Regina e os dilemas éticos da publicidade na era da IA https://www.brasil247.com/blog/ressureicao-de-elis-regina-e-os-dilemas-eticos-da-publicidade-na-era-da-ia img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230704190724_76cfbdb9e27550a2251628e7e6df2320d728243a3f35625c2fcbd90e8b39f86d.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Vivos ou mortos, pessoas precisam ser respeitadas em sua condição de pessoa, de indivíduo, e não comercializadas como imagem sem alma br clear="all" “Emoções são os movimentos da alma, sempre acompanhados por graus variados de sofrimento ou prazer, que afetam os homens, alterando seus julgamentos”, assinalou Aristóteles em sua Retórica.Poucas atividades se preocupam mais em provocar emoções através da retórica do que a publicidade. A emoção desempenha um papel fundamental nessa artesania, sendo um fator essencial na forma como os diferentes públicos se conectam e respondem a uma mensagem comercial.A emoção é justamente o que nos arrebata na primeira audiência do comercial criado para comemorar os 70 anos da Volkswagen no Brasil. A belíssima peça, primorosa do ponto de vista técnico, proporciona um reencontro entre Elis Regina, uma das maiores cantoras brasileiras, e sua filha, Maria Rita, herdeira desse talento. Ao som de “Como nossos pais”, composição de Belchior eternizada por Elis, as duas estrelas protagonizam um dueto inédito e emocionante, por meio da tecnologia. A peça, criada pela AlmapBBDO, usou avançada tecnologia de inteligência artificial (IA). Impecável como publicidade, o comercial deixa em aberto, no entanto, um dilema ético que só se apresenta quando a razão entra em cena.A peça lembra, por vias transversais, a produção francesa Les Revenants, série na qual mortos e vivos convivem entre si, com foco no dilema dos que ressurgem, que se veem perdidos diante da inadequação àquele tempo, circunstância e lugar. Inadequação semelhante àquela da rebelde Elis, ressuscitada como mansa garota propaganda da Volkswagen, montadora que se aliou aos “gorilas” - como ela denominava os governantes de então – permitindo que prisões, e mesmo tortura, fossem realizadas por órgãos de repressão dentro da montadora.O comercial pode gerar alienação ou reflexão. A técnica, endeusada como existência autônoma, distancia-se da humanidade e de seus dilemas, inclusive éticos e políticos. Para onde a IA levará a recriação de vozes e imagens de pessoas que já morreram? Quem está autorizado a fazer isso? Fãs, gravadoras, agências de publicidade? O lugar de fala desses artistas e personagens deve ser preservado? Ou o que pensavam pode ser alterado pelo interesse lavrado por herdeiros? Essa discussão está apenas no início e ela é, sobretudo, ética.Ao buscar os princípios que orientam as ações humanas, a ética ensina a enxergar o semelhante, a não ser indiferente a ele. O apelo que o outro nos lança é de ser tratado como pessoa e não como coisa. Garantir a segurança, a dignidade e a privacidade das pessoas no ambiente virtual, levando em consideração os valores morais e as legislações vigentes, são critérios básicos de uso da Inteligência Artificial que não devem ser violados, mesmo em nome de uma ideia criativa sedutora.É preciso determinar, em um marco legal, os impactos de cada sistema de simulação da realidade, de modo a avaliar os riscos da ferramenta, por exemplo, afetar prioritariamente grupos vulneráveis, como crianças, idosos ou pessoas com deficiência.A ética que se rebela diante da Elis que ressuscita dócil e acomodada dirigindo um fusca, é a mesma que denuncia a coisificação humana. Vivos ou mortos, pessoas precisam ser respeitadas em sua condição de pessoa, de indivíduo, e não comercializadas como imagem sem alma, coisa servida ao gosto do freguês. News Brasil 247 2023-07-12T16:01:35-03:00 b247-445745 Lula discute dar Caixa e outros postos de destaque a aliados de Lira para melhorar governabilidade, diz Reuters https://www.brasil247.com/poder/lula-discute-dar-caixa-e-outros-postos-de-destaque-a-aliados-de-lira-para-melhorar-governabilidade-diz-reuters img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150748_87b680ceb9a0ce3e1bf8a69f7958f77178970091d5ba8ca91d62f63724aa6bfe.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / As trocas, segundo a reportagem, envolveriam garantir maior espaço para o União Brasil e partidos da zona de influência de Lira, como o PP e o Republicanos br clear="all" Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a discutir dar mais espaço para aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no alto escalão do governo, inclusive o comando da Caixa Econômica Federal, com o objetivo de garantir maior governabilidade no Congresso a partir de agosto, disseram fontes à Reuters.O movimento ocorre após a aprovação pela Câmara da reforma tributária e do projeto que altera o funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que contaram com forte apoio do grupo e empenho pessoal de Lira nas votações.Sem uma base sólida na Câmara no primeiro semestre, a articulação política ficou refém principalmente do ritmo de liberação de emendas parlamentares em cada votação, segundo duas fontes ligadas ao governo. Com a abertura de espaço agora para aliados de Lira, o Palácio do Planalto quer, ao mesmo tempo, evitar o varejo das emendas e ter respaldo para cobrar partidos que fazem parte da coalizão em votações futuras, acrescentaram.Na volta do recesso parlamentar, em agosto, o Palácio do Planalto terá como desafios concluir as votações na Câmara do novo marco fiscal e da reforma tributária, que deve retornar para análise dos deputados após prováveis mudanças a serem realizadas pelos senadores.O governo Lula também busca avançar com outras propostas da agenda econômica no Congresso, como a reforma do Imposto de Renda, prometida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Quando for enviada pelo governo, a proposta começará a tramitar pela Câmara.A avaliação no Planalto, segundo duas fontes ligadas ao governo, é que o Executivo precisa garantir uma estabilidade maior nas votações da Câmara e que um apoio consistente dos partidos ligados a Lira -- que contam com cerca de 250 deputados -- seria fundamental para o sucesso da empreitada. Sozinho, o núcleo duro do governo não tem mais do que 150 deputados.A pressão do grupo do presidente da Câmara é que as mudanças ocorram até agosto, conforme uma fonte do Planalto e três do Congresso."Quem é que acreditava que a gente fosse aprovar a reforma tributária...? Quem é que imaginava que a gente fosse aprovar o Carf? As coisas acontecem, a política é exatamente isso, fazer com que coisas impossíveis aconteçam para que as pessoas comecem a acreditar na política", disse Lula nesta quarta-feira em discurso durante evento no Palácio do Planalto."Nenhum deputado, nenhum senador fez nenhum favor para mim, e não fez nenhum favor para o governo porque o projeto não é do governo, é da sociedade brasileira. E senadores e deputados fizeram favor para quem? Para a própria imagem do Congresso Nacional e do povo brasileiro", acrescentou.POSSÍVEIS TROCASAs trocas, segundo as quatro fontes, envolveriam garantir maior espaço para o União Brasil e partidos da zona de influência de Lira, como o PP e o Republicanos. Na mira estão cargos comandados por pessoas da cota pessoal de Lula ou indicações do PT, como as pastas do Turismo, Desenvolvimento Social e Esportes e o comando da Caixa e da recentemente recriada Fundação Nacional da Saúde (Funasa).O PP, de Lira, com 49 deputados e que oficialmente apoiou na eleição passada o ex-presidente Jair Bolsonaro contra Lula, pode ingressar no governo em cargos de destaque, segundo uma fonte ligada ao presidente da Câmara e uma fonte palaciana.A fonte do Planalto disse que o nome sugerido pelo grupo de Lira para a Caixa é do ex-presidente da instituição Gilberto Occhi, que também foi ministro dos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. A troca, se efetivada, retiraria Rita Serrano, servidora de carreira da instituição.Uma experiente fonte do PT admitiu que, apesar das prováveis queixas do partido, vai haver mudanças no governo para a entrada dos aliados de Lira, e considera como grande as chances de troca na Caixa. Disse que, ao menos na avaliação dos políticos, o desempenho dela tem deixado a desejar e ela não tem respaldo partidário.Outro alvo do grupo é o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo programa Bolsa Família e que é comandado pelo senador licenciado e ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT), segundo uma fonte ligada a Lira. Nesse caso, o grupo ainda discute o nome a ser apresentado.Essa fonte próxima ao presidente da Câmara resumiu a intenção de Lira: ele não aceita ter um espaço na Esplanada menor do que o seu principal adversário local em Alagoas, o senador e ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL).Um dos filhos de Renan, o ex-governador de Alagoas e senador licenciado Renan Filho (MDB), é ministro dos Transportes.Inicialmente chegou a haver um assédio sobre o Ministério da Saúde, a principal pasta em termos orçamentários e de capilaridade, que é comandada atualmente pela ex-presidente da Fiocruz Nísia Trindade. O grupo de Lira ventilou o nome da cardiologista Ludhmila Hajjar para o cargo. Lula, entretanto, já falou publicamente ser contra a troca na pasta e respaldou Nísia.Outro cargo de primeiro escalão na mira do grupo é o Ministério dos Esportes, ocupado pela ex-atleta de vôlei Ana Moser, da cota pessoal de Lula. O grupo quer emplacar o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), próximo a Lira, segundo uma das fontes. Isso marcaria a entrada no governo do Republicanos, legenda com 41 deputados e vinculada à Igreja Universal. Um dos expoentes do partido é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro e visto com possível candidato presidencial da oposição em 2026.Tarcísio e o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), no entanto, já se pronunciaram, em entrevistas, contrários à entrada de filiados do partido no governo Lula.Após se reunir com Lula na noite de terça-feira, Ana Moser negou que tenha tratado com o presidente sobre uma eventual substituição. "Está muito mais na imprensa do que no nosso dia a dia", afirmou.A Funasa, órgão extinto por Lula na virada do governo e recriado pelo Congresso no âmbito da medida provisória da reestruturação dos ministérios, também segue sob intenso assédio do grupo de Lira, segundo as fontes, devido a sua capilaridade para promover políticas de saúde e saneamento básico.TURISMOO movimento de mudanças começou a ser viabilizado na semana passada com o anúncio, pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da troca da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que não tem respaldo na bancada do próprio partido, o União Brasil, pelo deputado federal Celso Sabino (União-PA) -- ainda que a mudança não tenha sido efetivada até o momento.Contudo, a bancada da Câmara do União Brasil, com 59 deputados e que aumentou sua taxa de apoio ao governo na reforma tributária, almeja uma participação maior, segundo fontes da bancada e do Planalto.A fonte palaciana disse que a legenda quer, além da troca do Turismo, o comando da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e dos Correios. Os dois órgãos são comandados por nomes ligados ao PT, o ex-deputado federal Marcelo Freixo e o advogado Fabiano Silva, que teve atuação destacada contra a operação Lava Jato.Além do Turismo, o União Brasil detém os ministérios das Comunicações, comandado pelo deputado federal licenciado Juscelino Filho (União-MA), além da pasta da Integração Nacional com o ex-governador do Amapá Waldez de Góes, indicado por Alcolumbre. Na terça, um encontro à tarde entre Lula e Alcolumbre chegou a ser previsto para discutir as mudanças, mas acabou sendo cancelado e será remarcado. News Brasil 247 2023-07-12T15:52:18-03:00 b247-445744 Lula condecora pesquisadores com a Ordem Nacional do Mérito Científico https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/lula-condecora-pesquisadores-com-a-ordem-nacional-do-merito-cientifico img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150744_d9d04d321b90b832d689d0e953bea82a1062d52e4fe65a8aa5f48617eff98ca1.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / O prêmio faz homenagem a personalidades que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação br clear="all" 247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condecorou nesta quarta-feira (12) professores, pesquisadores e entidades com a Ordem Nacional do Mérito Científico. O evento aconteceu Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Criada em 1993, a Ordem Nacional do Mérito Científico faz homenagem a "personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por suas relevantes contribuições prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação".Presidida pelo jornalista da Globo Merval Pereira, a Academia Brasileira de Letras (ABL) foi uma das homenageadas pelo presidente. Também receberam as premiações alguns estudiosos que tiveram a condecoração retirada, em 2021, por Jair Bolsonaro (PL) por conta de trabalhos que contrariaram posições do governo.Uma das homenageadas foi Adele Benzaken, demitida do cargo de diretora do Departamento HIV/Aids no Ministério da Saúde após publicar uma cartilha sobre a prevenção de doenças para homens trans.Marcus Vinícius Guimarães de Lacerda era responsável por um um estudo que apontou a falta de provas para o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.O petista deu a medalha a Ricardo Magnus Osório Galvão, ex-presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Doutor em física e professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Galvão deixou o Inpe depois de reforçar o aumento do desmatamento na Amazônia, o que não era aceito por Bolsonaro.Em 2019, o então presidente acusou o Inpe de publicar mentira e estar a serviço de uma Organização Não Governamental (ONG). Galvão respondeu a Bolsonaro e defendeu o sistema, reconhecido internacionalmente. Na sequência, foi exonerado.Os outros homenageados foram:Academia Nacional de Medicina;Carlos Alfredo Joly, professor aposentado da Unicamp;Escola Politécnica da Universidade de São Paulo;Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, professor da Unicamp;Isaac Rotiman, professor emérito da UnB;Luiz Pinguelli Rosa (in memoriam), professor emérito da UFRJ;Marco Americo Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional;Marcelo Marcos Molares, professor da UFRJ;Maurício Lima Barreto, professor UFBA;Maria Teresa Fernandez Piedade, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; eMaria Stela Grossi Porto (in memoriam), professora emérita da UnB;Museu Paraense Emílio Goeldi.Renato Sérgio Balão Cordeiro, professor da Fundação Oswaldo Cruz;Silvio Crestana; pesquisador da Embrapa;Stevens Kastrup Rehen, professor da UFRJ; News Brasil 247 2023-07-12T15:50:28-03:00 b247-445743 Chefe de espionagem russo diz que conversou com chefe da CIA sobre 'o que fazer com a Ucrânia' https://www.brasil247.com/mundo/chefe-de-espionagem-russo-diz-que-conversou-com-chefe-da-cia-sobre-o-que-fazer-com-a-ucrania img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150732_775b524e-751a-4431-83f9-a38043c5a2a1.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Em 30 de junho que William Burns ligou para Sergei Naryshkin para assegurar ao Kremlin que os EUA não tiveram nenhum papel no motim do chefe mercenário russo Yevgeny Prigozhin br clear="all" (Reuters) - O chefe da inteligência estrangeira da Rússia, Sergei Naryshkin, disse nesta quarta-feira que ele e seu colega da CIA, William Burns, discutiram "o que fazer com a Ucrânia" em um telefonema no final do mês passado, informou a agência de notícias russa TASS.O New York Times e o Wall Street Journal relataram em 30 de junho que Burns ligou para Naryshkin para assegurar ao Kremlin que os Estados Unidos não tiveram nenhum papel em um breve motim uma semana antes pelo chefe mercenário russo Yevgeny Prigozhin e seus combatentes Wagner.Naryshkin confirmou que Burns levantou "os eventos de 24 de junho", quando os mercenários assumiram o controle de uma cidade do sul da Rússia e avançaram em direção a Moscou antes de chegar a um acordo com o Kremlin para encerrar a revolta. Mas ele disse que durante a maior parte da ligação, que durou cerca de uma hora, "consideramos e discutimos o que fazer com a Ucrânia".Nenhum comentário foi imediatamente disponibilizado pela CIA.A Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, diz que outros países não devem negociar seu futuro em seu nome, e os Estados Unidos apoiaram repetidamente esse princípio, descrito como "nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".Burns e Naryshkin mantiveram uma linha de comunicação desde o início da guerra na Ucrânia, em um momento em que outros contatos diretos entre Moscou e Washington são mínimos, com as relações em seu ponto mais baixo desde a crise dos mísseis cubanos de 1962.Naryshkin disse à TASS que as negociações sobre a guerra se tornariam possíveis em algum momento. A agência não especificou se isso fazia parte de sua conversa com Burns. "É natural que as negociações sejam possíveis mais cedo ou mais tarde, porque qualquer conflito, incluindo conflito armado, termina em negociações, mas as condições para isso ainda precisam amadurecer", disse ele, segundo a TASS.Questionado sobre o relatório, o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak disse à Reuters: "Hoje, alguém como Naryshkin não tem influência sobre como esta guerra terminará." Podolyak disse que a Rússia estava perdendo a guerra e não poderia haver negociações com pessoas como Naryshkin. "Esta elite russa percebe os eventos de forma totalmente inadequada, então não há nada para falar com eles."A Ucrânia, que lançou uma contra-ofensiva há muito esperada no mês passado, disse que não entrará em negociações neste momento, pois isso poderia efetivamente congelar a situação no campo de batalha, onde a Rússia conquistou mais de um sexto de seu território. News Brasil 247 2023-07-12T15:34:27-03:00 b247-445742 MEC pede “transição cuidadosa” com o fim do programa de escolas cívico-militares https://www.brasil247.com/geral/mec-anuncia-que-fara-transicao-cuidadosa-com-fim-do-programa-de-escolas-civico-militares img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2020022123028_f2784c48-c4fc-4611-b9a6-86ef9e4c8b4b.jpeg" width="610" height="380" hspace="5" / MEC enviou ofício aos secretários de Educação com a orientação de que deve ser feita uma transição cuidadosa das atividades para não comprometer o cotidiano das unidades de ensino br clear="all" Agência Brasil - O governo federal irá encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Esta semana, o Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício aos secretários de Educação informando que o programa será finalizado e que deverá ser feita uma transição cuidadosa das atividades para não comprometer o cotidiano das escolas.O Pecim era a principal bandeira do governo de Jair Bolsonaro para a educação. O programa era executado em parceria entre o MEC e o Ministério da Defesa. Por meio dele, militares atuam na gestão escolar e na gestão educacional. O programa conta com a participação de militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares.O programa foi alvo de elogios e de críticas, além de denúncias de abusos de militares nas escolas. Desde que assumiu o governo, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda como finalizar o Pecim sem prejudicar as unidades que aderiram ao programa.No ofício, o MEC informa que será iniciado um processo de “desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidas na implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa, bem como a adoção gradual de medidas que possibilitem o encerramento do ano letivo dentro da normalidade necessária aos trabalhos e atividades educacionais.”A pasta também solicita aos coordenadores regionais do Programa e Pontos Focais das Secretarias que assegurem "uma transição cuidadosa das atividades que não comprometa o cotidiano das escolas e as conquistas de organização que foram mobilizadas pelo Programa", acrescenta o texto.Com o encerramento do programa, de acordo com o MEC, cada sistema de ensino deverá definir estratégias específicas para reintegrar as unidades educacionais às redes regulares. A pasta diz ainda, no ofício, que está em tramitação uma regulamentação específica que vai nortear a efetivação das medidas.Segundo o MEC, 216 escolas aderiram ao modelo nas cinco regiões do país.O Distrito Federal é uma das unidades federativas que aderiram ao programa. Em nota, a Secretaria de Educação do DF confirmou o recebimento do ofício do MEC e disse que adotará as medidas necessárias para viabilizar a decisão do governo federal. A secretaria ressalta que será encerrado no DF apenas o programa federal e que dará continuidade à iniciativa semelhante em âmbito distrital.“Importante frisar que o Programa que está sendo encerrado é o de iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa, ou seja, distinto do 'Projeto Escolas de Gestão Compartilhada' que é executado em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal”. Atualmente, o Projeto Escolas de Gestão Compartilhada no sistema público de ensino do DF está em execução em 13 unidades escolares da rede. Outras quatro escolas funcionam em parceria com o programa do MEC. O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) confirmou que outros estados receberam o ofício, mas ainda não se manifestou sobre o assunto. News Brasil 247 2023-07-12T15:33:54-03:00 b247-445741 Estadista, Lula entrega prêmio para Merval Pereira, que o perseguiu durante anos https://www.brasil247.com/midia/estadista-lula-entrega-premio-para-merval-pereira-que-o-perseguiu-durante-anos img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150728_f2aaed3ca4ed28a459ee858688282133db759180d9d003053a95633808e620e5.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / De acordo com o jornalista, a condecoração mostra um governo preocupado com o desenvolvimento da ciência br clear="all" 247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu nesta quarta-feira (12) a Ordem Nacional do Mérito Científico à Academia Brasileira de Letras (ABL), presidida atualmente pelo jornalista Merval Pereira, comentarista da GloboNews e colunista do jornal "O Globo". Fundada em 1897, a ABL nasceu com o objetivo de cultivar a língua e a literatura nacional.De acordo com o jornalista, a condecoração "mostra um governo preocupado com o desenvolvimento da ciência" e que reconhece a cultura como parte deste processo. "Esse prêmio é a ciência reconhecendo a cultura como parte integrante do desenvolvimento brasileiro, o que é muito importante e mostra o caminho que o governo está tomando", disse.Escritores conhecidos ocuparam cadeiras na ABL, entre os quais, Machado de Assis, considerado um dos maiores autores em língua portuguesa. News Brasil 247 2023-07-12T15:30:48-03:00 b247-445740 O presidente Lula cuidou dos mais pobres, mas a classe média ainda está a ver navios, diz Fernando Horta https://www.brasil247.com/entrevistas/o-presidente-lula-cuidou-dos-mais-pobres-mas-a-classe-media-ainda-esta-a-ver-navios-diz-fernando-horta img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150724_c3f3420d-442f-429e-832d-ba4af3436716.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Historiador também alertou para a sabotagem que vem sendo conduzida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto br clear="all" 247 – No programa Brasil Agora da terça-feira 11, o historiador Fernando Horta compartilhou suas reflexões sobre as políticas implementadas até o momento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que o governo tem se concentrado em cuidar dos mais pobres, porém ressaltou que a classe média ainda não tem sido beneficiada de maneira satisfatória. "Até agora, neste terceiro governo, o presidente Lula cuidou dos mais pobres, mas a classe média ainda está a ver navios", disse ele.Outro ponto abordado na entrevista foi a deflação registrada no mês de junho, que atingiu 0,08%. Horta considerou esse índice preocupante, pois reflete a fragilidade do mercado de consumo. O historiador reconheceu os esforços do presidente para lidar com a situação, mas ressaltou a importância de obter investimentos industriais para reverter esse quadro.Fernando Horta também mencionou que a fórmula adotada pelo governo Lula é semelhante à do passado, mas agora busca resultados em um prazo mais curto. No entanto, ele alertou para a capacidade de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, de sabotar a economia brasileira por meio de altas taxas de juros.Conciliação com os militares – O historiador também falou sobre o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid na CPI do dia 8 de janeiro. Horta considerou tal depoimento uma vergonha para as Forças Armadas, uma vez que a presença de Cid em uniforme militar indica o aval do Exército a suas ações. O historiador destacou que a CPI revela os limites existentes para punir os militares, deixando claro que o presidente Lula nunca teve interesse em puni-los.Por fim, Horta abordou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele está lutando pela sobrevivência contra todas as adversidades. O historiador mencionou que tanto a direita quanto a esquerda comemoram sua inelegibilidade, mas ressaltou que Bolsonaro não irá desistir facilmente. Assista: News Brasil 247 2023-07-12T15:24:27-03:00 b247-445739 Para além da reunião do Copom https://www.brasil247.com/blog/para-alem-da-reuniao-do-copom-w96hiwvf img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230214130244_81087b786f7aa0b8c25d71e0f053f614b82211522a354d56bbb62a17af50adac.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Ainda que seja plenamente justificável a comemoração da eventual e esperada derrota de Campos Neto, nossas tarefas vão muito além da redução marginal na Selic br clear="all" Durante os dois primeiros dias do próximo mês será realizado um novo encontro ordinário do Comitê de Política Monetária, o Copom. As expectativas do chamado “mercado” para o resultado da reunião apontam para uma redução da Selic. Algumas avaliações indicam uma queda de 0,50%, outras mais cautelosas sugerem 0,25%. Mas o fato é que, muito provavelmente, a taxa referencial de juros a ser anunciada pontualmente às 18h da quarta-feira, dia 2 de agosto, será menor do que a atual.Caso tais apostas sejam mesmo confirmadas, o presidente Lula terá marcado mais um gol em sua trajetória à frente do terceiro mandato. Como se sabe, desde o início do governo, e mesmo ainda durante a campanha eleitoral de 2022 e na fase da transição após a divulgação oficial do resultado do pleito, ele tem se declarado diariamente contra a postura do presidente do Banco Central (BC). Afinal, a independência do órgão votada pelo Congresso Nacional em 2021, com apoio decisivo de Guedes e Bolsonaro, terminou por sequestrar a política monetária e a política cambial do governo eleito.Desde que foi reconhecida a derrota do candidato à reeleição, já foram realizadas 6 reuniões do Copom. Em todas elas, o colegiado decidiu por manter a Selic nos estratosféricos níveis de 13,75%. Ou seja, os membros da diretoria do BC optaram por implementar uma estratégia de sabotagem ao programa do governo recém-eleito. Ao manter a taxa real de juros vigente no Brasil como a mais elevada do mundo, o comitê sinaliza que a política monetária não mais pertence ao novo presidente da República, mas sim a um grupo indicado e nomeado pelo governo derrotado nas urnas.Política monetária está sequestradaRoberto Campos Neto (RCN) lidera uma equipe de bolsonaristas declarados e que mantém uma visão completamente ortodoxa e conservadora e respeito das alternativas econômicas para o País. Mantido intocável graças a um mandato antidemocrático e antirrepublicano que a elite do financismo conseguiu introduzir na legislação, ele opera a política monetária em oposição à legitimidade conferida pelo voto popular ao verdadeiro Chefe do Poder Executivo. Há 8 meses ele busca inviabilizar a retomada dos investimentos de forma geral e alimenta de forma irresponsável a espiral financista associada aos dispêndios orçamentários associados ao pagamento dos juros da dívida pública.Enquanto o sistema financeiro pressiona pela austeridade na condução das contas públicas e consegue convencer o governo a manter restrições aos gastos no novo arcabouço fiscal elaborado por Fernando Haddad, por outro lado os dados do BC apontam para um dispêndio acumulado ao longo dos últimos 12 meses de escandalosos R$ 700 bilhões com os juros. Assim, a manutenção da lógica tão ultrapassada quanto perversa do superávit primário, pressiona por cortes em saúde, educação, investimentos, previdência e outros, ao mesmo tempo em que libera geral os gastos financeiros. Uma loucura!Agora, porém, tudo indica que o neto de Roberto Campos, idealizador do próprio BC à época da ditadura militar, será obrigado a recuar. Uma das muitas dúvidas que pairam sobre o encontro refere-se à participação dos 2 primeiros diretores do BC nomeados por Lula e já aprovados pelo Senado Federal. O economista Gabriel Galípolo exercerá o cargo de diretor de Política Monetária, enquanto o auditor-chefe Ailton Aquino ocupará a diretoria de Fiscalização do órgão. Não se sabe se haverá tempo hábil relativo aos procedimentos de posse para que possam integrar o Copom já em sua 256ª reunião.Selic baixar 0,25% ou 0,50% é muito poucoEm caso positivo, a pressão deverá ser mais efetiva para que o colegiado decida por uma redução de 0,50%. Mesmo assim, tal mudança terá um sentido muito mais simbólico do que efetivo, em termos de provocar mudanças substantivas no ambiente macroeconômico. Quer seja 13,50%, quer seja 13,25%, ainda são patamares que manterão o Brasil isolado no pódio mundial do quesito taxa real de juros, longe de oferecer as condições para uma retomada segura dos investimentos e sustentável de crescimento do PIB.O risco associado à estratégia de centrar as críticas ao Presidente do BC e à Selic elevada é o de se acomodar com uma eventual redução marginal da mesma. RCN e os representantes do sistema financeiro já estão articulando um discurso para preservar o que chamam de virtude do arrocho monetário e do austericídio. Com a tendência de redução da taxa de inflação, vão buscar associar o fenômeno ao acerto da política monetária inflexível dos últimos tempos. No entanto, o recuo recentemente divulgado em alguns índices de crescimento de preços guarda pouca ou nenhuma relação com a SELIC elevada. Afinal, não se trata de uma inflação de demanda, mas de acomodação de preços pelo lado da oferta.Mas as vozes fantasmagóricas do financismo já começam a se manifestar por meio das páginas e telas dos meios de comunicação. Os escribas a favor do povo da finança tentam nos assombrar com a manobra retórica do “não havia alternativa” e “tá vendo como o Copom estava certo”É óbvio que Lula vai surfar na decisão da próxima reunião do colegiado, inclusive pelas críticas públicas cotidianas que tem endereçado a RCN. Desde quando era candidato no ano passado, o Presidente eleito tem exigido publicamente uma reversão de tendência da Selic. A obstinação de RCN em manter a taxa e o consenso socialmente criado a respeito da necessidade de reduzi-la levou Lula a afirmar há poucos dias em sua conversa semanal:(…) “A inflação tá caindo e logo, logo vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação” (…)Mas os problemas para a retomada do crescimento e do desenvolvimento não serão resolvidos apenas com essas reduções marginais na Selic. Faz-se necessário também que o governo oriente os bancos públicos federais a reduzirem os spreads cobrados em suas operações de crédito e financiamento. Não faz sentido criticar a Selic e nada fazer para que Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outras instituições similares mantenham taxas também estratosféricas para seus clientes. Além disso, é importante que sejam tributados os ganhos obtidos com as operações financeiras de títulos públicos e privados, de maneira reduzir o incentivo a colocação de recursos em atividades especulativas e desvinculadas da economia real e produtiva.Recuperar política fiscal e mudar arcabouço no SenadoPor outro lado, o governo deveria redefinir a estratégia adotada quando da tramitação do PLP 93 (Novo Arcabouço Fiscal) na Câmara dos Deputados. O debate da matéria no Senado Federal deveria permitir alterações no texto, de maneira a suavizar os rigores fiscalistas do “subteto do Haddad”, apelido pelo qual o dispositivo vem sendo chamado nos meios envolvidos com a questão. É fundamental retirar os gastos com saúde e com educação do cálculo do teto, bem como é necessário que seja eliminada a barreira de 70% de crescimento das despesas em relação ao aumento das receitas orçamentárias. Finalmente, os aportes para a capitalização junto às empresas estatais não deveriam ser contabilizados no interior do teto, uma vez que esse volume de recursos é fundamental para o cumprimento das promessas de campanha de Lula e para o atendimento das necessidades do Brasil.Enfim, ainda que seja plenamente justificável a comemoração da eventual e esperada derrota de RCN na próxima reunião do Copom, o governo federal ainda tem muitos instrumentos à mão para lançar um verdadeiro programa de retomada do desenvolvimento. Nossas tarefas vão muito além da redução marginal na Selic. News Brasil 247 2023-07-12T15:23:55-03:00 b247-445738 Devemos ignorar as polêmicas de Eduardo Bolsonaro, diz Leonardo Stoppa https://www.brasil247.com/entrevistas/devemos-ignorar-as-polemicas-de-eduardo-bolsonaro-diz-leonardo-stoppa img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150720_b5e9a5e3e1d6319ad989d8fc04f52249e0919157cf089be59ce90b5747efd123.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Jornalista afirma que a extrema direita tenta continuar existindo criando polêmicas absurdas br clear="all" 247 – No programa "Leo ao Quadrado" da última segunda-feira 10, o jornalista Leonardo Stoppa expressou sua opinião sobre a recente declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que comparou professores a traficantes durante um ato pró-armamentista. Stoppa afirmou que é necessário ignorar Eduardo Bolsonaro no debate público e destacou que a declaração reflete uma tentativa da extrema direita de continuar existindo.A declaração de Eduardo Bolsonaro, alvo de críticas por diversos setores da sociedade, ocorreu durante um evento em que ele criticava o Ministério da Justiça. Ao comparar professores a traficantes de drogas, o deputado demonstrou um profundo desrespeito pela categoria e pelas instituições de ensino.Diante desse contexto, o líder da bancada do PSOL, Guilherme Boulos, apresentou uma representação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Boulos considera inadmissível o comportamento do deputado e ressalta que essa declaração reflete a postura destrutiva que a família Bolsonaro adotou em relação à educação e aos professores durante os quatro anos de mandato presidencial.Leonardo Stoppa, por sua vez, criticou a atitude de Eduardo Bolsonaro e afirmou que é necessário deixar de dar espaço ao discurso da extrema direita. Segundo o jornalista, o objetivo da extrema direita é tentar se manter relevante, buscando pautas controversas, como o "kit-gay" e a "mamadeira de piroca", para desviar a atenção dos problemas reais enfrentados pelo país. "Devemos ignorar Eduardo Bolsonaro, pelo menos no debate público. Eles querem um novo kit-gay, uma nova mamadeira de piroca. Eles não conseguem falar mal do governo Lula. O André Valadão ataca a liberdade sexual. O Eduardo ataca os professores. O que a extrema direita está fazendo é tentar continuar existindo", disse ele.Stoppa também mencionou outros casos em que membros da extrema direita têm atacado questões relacionadas à liberdade sexual e aos direitos individuais. Ele citou o pastor evangélico André Valadão, que tem se posicionado contra a liberdade sexual, e agora Eduardo Bolsonaro, que ataca os professores.O jornalista concluiu que a sociedade não deve dar voz a esse tipo de discurso e que é necessário focar em questões relevantes para o desenvolvimento do país. Ele destacou que o Brasil agora tem um governo, ao invés de um grupo de "gângsteres passeando de motocicleta", e reiterou o compromisso em trabalhar para valorizar os professores e fortalecer a educação. Assista: News Brasil 247 2023-07-12T15:22:38-03:00 b247-445737 Reestruturado por Lula, Bolsa Família retira 18,5 milhões de pessoas da linha da pobreza https://www.brasil247.com/brasil/reestruturado-por-lula-bolsa-familia-retira-18-5-milhoes-de-pessoas-da-linha-da-pobreza img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230301160328_58e3e1a2-5b28-4fed-bdb0-8047273eb4b8.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / No novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza, disse Wellington Dias br clear="all" 247 - A reestruturação implementada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no programa social Bolsa Família, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), resultou na saída de 18,52 milhões de famílias da linha da pobreza em junho deste ano.O Bolsa Família, relançado em março e totalmente implementado no último mês, desempenha um papel fundamental ao elevar a renda da população mais vulnerável acima do nível de pobreza, estabelecido em R$ 218 per capita por residência. O objetivo é tirar novamente o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar, além de reduzir a pobreza.Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias: "Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza".Entre os estados brasileiros, a Bahia apresentou o maior número de famílias que superaram essa faixa de renda, com 2,26 milhões de lares alcançando essa condição. Em seguida, São Paulo teve 2,25 milhões de famílias saindo da linha da pobreza. Rio de Janeiro (1,63 milhão), Pernambuco (1,48 milhão) e Minas Gerais (1,38 milhão) seguem na sequência (confira a lista completa abaixo).A piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil nos últimos três anos foi destacada pelo relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)" da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Diante desse cenário, o Governo Federal adotou uma série de medidas para reestruturar as políticas sociais e remover novamente o Brasil do mapa da fome, como ocorreu em 2014. Mais de 21 milhões de brasileiros passaram fome severa em 2022, diz relatório da ONUEm março, o Governo Federal relançou o Bolsa Família com o valor mínimo de R$ 600, além de um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Em junho, foram implementados os benefícios variáveis de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos, e o valor per capita de R$ 142. Esse conjunto de medidas resultou no maior valor médio já registrado no programa: R$ 705,4.A nova estrutura do Bolsa Família inclui:Valor per capita pago a cada pessoa da família: R$ 142;Cada família recebe, no mínimo, R$ 600;Dependendo da composição familiar, pode ser necessário o repasse do Benefício Complementar para atingir o valor mínimo de R$ 600;Benefício Primeira Infância (0 a 6 anos): R$ 150 por criança;Benefício Variável Familiar: R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes (7 a 18 anos);Benefício Extraordinário de Transição: para casos específicos, garantindo que ninguém receba menos do que recebia no programa anterior.As famílias beneficiárias devem cumprir compromissos nas áreas de saúde e educação para fortalecer o acesso aos direitos sociais básicos, tais como:Realização do acompanhamento pré-natal;Acompanhamento do calendário nacional de vacinação;Realização do acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de sete anos;Frequência escolar mínima de 60% para crianças de quatro a cinco anos e 75% para beneficiários de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;Ao matricular a criança na escola e vaciná-la no posto de saúde, é preciso informar que a família é beneficiária do Programa Bolsa Família.Uma nova regra de proteção foi incorporada ao Bolsa Família neste mês, garantindo que, mesmo conseguindo um emprego e aumentando a renda, a família possa permanecer no programa por até dois anos, desde que cada membro receba até meio salário mínimo (R$ 660). O objetivo é apoiar a família durante esse período, assegurando maior estabilidade financeira e estimulando o emprego e o empreendedorismo. Se a família perder a renda após os dois anos ou solicitar a saída do programa, ela tem direito ao Retorno Garantido, e o benefício será retomado.Além do programa de transferência de renda, o MDS lançou o Programa Emergencial de Atendimento do Cadastro Único no Sistema Único de Assistência Social (Procad-SUAS) em março. Com o intuito de manter o funcionamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), melhorar o atendimento aos beneficiários dos programas sociais, atualizar o Cadastro Único e realizar busca ativa das famílias, o Governo Federal vai transferir mais de R$ 3,5 bilhões aos estados e municípios até o fim de 2023.Na busca ativa, o MDS iniciou diálogos e parcerias com diversos movimentos representativos da sociedade civil e grupos mais vulneráveis da população. Além disso, desde março, o MDS retomou as capacitações de entrevistadores e operadores do Cadastro Único, bem como a orientação aos municípios e estados. Esses processos estavam paralisados desde 2020. News Brasil 247 2023-07-12T15:18:14-03:00 b247-445736 O Brasil não tem uma direita civilizada, diz Paulo Nogueira Batista Júnior https://www.brasil247.com/entrevistas/o-brasil-nao-tem-uma-direita-civilizada-diz-paulo-nogueira-batista-junior img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712150712_a71370086901e3ef939bc28a234ae38c71c2373c01205af0d73d97ad9ba1f611.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Economista afirma que a direita supostamente civilizada é a que patrocina a estagnação brasileira br clear="all" 247 – Durante uma entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior expressou sua visão sobre a direita brasileira, afirmando que ela não é "civilizada" e é também responsável pela estagnação do País, numa resposta aos editoriais que pedem o surgimento de uma nova direita no Brasil, que seria supostamente encarnada pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, político de extrema direita que presidiu o Brasil entre 2019 e 2022.O economista também destacou a necessidade de comemorar os resultados econômicos do governo Lula, porém sem exageros. Segundo ele, a reforma tributária não terá efeitos imediatos e é importante reconhecer que a queda da inflação é resultado de decisões tomadas pelo presidente Lula, da supersafra e da diminuição dos preços das commodities. O economista também apontou o aumento da taxa de juros real pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nos últimos meses, uma vez que houve redução da inflação. Nogueira Batista Júnior ressaltou que o maior risco fiscal atualmente está nas ações do Banco Central.Riscos da conciliação – Além disso, o economista alertou para o risco de conformismo diante de um crescimento mediano e afirmou que os resultados da conciliação de classes são limitados. Ele destacou a importância de enfrentar os super-ricos e criticou a suposta direita civilizada, que, segundo ele, é responsável pela estagnação do Brasil e pela concentração de renda. "Para os ricos, o Brasil é um paraíso rentista e também um paraíso fiscal", diz ele.O economista também enfatizou a centralidade da questão ecológica, mas afirmou que a transição ecológica por si só não resolve os problemas de desenvolvimento. Ele ressaltou a importância de cuidar do meio ambiente, mas enfatizou que cuidar das pessoas é ainda mais importante. O economista concluiu a entrevista afirmando que a direita brasileira não é civilizada, argumentando que a visão liberal é incompatível com o desenvolvimento. Assista: News Brasil 247 2023-07-12T15:13:47-03:00 b247-445735 Não interessa ao Brasil a ampliação dos BRICS, diz Paulo Nogueira Batista Júnior https://www.brasil247.com/entrevistas/nao-interessa-ao-brasil-a-ampliacao-dos-brics-diz-paulo-nogueira-batista-junior img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023071215078_8ce41bfd-cebd-4505-85e3-da1c9a8ffffe.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Isso diluiria o peso dos atuais integrantes do bloco, aponta o economista br clear="all" 247 – Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o economista Paulo Nogueira Batista Júnior expressou sua opinião de que a ampliação dos BRICS não seria benéfica para o Brasil. Segundo ele, isso diluiria a participação do país no bloco e tornaria a administração mais complexa.Nogueira Batista Júnior destacou que a ampliação dos BRICS pode interessar mais à Rússia e à China, países que já fazem parte do grupo e têm ambições geopolíticas maiores. Ele argumentou que, em vez disso, o Brasil deveria abrir o banco de desenvolvimento dos BRICS aos interessados e consolidar o formato "BRICS+", atraindo países que tenham interesse em participar das cúpulas.A opinião do economista vem em um momento importante, pois a cúpula dos BRICS na África do Sul está prestes a ocorrer, em agosto deste ano, e há discussões sobre o formato e a possível participação do presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, confirmou que a cúpula será realizada presencialmente, ressaltando a importância de um encontro "cara a cara" entre os chefes de Estado. A decisão de realizar o encontro mesmo com o mandado de prisão contra Putin reflete a determinação da África do Sul em promover o evento e fortalecer os laços com os países do BRICS.Embora a África do Sul seja membro do Tribunal Penal Internacional, não é esperado que Putin seja preso caso participe da cúpula. Rumores sobre a transferência da cúpula para a China surgiram, mas o governo sul-africano decidiu manter o evento em seu território, demonstrando seu compromisso em realizar uma cúpula presencial após três anos.Neutralidade sul-africana – O contexto histórico das relações entre África do Sul e Rússia, que remonta aos tempos do apartheid, influencia a postura do país em relação ao mandado de prisão. A neutralidade sul-africana diante da invasão da Ucrânia em 2022 e sua busca pelo diálogo como solução para o conflito evidenciam a importância dos laços entre os países do BRICS.Diante dessa conjuntura, a visão de Paulo Nogueira Batista Júnior destaca a necessidade de o Brasil preservar sua posição dentro dos BRICS e buscar alternativas como o formato "BRICS+", a fim de evitar a diluição de seu peso no bloco. A cúpula dos BRICS na África do Sul, considerada uma das mais importantes em muito tempo, se aproxima, e as discussões sobre seu formato e potenciais desdobramentos continuarão a atrair a atenção da comunidade internacional. Assista: News Brasil 247 2023-07-12T15:11:18-03:00 b247-445734 Bolsonaro fez o brasileiro odiar vacina – agora, as doenças estão voltando https://www.brasil247.com/geral/bolsonaro-fez-o-brasileiro-odiar-vacina-agora-as-doencas-estao-voltando img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230503090544_4920cc2659e637be7ea433cfbb3cc4beba58189d3a3a303b4dd05893f4805ccb.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Ex-presidente fez do boicote aos imunizantes uma política pública, derrubando a cobertura vacinal entre crianças. Agora, a poliomielite voltou br clear="all" The Intercept Brasil - O negacionismo de Bolsonaro e de sua turma durante a pandemia deixou um legado aterrorizante para o país. Se antes éramos referência internacional em política de vacinação, hoje somos um exemplo negativo. O Brasil sempre ostentou um dos maiores índices de cobertura vacinal do mundo, mas isso já não é mais uma realidade.A queda na cobertura vacinal não começou exatamente no governo Bolsonaro. A vacinação de crianças até 2 anos, por exemplo, vem apresentando queda desde 2011. O movimento antivacina, que sempre foi forte na Europa e nos EUA, começou a crescer no país. O bolsonarismo não iniciou o negacionismo vacinal, mas ajudou a legitimar e disseminar esse movimento que atenta contra a saúde sanitária do mundo. O país passou os últimos 3 anos vendo o seu presidente fazendo do boicote às vacinas uma política pública. O candidato antivacina obteve mais de 58 milhões de votos na última eleição. O impacto disso é imenso. Se antes o negacionismo sobre as vacinas era algo incipiente no Brasil, depois da tragédia bolsonarista ele está consolidado. Doenças que já estavam praticamente erradicadas voltaram a circular. A poliomielite, que estava erradicada desde 1989, voltou a dar as caras.Leia a íntegra no The Intercept Brasil. News Brasil 247 2023-07-12T15:08:44-03:00 b247-445733 Há excesso de euforia com o governo Lula, diz Breno Altman https://www.brasil247.com/entrevistas/ha-excesso-de-euforia-com-o-governo-lula-diz-breno-altman img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023071215078_aca46901c1a0e6a0ee9139b0795faf86755db35bd1903ab981e40092d5a6591f.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Editor do Opera Mundi afirma que o Brasil é uma montanha-russa e que a luta de classes vai se intensificar br clear="all" 247 – No dia 10 de julho, o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, participou do programa Bom Dia 247 e pediu cautela nas análises sobre o governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Há excesso de euforia com os primeiros seis meses do governo Lula. O Brasil é uma montanha-russa e não podemos ter ilusão com a tranquilidade deste momento", disse ele.Altman iniciou sua análise comparando o país a uma montanha-russa, enfatizando a volatilidade e as mudanças bruscas de cenário político e econômico que o Brasil enfrenta. Segundo ele, embora haja motivos para comemorar a melhora da economia e a diminuição da polarização, é necessário manter uma perspectiva realista e não se iludir com a atual tranquilidade.O jornalista ressaltou que embora a febre política tenha diminuído, os problemas estruturais do país persistem, assim como as tensões da luta de classes. Altman alertou para a necessidade de enfrentar os desafios estruturais e manter o enfrentamento ao neoliberalismo.Um ponto relevante abordado por Altman foi a tentativa da burguesia brasileira de domesticar o bolsonarismo. Segundo ele, o "bolsonarismo arrebentou a hegemonia da direita liberal no bloco conservador" e agora a classe dominante busca uma versão mais moderada e republicana desse movimento. A intenção seria reconstruir um campo conservador como oposição ao governo do presidente Lula. "Eles buscam um bolsonarismo mais moderado e republicano, para que seja possível reconstruir um campo conservador em oposição ao presidente Lula", afirma. Assista: News Brasil 247 2023-07-12T15:08:27-03:00 b247-445732 Reunião entre Celac e UE pode dar início à conclusão de acordo Mercosul-UE, diz Lula https://www.brasil247.com/brasil/reuniao-entre-celac-e-ue-pode-dar-inicio-a-conclusao-de-acordo-mercosul-ue-diz-lula img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023071215070_cfd0d901-c7ab-4b21-a51c-3bbc99513093.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Lula reiterou que o Mercosul não abre mão das compras governamentais ao se referir a um artigo do acordo entre os blocos br clear="all" (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que a reunião entre membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) na próxima semana, em Bruxelas, pode ser o início da conclusão do "sonhado" acordo entre o bloco europeu e o Mercosul."Nós vamos ter o encontro da América Latina com a União Europeia. É um encontro extremamente importante porque ele pode começar a ser o pilar da gente concluir o acordo tão sonhado há tantas décadas entre Mercosul e União Europeia", disse Lula em discurso na cerimônia de reinstalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília.Lula reiterou que o Mercosul não abre mão das compras governamentais ao se referir a um artigo do acordo entre os blocos que pauta a participação de empresas europeias em licitações públicas de Estados latino-americanos."Tem uma coisa que eu já disse para todo mundo que a gente não abre mão. A gente não abre mão das compras governamentais, porque elas serão a possibilidade de desenvolver o médio e pequeno empreendedor neste país", acrescentou.O presidente tem feito diversas críticas ao acordo Mercosul-UE e a posicionamentos de países europeus desde que tomou posse. Entre elas, Lula condenou uma resolução aprovada no Parlamento francês contrária ao pacto entre os dois blocos, e uma carta adicional enviada pela UE com exigências ambientais.Na semana passada, Lula havia dito em encontro da cúpula do Mercosul que o bloco não tem interesse em acordos comerciais que condenem os países sul-americanos a serem "eternos exportadores de matéria-prima, minério e petróleo".No entanto, ele também já demonstrou sua determinação em selar o acordo comercial nos próximos seis meses durante a presidência brasileira no Mercosul, bem como afirmou anteriormente que está "doido" para concluir as negociações.Na fala desta quarta-feira, Lula ainda disse que deseja formar um "grande projeto" com países da Amazônia para discutir a questão das mudanças climáticas durante grandes eventos internacionais."Queremos preparar um grande projeto para conversar sério com as pessoas quando a gente for participar nos Emirados Árabes do encontro (COP) para discutir as questões climáticas", disse. News Brasil 247 2023-07-12T15:02:19-03:00 b247-445731 Patrícia Poeta é obrigada pela Justiça a participar de audiência com colunista da RedeTV! em processo judicial https://www.brasil247.com/midia/patricia-poeta-e-obrigada-pela-justica-a-participar-de-audiencia-com-colunista-da-redetv-em-processo-judicial img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20220705120736_62102a8102d0b8b1b70a24b0d01b4dca081547324a503a3329bd5e99dda16022.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Apresentadora teve o pedido negado e terá que comparecer à audiência de conciliação para processo contra Alessandro Lo-Bianco; Patrícia acusa o comentarista de perseguição br clear="all" 247 - A apresentadora da Globo, Patrícia Poeta, teve seu pedido negado pela Justiça de São Paulo no processo criminal que move contra o comentarista Alessandro Lo-Bianco, do programa "A Tarde é Sua", apresentado por Sônia Abrão na RedeTV!. De acordo com reportagem da coluna F5 da Folha, Patrícia não desejava comparecer à audiência virtual de conciliação, buscando um acordo amigável entre as partes, alegando constrangimento e abalo emocional em ter que depor na presença de Lo-Bianco, mesmo que virtualmente. A juíza responsável pelo caso, no entanto, determinou sua presença, enfatizando a importância de sua participação para esclarecer seu ponto de vista.A petição de Poeta revela que seus advogados acusam o comentarista de perseguição ao criar informações falsas sobre os bastidores da Globo, incluindo uma suposta relação ruim com Manoel Soares, colaborador da emissora que foi recentemente demitido após 21 anos de serviço.O Ministério Público, antes da decisão da 26ª Vara Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), recomendou que a solicitação de Patrícia fosse negada, argumentando que sua presença era indispensável para apresentar seu ponto de vista. A juíza concordou com o parecer do MP, destacando que a audiência virtual não exporia as partes a qualquer tumulto e que o comparecimento pessoal reforçaria a possibilidade de reconciliação entre as partes.A audiência entre Patrícia Poeta e Alessandro Lo-Bianco está agendada para o dia 7 de agosto, às 13h. Além do processo contra o comentarista, Patrícia também move outra ação contra Sônia Abrão, apresentadora do programa, cuja tentativa de conciliação está marcada para o próximo dia 2 de agosto.No processo, Patrícia apresentou cerca de 40 páginas de reportagens e descrições de ofensas que teria sofrido no programa "A Tarde é Sua", além de informações que não correspondem à realidade dos bastidores. Antes de recorrer à Justiça, Patrícia enviou uma notificação extrajudicial solicitando uma retratação no programa de Sônia e Lo-Bianco. News Brasil 247 2023-07-12T14:59:14-03:00 b247-445730 O Hacker da Zambelli https://www.brasil247.com/charges/o-hacker-da-zambelli img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230712140756_b9d4573adcce0af35471de4908af993f9fe40fbcbcac83103c89ade920eca497.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / br clear="all" News Brasil 247 2023-07-12T14:58:07-03:00 b247-445729 Governo Bolsonaro multiplicou por 9 valores pagos a reservistas da Forças Armadas que atuam em escolas cívico-militares https://www.brasil247.com/brasil/governo-bolsonaro-multiplicou-por-9-valores-pagos-a-reservistas-da-forcas-armadas-que-atuam-em-escolas-civico-militares img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20220610210612_8601513b-9d4d-4ecf-b457-82f929594141.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Montante destinado aos assessores e monitores escolares saltou de R$ 7 milhões em 2020 para R$ 64 milhões no ano passado br clear="all" 247 - O governo Jair Bolsonaro ampliou em nove vezes o valor da remuneração adicional paga a reservistas das Forças Armadas que atuavam nas escolas cívico-militares entre os anos de 2020 e 2022. Nesta quarta-feira (12), o MEC anunciou o fim das escolas cívico-militares.Segundo o site O Antagonista, uma nota técnica do Ministério da Educação (MEC) referente ao encerramento do modelo aponta que o montante destinado aos assessores e monitores escolares saltou de R$ 7 milhões em 2020 para R$ 64 milhões no ano passado. Para o ano de 2023, o MEC planeja gastar R$ 86,5 milhões para a manutenção do programa. Ao todo, 120 escolas em todo o país adotaram esse modelo. No sistema das escolas cívico-militares, as secretarias de educação são responsáveis pelos currículos escolares, enquanto as Forças Armadas têm a tarefa de aplicar o conteúdo didático por meio de assessores e monitores. De acordo com o ministério, o alto custo dos monitores foi uma das justificativas para o fim dessas escolas. A outra é que essas instituições fomentavam um modelo elitista, o qual não era viável para as demais escolas exclusivamente civis.Em relação aos gastos, uma questão levantada pelo MEC refere-se à remuneração dos militares da reserva que participavam do programa. Conforme informado pelo ministério, um coronel recebia uma gratificação de R$ 9,1 mil para atuar como assessor nas escolas, enquanto um major recebia R$ 8 mil.Ainda segundo a reportagem, um trecho da nota técnica da pasta ressalta que “no caso de um oficial de graduação superior, a remuneração média mensal empenhada a título de gratificação para exercer atividades gira em torno de R$ 8.000,00. Pouquíssimos diretores das escolas nas quais eles atuam recebem salário nesse patamar". News Brasil 247 2023-07-12T14:55:24-03:00 b247-445728










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