Nunes diz aos secretários que orientações do TCM não precisam ser obedecidas
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Prefeito teme que a suspensão de editais e obras pelo Tribunal de Contas do Município atrapalhe sua campanha pela reeleição
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247 - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), surpreendeu seus secretários ao afirmar que as manifestações do Tribunal de Contas do Município (TCM) não devem mais ser levadas em consideração. Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a declaração do emedebista ocorreu no final de maio, durante um momento de alta tensão entre o prefeito e o TCM. Em diversas ocasiões, Nunes já expressou sua insatisfação com a corte de contas municipal, alegando que suas decisões têm prejudicado a realização de obras ao determinar a suspensão de editais.Uma das principais preocupações de Nunes é chegar à sua campanha de reeleição, em 2024, com um número reduzido de obras para mostrar à população. De acordo com a reportagem, aliados avaliam que Nunes provavelmente estava se referindo às recomendações de suspensão feitas pelo TCM, as quais não são obrigatórias e, portanto, poderiam ser ignoradas.Nunes também tem manifestado sua insatisfação quanto ao descumprimento de uma lei aprovada em novembro de 2022, que estabelece um prazo de até 25 dias úteis, prorrogáveis pelo mesmo período, para que os órgãos de controle, como a Câmara Municipal e o TCM, decidam sobre a suspensão cautelar de processos licitatórios. Essa medida tem causado discordância entre os membros do tribunal. Anteriormente, não havia um prazo estabelecido, e desde os primeiros meses de seu mandato, o prefeito tem atribuído ao TCM os atrasos nos processos licitatórios e na entrega de obras.Dentre os principais obstáculos enfrentados por Nunes, está a demora do TCM em liberar a licitação de quase R$ 1 bilhão para o início do que ele considera o "maior recapeamento de São Paulo". Embora o programa tenha sido iniciado em junho de 2022, o edital foi barrado desde o final de 2021. A indignação de Nunes reside no fato de que a execução dos serviços de recapeamento ainda estará em andamento no ano eleitoral, causando transtornos com interdições de vias, o que poderia afetar negativamente a opinião pública.Outro projeto que o prefeito planeja exibir como vitrine em sua campanha de reeleição é o programa "Pode Entrar". No entanto, ambos os editais foram suspensos em julho do ano passado. O primeiro edital foi autorizado somente em novembro de 2022, e o segundo foi liberado na quarta-feira (12).