Cúpula dos Povos, um espaço de luta e sonhos
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O fórum de dois dias sediado na Universidade Livre de Bruxelas é apreciado como um cenário de luta pelo direito dos povos à paz e à soberania
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Prensa Latina, por Waldo Mendiluza, enviado especial - Movimentos sociais e forças políticas progressistas da Europa, América Latina e Caribe protagonizarão hoje a realização da Cúpula dos Povos Bruxelas-2023, um espaço para delinear a construção de um mundo mais justo.O fórum de dois dias sediado na Universidade Livre de Bruxelas é apreciado como um cenário de luta pelo direito dos povos à paz e à soberania e, ao mesmo tempo, um encontro para sonhar com esse mundo sem marginalizações ou relações de dominação Norte-Sul.A Cúpula dos Povos se reunirá paralelamente à III Cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e não por acaso, mas como sinal de que milhões de pessoas de ambos os lados do Atlântico olham aos seus dirigentes com a alegação de que apostam em laços de respeito e benefício mútuos.Um dos temas a serem discutidos será a busca pela paz em um contexto global complexo e, nesse sentido, o eurodeputado Manu Pineda convocou o bloco comunitário de 27 Estados membros a imitar o exemplo da Celac, que se declarou em 2014 em Havana como Zona de Paz.A Europa também deve caminhar nessa direção, é urgente parar de alimentar a guerra e abandonar a escalada geopolítica vigente, disse à Prensa Latina o integrante do Grupo de Esquerda no Parlamento Europeu.Da mesma forma, afirmou que o fórum que atrairá organizações sociais, sindicais e solidárias, e forças políticas progressistas, será uma oportunidade para exigir laços birregionais sem submissão à visão hegemônica dos Estados Unidos.A Cúpula dos Povos também incluirá em seu primeiro dia um painel sobre o bloqueio econômico, comercial e financeiro que os Estados Unidos aplicam contra Cuba há mais de 60 anos.No âmbito do debate, será lançado um tribunal internacional, a realizar em novembro, para denunciar o cerco imposto por Washington à ilha.O papel da mídia, a transição ecológica e a urgência de uma abordagem social, a descolonização, a crise capitalista e a dívida também se destacarão nas discussões.Para a presidente do movimento Intal Globalize Solidarity, Paula Andrea Polanco, a Cimeira dos Povos apresenta-se como um espaço necessário, para exigir que a UE abandone a sua visão de colonização e ingerência nos países que do outro lado do Atlântico não aceitam a hegemonia que os centros de poder tentam ditar.Defenderemos três princípios durante o fórum em Bruxelas: respeito pela soberania e autodeterminação, respeito à decisão da Celac sobre a paz e apoio ao cenário de surgimento de um mundo multipolar, disse à Prensa Latina.A cúpula paralela à de chefes de Estado e de governo terá uma declaração final, um documento de luta e também de sonhos.