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Ana Moser fica

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"Desde sua chegada ao Planalto, Ana Moser tem pautado temas relvantes para a comunidade esportiva, em especial a Lei Geral do Esporte", assinala Nozaki
A pressão do centrão por cargos políticos no governo tem produzido um clima tenso e instável nos bastidores do Planalto. Dentre os alvos escolhidos figura o Ministério do Esporte, liderado atualmente por Ana Moser. De acordo com pessoas no entorno da ministra, a despeito da instabilidade que ventila, a ex-atleta segue firme, focada e se dedicando à sua agenda, tocando o barco com a determinação de quem sabe que o jogo só termina quando o apito toca. Inclusive acaba de fazer uma jogada de mestre, tornando ponto facultativo os dias de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino.A força e a determinação são qualidades exercitadas no esporte e quem coloca o corpo em quadra sabe que a imprevisibilidade, o desconforto e o risco são características inerentes ao jogo. E neste quesito a atleta Ana Moser tem muito a nos ensinar. Entretanto, a imagem da jogadora olímpica que encantou gerações não pode ficar circunscrita apenas à sua trajetória esportiva. Além de um ícone do vôlei brasileiro, Ana é protagonista de uma história consolidada de gestão em políticas públicas esportivas e projetos de esporte e educação. Sua combatividade decorre de anos de dedicação à difusão e promoção do esporte como um direito de todos e uma ferramenta de transformação social.É também parte da trajetória da ministra sua atuação em Organizações da Sociedade Civil, em especial com a criação do Instituto Esporte e Educação (IEE), ONG que há 21 anos vem trabalhando com o esporte educacional por meio de diversos projetos sociais, que já impactaram mais de 7 milhões de crianças e jovens e capacitaram mais de 61 mil educadores em todo o Brasil, sobretudo em escolas públicas. Com uma metodologia própria, em defesa da inclusão, da diversidade, da autonomia, da construção coletiva e da educação integral, a instituição presidida por Ana até sua entrada no Ministério do Esporte (2023) segue com nova direção, tocando em frente o projeto gestado pela ministra.Desde sua chegada ao Planalto, Ana Moser tem pautado temas relvantes para a comunidade esportiva, em especial a Lei Geral do Esporte, que propõe um Sistema Nacional do Esporte, na tentativa de institucionalizar e organizar de maneira efetiva o esporte na União, estados e municípios brasileiros. Outras agendas figuram na gestão da ministra, como a ampliação dos beneficiários do Bolsa Atleta e a inclusão de atletas gestantes e mães de recém-nascidos no programa, a criação de diretrizes voltadas à prevenção de práticas de assédio e discriminação e a ampliação de políticas públicas que beneficiam paratletas. O Ministério do Esporte também tem realizado ações para intensificar o diálogo a CUFA (Central Única das Favelas), visando ampliar a prática esportiva em seus territórios. O estímulo à participação de mulheres na gestão esportiva também é parte dos movimentos realizados por Ana Moser até agora.Reconhecer a atuação da ministra para além de sua carreira esportiva é, antes de tudo, entender qual é o projeto de país que ela representa. O presidente Lula fez alguns acenos à continuidade de Ana no Ministério, afirmando que alguns nomes não são negociáveis. “Ana fica”, afirmou o presidente. E é isso que esperamos. A disputa pela “nova escalação” acontece em um cenário problemático que transita entre a dificuldade de acomodar muitos nomes e diferentes interesses, a necessidade de constituir maioria num Congresso conservador e a tensão das próximas eleições municipais de 2024. Mas, ao que tudo indica, Ana e Lula protagonizam uma dupla de sucesso, que vem pontuando temas urgentes e trazendo esperança a um país que aos poucos se recupera de uma onda fascista e reacionária. O mesmo presidente que teve questionada sua formação acadêmica por um pseudo-humorista, sedentário e conservador, é quem defende a estadia de uma mulher aguerrida que representa um projeto de país onde o esporte que é direito de todos. É para isso que fizemos o “L”.Aliás, por que o Esporte, pasta com pouca verba em relação a outros ministérios e que foi extinta no governo passado, passou a ser alvo da disputa de cargo pelo centrão? O que pensa o centrão sobre o esporte e suas potencialidades? Nos últimos meses estamos acompanhando um movimento de massificação das progagandas de apostas esportivas. A mercantilização do esporte beneficia a quem? Quais são os objetivos e interesses por trás disso? São questões que merecem atenção, mas que podem ser refletidas em algum outro momento. O que proponho aqui é que a gente compreenda o que representa Ana Moser e o que está em jogo com a sua continuidade no Ministério do Esporte.Ana é parte de um conjunto de instituições e atores sociais de diversos setores, entusiastas do esporte que chega e que é para todos, que dialoga com a saúde, com a cultura e com a educação, e perpassa dimensões de performance (competição), de participação (lazer) e educacional (educação). A sua permanência à frente do Ministério é, antes de tudo, a vitória de um projeto coletivo, representado por diferentes corpos, por diferentes manifestações esportivas e culturais e por diferentes setores da sociedade comprometidos com um país mais justo e plural. E é, no limite, a vitória de uma mulher que entende de política pública de esporte sobre uma lista de nomes de homens brancos cuja relação com a política pública de esporte é desconhecida.










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