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São Paulo tem maior número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família em julho: 2,53 milhões

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Valor médio do benefício no estado é de R$ 680. Pagamentos têm início nesta terça e seguem até dia 31. No país, são 20,9 milhões de famílias contempladas e R$ 14 bi em repasses
Secom/Governo Federal - O estado de São Paulo reúne o maior número de beneficiários do Bolsa Família em julho de 2023. São 2,53 milhões de famílias contempladas pelo programa de transferência de renda do Governo Federal. O valor médio recebido é de R$ 680,58 e chega aos 645 municípios. O cronograma de pagamentos tem início nesta terça, 18/7, para beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) de final 1. Os repasses seguem até o dia 31.No estado, 1,2 milhão de crianças de zero a seis anos que fazem parte da composição familiar de beneficiários recebem os R$ 150 adicionais previstos no Benefício Primeira Infância. O investimento federal para saldar esse pagamento é de R$ 170 milhões. Outras 1,98 milhão de pessoas recebem o Benefício Variável Familiar, que contempla gestantes (105 mil) e crianças e adolescentes de sete a 18 anos (1,88 milhão) com um adicional de R$ 50. O repasse é de R$ 90,5 milhões.A capital paulista é o município com maior número de famílias contempladas em julho. São 713 mil beneficiários, a partir de um investimento de R$ 483 milhões. Outros três municípios têm mais de 45 mil famílias no programa: Guarulhos (106 mil), Campinas (59,9 mil) e Osasco (45 mil).A cidade com maior valor médio do estado é a pequena Borá, que tem 51 famílias atendidas e R$ 837,47 de repasse médio. Na sequência se destacam Brodowski, com média de R$ 726,07 para 1.069 famílias e Severínia, com média de R$ 719,55 para 893 famílias.BRASIL – No país como um todo, são 20,9 milhões de famílias contempladas pelo Bolsa Família em julho, ou 54,3 milhões de pessoas. O investimento total do Governo Federal é de R$ 14 bilhões. O valor médio recebido por família é de R$ 684,16. Entre os responsáveis familiares, 82% são mulheres: 17,1 milhões.PRIMEIRA INFÂNCIA - Em julho, 9,13 milhões de crianças de zero a seis anos incluídas na composição familiar dos beneficiários recebem os R$ 150 adicionais do Benefício Primeiro Infância. O repasse federal referente a esse benefício é de R$ 1,28 bilhão.VARIÁVEL FAMILIAR - Outras 15,7 milhões de pessoas recebem os R$ 50 previstos do Benefício Variável Familiar, entre gestantes (881 mil), crianças de sete a 15 anos (12,3 milhões) e adolescentes de 16 a 18 anos (2,5 milhões). O investimento é de R$ 715 milhões.FORA DA LINHA - A consolidação do colchão de proteção do novo Bolsa Família já permitiu no mês passado que 18,5 milhões de famílias deixassem a linha da pobreza, que é de R$ 218 per capita por residência. São 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda acima desse patamar.“O objetivo é tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome e da insegurança alimentar e reduzir a pobreza”, resumiu o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.REGRA DE PROTEÇÃO - Pelas regras do novo Bolsa Família, existe um incentivo para que as pessoas conquistem um emprego formal. As famílias que vivenciam crescimento da renda per capita até o limite de R$ 660 por integrante permanecem no programa por até dois anos, recebendo metade do valor do Bolsa Família. É a chamada Regra de Proteção. Em julho, há 2,1 milhões de famílias nessa condição. O valor médio recebido por elas é de R$ 378,91.CRUZAMENTO - Desde o início do ano, o Governo Federal vem fazendo ajustes na base de dados do Cadastro Único para garantir que as famílias que realmente precisam dos recursos estejam na base de dados. Isso envolve tanto um trabalho de busca ativa atrás de famílias em condição de vulnerabilidade que estejam fora da lista quanto o cruzamento de dados com plataformas federais, como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), para evitar que pessoas recebam indevidamente o benefício. Neste mês de julho, 300 mil novas famílias foram habilitadas e 378 mil foram suspensas do programa.REGIÕES – Na divisão por regiões, o Nordeste concentra o maior número de famílias contempladas pelo Bolsa Família. São 9,59 milhões de famílias a partir de um investimento de R$ 6,3 bilhões. Na sequência aparece o Sudeste, com 6,21 milhões de beneficiários (R$ 4,1 bilhões). A lista se completa com 2,55 milhões de beneficiários do Norte (R$ 1,7 bilhão), 1,42 milhão de famílias no Sul (R$ 962 milhões) e 1,11 milhão no Centro-Oeste (R$ 772 milhões).ESTADOS - Na divisão por Unidades Federativas, São Paulo concentra o maior número de famílias contempladas. São 2,53 milhões de beneficiários, a partir de um investimento de R$ 1,7 bilhão. Na sequência aparece a Bahia, com 2,51 milhões de famílias e R$ 1,65 bilhão em repasses.Outros seis estados reúnem mais de um milhão de beneficiários: Rio de Janeiro (1,7 milhão), Pernambuco (1,64 milhão), Minas Gerais (1,6 milhão), Ceará (1,4 milhão), Pará (1,3 milhão) e Maranhão (1,2 milhão). O estado com maior valor médio de repasse é Roraima, com R$ 753,52, seguido por Amazonas (R$ 742,84) e Acre (R$ 742,27). News Brasil 247 2023-07-18T12:29:58-03:00 b247-446444 Em conversa com Lula, premiê da Dinamarca anuncia intenção de contribuir com o Fundo Amazônia https://www.brasil247.com/mundo/em-conversa-com-lula-premie-da-dinamarca-anuncia-intencao-de-contribuir-com-o-fundo-amazonia img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718120720_fd92cf2624b6439ab149288d8eaf825266c65588b93a0d0d9e4a3110f73b82cf.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Presidente brasileiro se reuniu com Mette Frederiksen, na manhã desta terça-feira, em Bruxelas, na Bélgica br clear="all" Secom/Governo Federal - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta terça-feira, 18/7, pela primeira vez, com a Primeira-Ministra do Reino da Dinamarca, Mette Frederiksen. Os dois líderes conversaram sobre meio ambiente e combate à desigualdade, e trocaram convites para visitar o Brasil e a Dinamarca. Frederiksen anunciou intenção de aprovar uma contribuição para o Fundo Amazônia no orçamento dinamarquês. News Brasil 247 2023-07-18T12:22:22-03:00 b247-446443 Filosofia, educação e igualdade como ideal do eu nacional https://www.brasil247.com/blog/filosofia-educacao-e-igualdade-como-ideal-do-eu-nacional Infelizmente, não há completude total (paraíso) para cada ser nesta sociedade, onde os desejos são incompatíveis com as regras br clear="all" Você acha que existe igualdade de oportunidades no Brasil?Será que ascender socialmente depende de estarmos na Escola?E a Escola é um espaço democrático, onde quem ingressa tem seu futuro garantido?E a Escola Pública em nosso país garante mobilidade social futura?São questionamentos que precisamos realizar para refletirmos...aliás sem reflexão não chegaremos a lugar nenhum.“O ideal do Eu” fica exposto ao sistema de regras; aliás o “ideal do eu” é filosoficamente o que eu devo ser para agradar ao narcisismo secundário alheio.O nosso eu primário é abandonado com nosso ingresso na vida da linguagem, que nos lança no mundo social.Há corpos habilitados para o trabalho sendo preparados, para serem dóceis; e aptos ao processo de recalcamento. A análise de Foucault, de Judity Butler e de outros, nos elucida de que a escolarização é um atributo fecundo para o entendimento dos conceitos.Estamos navegando em meio às intempéries pusilânimes, que enfraquecem o sistema educacional, e atiram (cada vez mais) os seres humanos ao “apego apaixonado”, que limita seu saber. Generaliza-se tudo, com isso o desrespeito impera, gerando episódios como o que aconteceu no aeroporto de Roma com o ministro do STF. A busca pela sabedoria nos eleva, e mesmo que você (meu nobre leitor) esteja desanimado com sua base educacional: lute de maneira autodidata por dias melhores no campo do saber, e se transforme em um democrata participativo.Os horizontes do sistema educacional, nunca foram auspiciosos neste vasto território tupiniquim. A educação foi planejada para poucos, já que existem processos de disciplinação gerando sujeição.Nenhum governo por mais bem intencionado que seja consegue implantar igualdade real. Infelizmente, não há completude total (paraíso) para cada ser nesta sociedade, onde os desejos são incompatíveis com as regras. Segundo Freud há um supereu severo, guardião de princípios. Resta saber se tais princípios garantirão liberdade e igualdade a cada nascituro na teia da vida psíquica do poder.#LeiaBrazilevireBrasil#ValReiterjornalismohistórico News Brasil 247 2023-07-18T12:18:38-03:00 b247-446442 Agência de marketing digital: aumente sua presença online https://www.brasil247.com/parceiros/agencia-de-marketing-digital-aumente-sua-presenca-online img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718120712_f3580cc10244e179d9a1da2455b31c69fd118b0a25da0b838d1b374263de295b.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / br clear="all" O marketing digital se tornou uma ferramenta essencial para empresas de todos os tamanhos que desejam expandir sua presença online e alcançar seu público-alvo de forma mais efetiva. Em São Paulo, uma cidade vibrante e em constante crescimento, a busca por agências de marketing digital tem sido cada vez mais comum.Neste post, discutiremos os benefícios de contratar uma agência especializada, o que é marketing digital, como funciona e algumas estratégias utilizadas nesse campo. Vamos lá?O que é marketing digital?Marketing digital refere-se ao uso de estratégias e técnicas online para promover uma marca, produto ou serviço. Diferentemente do marketing tradicional, que se baseia em canais offline, como anúncios impressos ou comerciais de TV, o marketing digital utiliza canais digitais, como redes sociais, mecanismos de busca, e-mail marketing e sites para atingir o público-alvo.Como funciona o marketing digital?O marketing digital envolve várias etapas e estratégias que visam atrair e envolver os consumidores online. Aqui estão algumas das principais etapas envolvidas:Definição de objetivosAntes de iniciar qualquer campanha de marketing digital, é essencial definir os objetivos que se deseja alcançar. Isso pode incluir aumentar o reconhecimento da marca, gerar leads, aumentar as vendas, entre outros.Identificação do público-alvoÉ importante conhecer bem o público-alvo para direcionar as estratégias de marketing. Isso envolve a criação de personas, que são perfis fictícios que representam os clientes ideais, levando em consideração dados demográficos, interesses e comportamentos.Escolha de canaisCom base no público-alvo, é necessário identificar os canais de marketing digital mais eficazes para alcançá-los. Isso pode incluir o uso de mídias sociais, como Facebook, Instagram e LinkedIn, otimização de mecanismos de busca (SEO), marketing de conteúdo, entre outros.Criação de conteúdo relevanteA criação de conteúdo relevante e de qualidade é fundamental para atrair e engajar o público-alvo. Isso pode ser feito por meio de blogs, vídeos, infográficos, e-books e outros formatos de conteúdo que sejam interessantes para o público.Monitoramento e análiseUma das grandes vantagens do marketing digital é a possibilidade de monitorar e analisar os resultados das campanhas em tempo real. Isso permite ajustar e otimizar as estratégias para obter melhores resultados.Benefícios de contratar uma agência de marketing digitalContratar uma agência de marketing digital pode trazer diversos benefícios para o seu negócio. Aqui estão alguns dos principais:EspecializaçãoAs agências de marketing digital são especializadas nesse campo e possuem conhecimento e experiência para criar estratégias eficazes. Elas estão sempre atualizadas sobre as últimas tendências e melhores práticas do marketing digital, o que pode resultar em resultados melhores para o seu negócio.Economia de tempo e recursosO marketing digital envolve várias etapas e demanda tempo e recursos. Ao contratar uma agência, você pode contar com uma equipe dedicada para lidar com todas as atividades relacionadas ao marketing digital, permitindo que você se concentre em outras áreas importantes do seu negócio.Acesso a ferramentas e tecnologias avançadasAs agências de marketing digital têm acesso a diversas ferramentas e tecnologias avançadas que podem ajudar a impulsionar a sua estratégia. Isso inclui ferramentas de análise de dados, automação de marketing, monitoramento de redes sociais e muito mais.Visão externa e expertiseUma agência de marketing digital traz uma perspectiva externa para o seu negócio. Ela pode oferecer insights valiosos sobre o seu mercado-alvo, concorrência e tendências, ajudando-o a tomar decisões mais embasadas.Uma agência de marketing digital pode ajudar sua empresa a obter sucesso. Com a expertise e as estratégias adequadas, você pode aumentar sua presença online, atrair mais clientes e impulsionar seu negócio. Lembre-se de pesquisar e selecionar uma agência que atenda às suas necessidades específicas e esteja alinhada aos seus objetivos! News Brasil 247 2023-07-18T12:17:06-03:00 b247-446441 Brasil poderá ter seu primeiro time tetracampeão da Libertadores https://www.brasil247.com/parceiros/brasil-podera-ter-seu-primeiro-time-tetracampeao-da-libertadores-lg7y7w6p br clear="all" Dentre os clubes brasileiros, nenhum conquistou a Copa Libertadores mais de três vezes. Esse recorde pertence a Palmeiras, Flamengo, Grêmio, São Paulo e Santos. Neste ano, porém, dois deles podem alcançar o desejado tetracampeonato. Será que isso vai acontecer? Torcedores de todo o país estão aproveitando para se cadastrar na bet365 e fazer suas previsões.Palmeiras e Flamengo são os únicos brasileiros tricampeões da Libertadores que estão na disputa deste ano. E ambos os clubes têm os elencos mais valiosos da América do Sul. Este fato somado ao retrospecto recente coloca a dupla como a grande favorita ao título.Acontece que o Rubro-Negro carioca não iniciou bem a temporada 2023 e já perdeu os quatro títulos que disputou: Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes, Recopa Sul-Americana e Taça Guanabara. Tudo isso põe em xeque o trabalho do recém-chegado Vítor Pereira e cria uma nuvem de incertezas para a sequência da temporada.O Palmeiras, ao contrário do rival, iniciou muito bem o ano. Além de ter vencido a Supercopa do Brasil, batendo o Flamengo na decisão por 4 a 3, o Verdão está fazendo uma ótima campanha no Campeonato Paulista.Portanto, no momento, o clube paulista é aquele que parece ter mais chances de chegar ao quarto título da Libertadores, estabelecendo um novo recorde entre os clubes brasileiros. O cenário no futebol, porém, pode mudar completamente de uma hora para a outra. Bastam três jogos ruins para que a crise se instale em um clube e a cabeça do treinador seja colocada a prêmio.E o contrário também é verdadeiro. Uma equipe em má fase só precisa de dois ou três bons resultados para que todos aqueles que antes eram questionados transformem-se em heróis. Por isso, é muito difícil prever como estará o panorama quando a Copa Libertadores começar a afunilar.Ao longo da competição, Palmeiras e Flamengo terão de concorrer com rivais muito duros. Entre os brasileiros, Atlético Mineiro, Internacional e Athletico Paranaense são fortes concorrentes ao título. Os clubes argentinos também nunca podem ser considerados carta fora do baralho – principalmente Boca Juniors e River Plate.Além disso, a Copa Libertadores sempre tem espaço para surpresas. O Independiente del Valle, por exemplo, que já surpreendeu o São Paulo e o Flamengo, pode encarar qualquer rival de frente.Dessa forma, o Brasil tem sim a chance de ter seu primeiro clube tetracampeão do principal torneio do continente. Mas o caminho de Palmeiras e Flamengo será cheio de obstáculos. Se quiserem levantar a taça, ambos os clubes terão de deixar tudo dentro de campo. News Brasil 247 2023-07-18T12:12:58-03:00 b247-446440 O encantamento com Haddad https://www.brasil247.com/blog/o-encantamento-com-haddad img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023062704064_32f4961591be6719b062c993348cfc1d2d00d3caf325a6caa8b75e7e49d0e285.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / A conhecida estratégia de incorporar o espírito do bom mocismo e introduzir na agenda da Fazenda a pauta sugerida pelos representantes do financismo br clear="all" O terceiro mandato do Presidente Lula continua a oferecer todo tipo de surpresas para a maioria dos analistas da cena política. A começar por sua impressionante capacidade de ter superado as marcas de todas das injustiças cometidas nos processos levados a cabo pela quadrilha de Curitiba, que culminaram com sua prisão irregular e ilegal. Depois de ter passado 580 dias encarcerado, Lula terminou por provar as ilegalidades cometidas por Moro, Dallagnol e os demais integrantes da Operação Lava Jato e se apresentou à disposição de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro passado.O candidato da oposição conseguiu derrotar a máquina da reeleição montada pelo ex capitão, lutando contra o uso descarado da estrutura governamental, o abuso de benesses ilegais e um derrame fenomenal de recursos orçamentários para tentar reverter as tendências desfavoráveis no pleito. Vale registrar que esse foi o primeiro caso de um Presidente da República que não conseguiu vencer a disputa em sua própria recondução ao cargo. Fernando Henrique havia vencido em 1998, Lula foi vitorioso em 2006 e Dilma foi reeleita em 2014. Ainda que a diferença de votos não tenha sido muito significativa, a recondução de alguém que havia sido criminosamente impedido de concorrer 4 anos antes surpreendeu e converteu-se em uma espécie de reconhecimento social tardio da injustiça cometida.As classes dominantes brasileiras haviam, em sua grande maioria, apoiado Bolsonaro contra Haddad em 2018. A nomeação de Paulo Guedes como o principal responsável pela área econômica buscava consolidar o apoio que o banqueiro havia conseguido amealhar junto às elites para o defensor da tortura, da pena da morte e da ditadura. Ao longo do quadriênio, no entanto, aos poucos as benesses oferecidas pelo superministro não mais compensavam as atrocidades do genocídio e as irresponsabilidades na condução das políticas públicas. Com a aproximação do pleito, os grandes meios de comunicação passaram a verbalizar a busca de um nome alternativo, que fosse capaz de superar a polarização que se anunciava. Fracasso da terceira via e vitória de Lula. -No entanto, como se viu, a operação “terceira via” não foi exitosa. Todas as tentativas de forjar uma alternativa mais palatável aos olhos dos donos do dinheiro fracassaram - seja em termos políticos, seja em termos eleitorais. Lula venceu nos dois turnos e tinha como um de seus primeiros desafios a composição de sua equipe e conseguir tomar posse. A ameaça de golpe militar e o não reconhecimento do resultado proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estavam sendo manobrados pelo derrotado para impedir a chegada de Lula ao Palácio do Planalto no primeiro dia do ano.Ao que tudo indica, os poderosos abandonaram a alternativa golpista e ensaiaram uma estratégia de sequestrar o futuro governo. Entre o resultado e a posse foram lançados inúmeros balões de ensaio, com nomes de maior confiança do mercado financeiro para ocupar os postos mais importantes da área econômica. Porém, assim como havia ocorrido com a “terceira via”, a operação não emplacou. Nomes como Henrique Meirelles e Pérsio Arida, dentre outros, não conseguiram se viabilizar junto a Lula e seu entorno. Diante desse quadro, o povo da finança lançou mão de seu Plano C: influenciar de forma mais decisiva o programa a ser implementado pela próxima equipe. Assim foi decidido, assim foi feito. A intenção era inviabilizar as medidas que pudessem conferir uma linha mais progressista e desenvolvimentista ao mandato 3.0. Foi lançada uma operação para impedir a revogação do teto de gastos, tal como prometido por Lula na campanha. A intenção era criar um clima de catastrofismo em torno de uma suposta “irresponsabilidade fiscal” da futura equipe, lançando mão de uma memória deturpada dos governos anteriores do PT. Em outra direção, o financismo tratou de garantir que a Lei Complementar nº179/21, que estabeleceu a independência do Banco Central, também não fosse objeto de alteração, bem como evitar qualquer alteração nas metas de inflação. Na verdade, havia uma certa “tranquilidade” no quesito da política monetária, uma vez que Lula começaria seu governo com a totalidade dos 9 membros da diretoria do BC tendo sido indicados pelo seu antecessor. O COPOM e a taxa oficial de juros estavam sob custódia da banca privada.Haddad e a trilha do bom mocismo - Frente a esse quadro, a opção de Fernando Haddad foi bastante clara e orientada por um certo pragmatismo, que o afasta de forma explícita e declarada de qualquer trilha desenvolvimentista. Aquele professor que já havia trocado as aulas que ministrava na Faculdade de Filosofia da USP pelas salas do INSPER optou por atender plenamente aos interesses da chamada Faria Lima. Na verdade, ele terminou por repetir o cenário traçado por seu antecessor, Antonio Palocci, quando este havia sido nomeado por Lula para o mesmo cargo em 2003. Trata-se da conhecida, e nada inédita, estratégia de incorporar o espírito do bom mocismo e introduzir na agenda do Ministério da Fazenda a pauta prioritária sugerida pelos representantes do financismo.Houve uma sequência de atos e decisões que permitem comprovar tal trajetória. Antes mesmo da posse do novo governo, ainda durante a transição, Haddad convenceu Lula da necessidade de introduzir na PEC da Transição um dispositivo que relativizasse a revogação pura e simples do teto de gastos, imposto pela famigerada EC 95/2016. Com isso, o futuro governo obrigou-se a enviar ao Congresso Nacional uma lei complementar criando um novo regime fiscal. Na prática isso significava que, além de ter a política monetária já sequestrada pelo financismo privado, o novo “detalhe” poderia retirar também da política econômica a pujança necessária a ser oferecida pela política fiscal.Na sequência, o novo governo viu-se diante da necessidade de oferecer a Lula os instrumentos para cumprir outra importante promessa de campanha, qual seja, retomar a política de reajuste real do salário mínimo. Mais uma vez, Haddad assumiu o lado da ortodoxia fiscalista e pressionou para que o novo valor fosse apenas R$ 1.302, sem nenhum ganho real. Na disputa interna no núcleo duro do Planalto, ainda no mês de janeiro, acabou prevalecendo a tese de levar a remuneração a R$ 1.320. Naquele momento, pelo menos, o argumento de um suposto ”forte impacto fiscal” da mudança apresentado pela Fazenda não foi aceito pelo Presidente da República. Afinal, os ganhos macroeconômicos de tal reajuste sobre a remuneração de dezenas de milhões de brasileiros mais do que compensariam os custos de R$ 7 bilhões aos cofres públicos.Arcabouço fiscal e reforma tributária: pauta do financismo - Ainda no domínio da política monetária, o governo poderia desde o início ter promovido uma alteração na meta de inflação, por meio de decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). Ali têm assento a Ministra Tebet do Planejamento e Haddad, além de Campos Neto. Se houvesse disposição do titular da Fazenda, a decisão de trazer a meta para níveis mais realistas teria servido como um argumento a mais para que o COPOM tivesse reduzido a SELIC desde o começo do ano. Mas nem isso Haddad se dispôs a tentar. Além disso, já estamos entrando no sétimo mês deste terceiro mandato e o responsável pela Fazenda não tomou nenhuma iniciativa para orientar os bancos federais a baixarem seus juros na ponta para as empresas e as famílias. Qual o sentido de termos bancos públicos, se Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia ou Banco do Nordeste praticam os mesmos spreads que seus congêneres do oligopólio privado?O próximo capítulo envolveu a elaboração do chamado “novo arcabouço fiscal”. Em primeiro lugar, Haddad convenceu Lula de uma certa urgência na matéria, apesar de que a Emenda Constitucional aprovada na transição oferecia o prazo até agosto para que o Executivo enviasse o texto ao Parlamento. Além da pressa, o Ministro da Fazenda estabeleceu interlocução exclusivamente com o Roberto Campos Neto (Presidente do BC) e com a nata do financismo privado. O governo terminou por não receber representantes dos sindicatos, de entidades profissionais ou pesquisadores de universidade e instituições independentes. Para elaboração do novo modelo, a regra foi manter a essência de compressão dos gastos sociais e das empresas estatais, mantendo a lógica perversa da busca de superávit primário.Ora, diante de tal submissão a seus interesses, os porta-vozes do sistema financeiro passaram a tecer loas ao novo modelo, mas mantendo um firme e duro controle de eventuais alterações que apontassem para o caminho progressista ao longo da discussão no legislativo. Durante a tramitação do PLP 93 no interior da Câmara dos Deputados, a postura inflexível patrocinada por Haddad impediu que fossem apresentadas pela base do governo emendas que aliviassem a rigidez fiscal presente na proposta. Nem mesmo o discurso de Lula considerando as rubricas orçamentárias com saúde e educação como sendo “investimento” foi atendido. O tempo encarregou-se de demonstrar que o argumento da pressa em aprovar o texto na Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar era apenas conversa para boi dormir. A matéria segue a passos mais lentos no Senado Federal e já existe a possibilidade de que algumas emendas sejam introduzidas para nova apreciação na Casa em teve início a tramitação. Na verdade, todos os sinais indicam que se tratava de um desejo pessoal de Haddad se fortalecer como um interlocutor mais bem aceito junto ao conservadorismo de todas as matizes. Rumo à Faria Lima: o caminho da aceitação - A etapa mais recente envolveu a assim chamada Reforma Tributária. Também nesse quesito, o Ministro da Fazenda assumiu a linha de frente pela aprovação da PEC 45. Trata-se uma proposta que estava parada há tempos no interior do legislativo, junto com outras proposições semelhantes. O grande receio das classes dominantes sempre foi que os governos do PT cumprissem com suas propostas de promover uma mudança mais efetiva em nosso sistema de tributação. Tratava-se de introduzir elementos que reduzissem o grau de regressividade e injustiça do modelo vigente, apontando para tributação de fato sobre rendas elevadas e sobre patrimônio. E o interessante é que boa parte de tais mudanças não necessitam nem mesmo de mudança constitucional. Bastariam, por exemplo, uma medida provisória eliminando a injustificável isenção de lucros e dividendos, uma portaria do Ministério da Fazendo tributando a exportação de minério de ferro, petróleo e soja, além um projeto de lei complementar disciplinando o Imposto sobre Grandes Fortunas.Mas o foco de Haddad concentrou-se exclusivamente no processo de simplificação da cobrança dos impostos sobre consumo. É claro que se trata de uma medida importante e necessária, mas que não muda uma vírgula sequer na desigualdade estrutural de nosso sistema de impostos. Ela é bem-vinda por eliminar a guerra fiscal e modernizar o sistema de arrecadação, conferindo maior racionalidade ao conjunto. Mas a estratégia de tramitação deveria condicionar a votação da PEC à aprovação prévia das medidas acima mencionadas. Neste quesito também a desculpa da pressa não se sustenta. Qualquer mudança no sistema de tributação deve respeitar o chamado princípio da anualidade. Assim, as alterações só serão efetivas a partir do ano que vem, pouco importando o momento da aprovação. Além disso, a complexidade do modelo implícito envolve prazos de transição entre 10 e 40 anos para que as mudanças sejam integralmente incorporadas no sistema de preços relativos da nossa economia.De qualquer forma, a votação na Câmara dos Deputados, no afogadilho dos últimos dias antes do recesso, também revela que o esforço político e orçamentário extraordinário talvez tenha sido desnecessário. Mas a disputa da narrativa sobre a matéria operou para retirar as últimas resistências ao nome de Haddad que ainda existiam junto à nata do finacismo. Uma pesquisa realizada junto a 80 dirigentes do setor apontou uma importante elevação na satisfação do desempenho do ministro, ao mesmo tempo em que os mesmos entrevistados mantêm uma enorme suspeição em relação a Lula. Entre março e julho deste ano, a desconfiança desse pessoal sobre Haddad caiu de 66% para 40%. Durante o mesmo período, as suspeitas em relação a Lula chegaram mesmo até a subir um pouco de 94% para 95%.Finalmente, talvez até por seu caráter anedótico, vale mencionar também a recente mudança de postura divulgada pelo empresário dono da rede Habib’s. Conhecido até o ano passado pelo seu envolvimento profundo com as causas bolsonaristas, Alberto Saraiva agora demonstra um “arrependimento” por ter apoiado o genocida no passado e declara que está muito satisfeito com a gestão do Ministro da Fazenda – segundo ele, “Haddad é 10”.Assim, cabe às forças progressistas se questionarem a respeito de quais seriam as razões de tal encantamento súbito e surpreendente das classes dominantes com Haddad. É fundamental não cair na ilusão de que agora tudo se resolve com a aceitação do Ministro nos salões luxuosos dos bilionários. Muito provavelmente essa inusitada lua de mel só está ocorrendo pelo fato de as pautas progressistas e desenvolvimentistas terem sido esquecidas em alguma gaveta da Esplanada. Que fique bem claro: a partir do momento em que os representantes do governo retomarem as medidas para que Lula consiga realizar 40 anos em 4, flexibilize as amarras da austeridade fiscal e reveja as aberrações da deforma trabalhista de Temer e Bolsonaro, aí então veremos de fato como andam os verdadeiros e sinceros sentimentos dessa turma dos endinheirados para com Fernando Haddad. News Brasil 247 2023-07-18T12:12:31-03:00 b247-446439 Em depoimento, casal admite empurrão no filho de Alexandre de Moraes, mas nega agressão https://www.brasil247.com/brasil/em-depoimento-casal-admite-empurrao-no-filho-de-alexandre-de-moraes-mas-nega-agressao img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230716180724_5279a133-1c40-4a36-9e76-a281ed0f080b.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Segundo relato do casal, o filho do ministro teria começado a briga e Roberto Mantovani teria agido para defender a esposa br clear="all" 247 - O casal Roberto Mantovani Filho e Andrea Mantovani prestaram depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (18) e negaram ter agredido o filho do ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Alexandre de Moraes, no Aeroporto de Roma, na Itália, no domingo (16).Segundo a defesa, Roberto contou ter dado um "empurrão" no filho do ministro para defender a esposa. Ele relata que Andreia e Roberto foram vítimas de ofensas por parte do filho de Moraes. Imagens confirmam primeira parte da versão de Moraes sobre caso de agressão em aeroportoDe acordo com o que apurou o g1 com base nos relatos do casal, a discussão teria começado após uma confusão por falta de vagas em uma sala VIP no aeroporto. Em seguida, Roberto e Andrea viram Moraes na recepção da sala e outras pessoas o ofendendo. Andreia teria dito que "para político tem lugar, mas para pessoas com duas crianças de colo não tem";A defesa alega que Andrea, equivocadamente, achou que o ministro tivesse privilégios por entrar na sala, mas depois soube que era necessário uma reserva prévia.O advogado do casal afirma que o filho do ministro também estava na recepção. Neste momento teria se iniciado o conflito. De acordo com a defesa, o filho de Moraes ofendeu Andrea. Roberto teria o afastado com o braço e "pode ter esbarrado" no óculos do rapaz, afirma o casal. O filho de Moraes teria perguntado se Roberto "queria briga", e ele teria respondido que apenas queria defender a esposa. News Brasil 247 2023-07-18T12:10:09-03:00 b247-446438 Justiça de SP determina falência da Itapemirim Transportes Aéreos https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/justica-de-sp-determina-falencia-da-itapemirim-transportes-aereos img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20211228171248_160116f242d62bc45adcaa128ab7ade46d7c2944f7e5a281fee6c7d794f0fbfd.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / A empresa aérea enfrentava uma série de problemas: atrasos de salários e de benefícios de funcionários, dívidas com fornecedores e voos cancelados em plena semana de Natal br clear="all" 247 - O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a insolvência da Itapemirim Transportes Aéreos, empresa aérea pertencente ao Grupo Itapemirim, que está sem atividades desde a véspera de Natal de 2021. Em processo de reestruturação judicial desde 2016, o conglomerado acumulou dívidas no valor de R$ 253 milhões, e a falência foi oficialmente determinada em setembro do ano passado. As informações são do portal G1.No dia 11 de julho passado, o juiz João de Oliveira Rodrigues Filho emitiu uma decisão que decretou a falência do setor aéreo do grupo e nomeou um administrador judicial para avaliar e lacrar os ativos da empresa.O magistrado designou a EXM Partners Assessoria Empresarial para assumir a administração, conferindo-lhe um prazo de 180 dias para inventariar e avaliar todos os bens da empresa. Durante esse período, o administrador da massa falida deverá colocar todos os ativos da companhia aérea à venda. News Brasil 247 2023-07-18T12:09:49-03:00 b247-446437 Lista dos melhores jogos de dinheiro real que pagam mais https://www.brasil247.com/parceiros/lista-dos-melhores-jogos-de-dinheiro-real-que-pagam-mais img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023071812074_4157dc9eea3baff9e4ceb544365322f44655525e169c31e512a0044365c0ed4b.png" width="610" height="380" hspace="5" / br clear="all" Os cassinos online oferecem uma ampla seleção de jogos, desde clássicos tradicionais como roleta e blackjack até adições inovadoras como Crash Games e Game Shows. Esses jogos são cuidadosamente categorizados, garantindo fácil navegação e acessibilidade para os jogadores.Se você deseja ganhar dinheiro em cassinos online, é importante saber quais jogos oferecem os melhores pagamentos. Neste artigo, exploraremos os jogos mais populares e forneceremos informações sobre como encontrar os jogos que pagam mais.DivulgaçãoJogos mais populares que pagam maisQuando se trata de jogos de cassino populares no Brasil, existem várias opções que se destacam em termos de pagamentos. Entre eles estão:Roleta: Com uma porcentagem de pagamento de 98,65%, a Lightning Roulette é a melhor escolha para jogadores que buscam uma experiência gratificante.Blackjack: Conhecido por sua jogabilidade estratégica, o blackjack possui uma porcentagem de pagamento de 99,5%. Lightning Blackjack é uma variante popular que oferece excelentes oportunidades de pagamento.Game Shows: Crazy Time é o favorito do público, com uma porcentagem de pagamento de 98%. Ele combina elementos de entretenimento e jogos de azar para proporcionar uma experiência envolvente.Slots: os slots têm porcentagens de pagamento variáveis, normalmente variando de 94% a 99%.Baccarat: Mega Baccarat é uma escolha popular com uma porcentagem de pagamento de 98,5%.Como descobrir quais jogos pagam maisDivulgaçãoSe você está procurando por cassinos online que realmente pagam, examinar as porcentagens de pagamento é um excelente ponto de partida. Mas onde você pode encontrar essas informações? Felizmente, geralmente está disponível em cassinos online.Você pode encontrar a porcentagem de pagamento nas regras ou na página de informações do próprio jogo ou no cassino online ou no site do desenvolvedor do jogo. Se você estiver tendo problemas para localizar a porcentagem de pagamento para slots, uma rápida pesquisa no Google pelo nome do jogo junto com "porcentagem de pagamento" ou "retorno ao jogador" pode fornecer as informações desejadas. Caso você ainda não consiga encontrá-lo, entrar em contato com o suporte ao cliente do cassino por meio de bate-papo ao vivo ou outras ferramentas disponíveis pode ser útil.Em comparação com os cassinos tradicionais, os cassinos online geralmente oferecem melhores porcentagens de pagamento devido aos custos gerais mais baixos e à capacidade de um número ilimitado de jogadores participarem simultaneamente. Não é incomum encontrar slots com porcentagens de pagamento na casa dos 90, o que é mais difícil de encontrar em cassinos físicos.O que é RTP e House Edge?Ao procurar o melhor cassino para pagamentos, é essencial entender o Retorno ao Jogador (RTP) e a vantagem da casa. A porcentagem RTP indica quanto um jogo de cassino paga em média. Por exemplo, se um slot tiver um RTP de 97%, ele retornará, em média, 97p (£ 0,97) para cada £ 1 gasto no jogo. É importante observar que essa média é calculada em centenas de milhares de rodadas e não garante resultados específicos para cada aposta individual.A vantagem da casa, também chamada de vantagem estatística do cassino, está incluída nas regras do jogo. Representa a porcentagem média de uma aposta que o cassino mantém. Por exemplo, um jogo com uma porcentagem de pagamento de 95% tem uma vantagem da casa de 5%.Maximizando seus ganhos em cassinos onlineQuando se trata de jogos a dinheiro real em cassinos online, entender as porcentagens de pagamento e escolher jogos com RTPs altos pode aumentar suas chances de ganhar. É essencial selecionar casinos online respeitáveis que ofereçam uma vasta gama de jogos com taxas de pagamento favoráveis. Além disso, aproveitar os bônus do cassino e explorar novos jogos pode aprimorar sua experiência geral de jogo.No entanto, é crucial abordar o jogo de forma responsável e vê-lo como uma forma de entretenimento. Defina limites para depósitos, apostas e tempo gasto em cassinos e utilize os recursos disponíveis para jogo responsável, se necessário. Seguindo estas dicas e tomando decisões informadas, você pode aproveitar a emoção dos jogos de cassino online enquanto maximiza seus pagamentos em potencial. News Brasil 247 2023-07-18T12:07:32-03:00 b247-446436 Trump revela ser alvo de investigação sobre invasão ao Capitólio e tentativa de desfazer resultados eleitorais https://www.brasil247.com/mundo/trump-revela-ser-alvo-de-investigacao-sobre-invasao-ao-capitolio-e-tentativa-de-desfazer-resultados-eleitorais img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2023061105060_f6868e46-006f-469d-b219-9ac5ec116880.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Carta representa um prenúncio de uma acusação formal. Promotoria não quis comentar o caso br clear="all" 247 - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump divulgou nesta terça-feira (18) que recebeu uma carta notificando que é alvo de uma investigação conduzida pelo Departamento de Justiça. O inquérito investiga os esforços para desfazer os resultados das eleições presidenciais de 2020 e a invasão ao Capitólio ocorrida em 6 de janeiro.Embora essa carta possa ser um prenúncio de uma acusação formal, o escritório do procurador especial encarregado do caso se recusou a fazer comentários sobre o assunto, destaca o G1. Trump, no entanto, não apresentou evidências para sustentar sua declaração.O ex-presidente fez a revelação por meio de uma publicação em sua plataforma Truth Social, afirmando ter recebido a carta de notificação no domingo (16) à noite. Um porta-voz do procurador especial Jack Smith, cujo escritório lidera a investigação, optou por não comentar a declaração de Trump.Os promotores estão conduzindo uma investigação abrangente sobre as tentativas de Trump e seus aliados de obstruir a transferência de poder para o democrata Joe Biden em 6 de janeiro de 2021.No post, Trump escreveu que "já foi efetivamente indiciado três vezes... com uma quarta provavelmente vindo de Atlanta" e enfatizou em letras maiúsculas: "Esta caça às bruxas é toda sobre interferência eleitoral e uma politização completa e total da aplicação da lei!".A revelação de Trump lança luz sobre o aprofundamento das investigações em torno das ações empreendidas por ele e seus aliados após as eleições de 2020. O caso representa mais um capítulo na contínua controvérsia em torno da invasão ao Capitólio e das acusações de tentativa de subverter os resultados eleitorais, aumentando a tensão política nos Estados Unidos. News Brasil 247 2023-07-18T11:51:58-03:00 b247-446435 Felipe Neto detona 'famosos caladinhos' com Prior após condenação por estupro https://www.brasil247.com/tanostrends/felipe-neto-detona-famosos-caladinhos-com-prior-apos-condenacao-por-estupro img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718110724_0f0f9270aa6e2f13733f9390a79da8d19b18c02f9c3f9fd40738b87f037d3872.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Prior foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de estupro que teria cometido em agosto de 2014 br clear="all" 247 - Felipe Neto expressou uma sequência de observações em sua conta no Twitter a respeito da denúncia de estupro que envolve Felipe Prior. O influenciador criticou os famosos que, de acordo com ele, manifestaram apoio ao arquiteto e ex-participante do BBB de forma pública, apesar da ampla repercussão que o caso teve na última semana."Desconfie de qualquer pessoa que, ao ouvir uma história sobre um estupro, imediatamente comece a dizer “ah mas…”. Agora, definitivamente, corte da sua vida para sempre qualquer pessoa que, mesmo depois do estupro PROVADO, fica do lado do estuprador. Nojo", escreveu Neto, nesta segunda-feira (17), no primeiro tuíte em que falou sobre o caso.Prior foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de estupro que teria cometido em agosto de 2014. A sentença foi proferida na última segunda-feira pela Justiça de São Paulo. O arquiteto responde a mais um processo pelo mesmo crime e é alvo de outras duas investigações.O estuprador perdeu apenas 120 mil seguidores de 6 milhões.Se ele tivesse postado uma foto ao lado de um pai de santo, teria perdido mais q isso. Felipe Neto ???? (@felipeneto) July 18, 2023 News Brasil 247 2023-07-18T11:27:32-03:00 b247-446434 Parlamento britânico aprova polêmica lei contra imigração ilegal, desrespeitando o direito internacional de asilo https://www.brasil247.com/mundo/parlamento-britanico-aprova-polemica-lei-contra-imigracao-ilegal-desafiando-o-direito-internacional-de-asilo img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2019103000104_8accda57-40d9-4341-8a1a-25c1aa860c8c.jpeg" width="610" height="380" hspace="5" / Medida restritiva gera críticas da ONU e levanta preocupações sobre proteção aos refugiados br clear="all" 247 - Em uma decisão controversa, o Parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (18) uma lei contra a imigração ilegal, impondo restrições drásticas ao direito de asilo. A medida tem sido alvo de críticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que a considera contrária ao direito internacional dos refugiados, diz a AFP.O projeto de lei é uma iniciativa crucial para o primeiro-ministro Rishi Sunak, do partido conservador, que estabeleceu como prioridade o combate à imigração irregular e prometeu interromper as chegadas de migrantes pelo Canal da Mancha. De acordo com a nova lei, os migrantes que entrarem de forma ilegal no território britânico não poderão mais solicitar asilo no país.Além de restringir o direito de asilo, o governo britânico busca detê-los rapidamente e expulsá-los para seus países de origem ou para outros Estados, como Ruanda, independentemente de sua procedência. No entanto, a proposta enfrentou bloqueios no Parlamento por semanas, após a Câmara dos Lordes apresentar diversos pedidos de emendas, com o intuito de limitar as detenções de menores de idade e evitar formas de escravidão moderna.O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, e o Alto Comissário para os Refugiados, Filippo Grandi, emitiram um comunicado conjunto denunciando as "profundas consequências para as pessoas que precisam de proteção internacional" resultantes desse texto. A ONU ressalta que os migrantes não terão garantias de proteção nos países para os quais serão expulsos, destacando a gravidade da situação.O texto aprovado agora aguarda a ratificação do rei Charles III, uma mera formalidade. News Brasil 247 2023-07-18T11:27:09-03:00 b247-446433 Operação da PF prende 16 de quadrilha responsável por trocar malas de brasileiras detidas por tráfico na Europa https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/operacao-da-pf-prende-16-de-quadrilha-responsavel-por-trocar-malas-de-brasileiras-detidas-por-trafico-na-europa img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718070752_fbd7fe1a-2628-4a03-a216-5eaf58a97949.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / O grupo criminoso foi responsável por induzir duas jovens, Jeanne Paolline e Kátyna Baía, a carregarem involuntariamente cocaína em suas bagagens, levando-as à prisão na Alemanha br clear="all" 247 - A Polícia Federal deflagrou uma operação com o objetivo de combater uma quadrilha que atuava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, realizando a troca de malas de passageiros prestes a embarcar para destinos internacionais. O grupo criminoso foi responsável por induzir duas jovens, Jeanne Paolline e Kátyna Baía, a carregarem involuntariamente cocaína em suas bagagens, levando-as à prisão na Alemanha.As duas goianas planejaram uma viagem de 20 dias pela Europa, com passagens por países como Alemanha, Bélgica e República Tcheca, para celebrar uma nova etapa em suas carreiras profissionais. No entanto, tudo mudou quando, ao aguardarem o voo que as levaria para Frankfurt, na Alemanha, tiveram suas malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos. Ao chegarem a Frankfurt, foram detidas pela polícia local após a apreensão de duas malas, etiquetadas com seus nomes, contendo 20kg de cocaína cada uma.A Polícia Federal, após investigação minuciosa, descobriu que as malas com as drogas foram despachadas em Goiânia, mas tiveram suas etiquetas trocadas durante o trajeto, no Aeroporto Internacional de São Paulo. Funcionários terceirizados, responsáveis pelo manuseio das bagagens, foram identificados como os autores da ação criminosa.No total, a operação visava cumprir 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo. Até o momento da última atualização, 16 suspeitos haviam sido presos, e duas pessoas com mandados de prisão temporária permaneciam foragidas, informa o g1.A investigação também revelou que esta não foi a única vez em que a quadrilha utilizou esse método para o tráfico internacional de drogas. Outras duas oportunidades foram identificadas, envolvendo o envio de cocaína para Portugal em outubro de 2022 e para a França em março do ano corrente.Jeanne e Kátyna, que inicialmente foram tratadas como traficantes, tiveram sua inocência comprovada. News Brasil 247 2023-07-18T11:21:18-03:00 b247-446432 Demanda fraca, carga tributária e juros altos: os principais problemas da indústria no 2º trimestre https://www.brasil247.com/reindustrializacao/demanda-fraca-carga-tributaria-e-juros-altos-os-principais-problemas-da-industria-no-2-trimestre img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230703190748_5f528df25e757235679af4ec948c13ce7fed4eb374e829e0eadc5ac5a87561b1.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Sondagem Industrial da CNI mostra piora no desempenho da indústria em junho de 2023. Mas todos os índices de expectativas subiram em julho br clear="all" Da Agência CNI - Os empresários industriais consideraram que a demanda interna insuficiente, a elevada carga tributária e as taxas de juros elevadas foram os principais problemas enfrentados no 2º trimestre deste ano. De acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a demanda interna insuficiente e as taxas de juros elevadas receberam mais assinalações do que no 1º trimestre. Foram ouvidos 1.599 empresários entre 1º e 11 de julho.De acordo com a economista Paula Verlangeiro, esses problemas explicam o fato de a indústria ter tido um desempenho pior em junho de 2023, na comparação com o mês anterior. Em junho, o emprego industrial caiu pelo nono mês consecutivo e a produção recuou 5,3 pontos. Ao sair de 51,6 pontos em maio para 46,3 pontos em junho, a produção cruzou a linha, que separa a queda da alta na produção. O índice varia de 0 a 100 pontos, com uma linha de corte em 50 pontos. Valores abaixo deste ponto representam queda.“A queda do emprego foi mais branda e menos disseminada para o mês do que nos anos anteriores. No caso da produção, foi diferente. O recuo foi mais intenso do que o esperado para o mês de junho. A queda desses indicadores vem em linha com a perda do ritmo de crescimento devido à política monetária”, explica Paula Verlangeiro.Além disso, o percentual de empresários que reclamam da falta ou do alto custo da mão-de-obra qualificada e da competição desleal aumentou. No primeiro caso passou de 13,9% para 15,6% e no segundo de 14,8% para 15,5% entre o 1º e o 2º trimestre deste ano.Preço das matérias-primas em queda - O indicador de evolução do preço de matérias-primas sofreu uma queda expressiva de 6,4 pontos, passando para 49,5 pontos. Essa é a primeira vez que esse indicador ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos na série histórica, o que indica preços de matérias-primas em queda.Esse resultado ocorre após sucessivos recuos do indicador, que vinham ocorrendo gradualmente desde o primeiro trimestre de 2022. O índice mostra, portanto, que a questão das matérias-primas deixou de ser crítica.Utilização da capacidade instalada ficou estável em junho - A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou estável na passagem de maio para junho, mantendo-se em 69%. Avaliando a UCI nos últimos anos para o mês de junho, em 2021, o percentual foi de 71% e, em 2022, foi de 70%. É o menor percentual para o mês nos últimos três anos.Estoques encontram-se acima do planejado em junho - O índice de evolução do nível de estoques manteve-se em 51,3 pontos na passagem de maio para junho. O resultado acima da linha divisória de 50 pontos indica crescimento dos estoques frente ao mês anterior. Desde fevereiro, o índice encontra-se acima dos 50 pontos, mostrando acúmulo de estoques.O índice do nível de estoque efetivo em relação ao planejado aumentou 1,3 ponto, registrando 52,6 pontos em junho. Com a alta, o índice se afastou da linha divisória de 50 pontos, o significa que o excesso de estoques se ampliou na passagem de maio para junhoExpectativas encontram-se elevadas em julho - Em julho de 2023, todos os índices de expectativas subiram e ficaram acima dos 50 pontos, o que sinaliza maior otimismo dos empresários para os próximos seis meses. O índice de expectativa de demanda registrou 55,6 pontos, o que representa aumento de 1 ponto frente a junho. O índice de expectativa de quantidade exportada apresentou aumento de 1,4 ponto, registrando 52,2 pontos.O índice de expectativa de compras de matérias-primas foi de 53,5 pontos, resultado 0,8 ponto maior do que o do mês anterior. Já o índice de expectativa de número de empregados foi de 51,1 pontos, 0,4 ponto acima do mapeado em junho.Estabilidade da intenção de investimento do empresário industrial - O índice de intenção de investimento apresentou estabilidade na passagem de junho para julho, com aumento de 0,1 ponto, para 54,1 pontos. O índice segue relativamente estável desde o fim de 2022, acima da média histórica de 51,5 pontos. News Brasil 247 2023-07-18T10:57:38-03:00 b247-446431 Experimento social viraliza nas redes ao expor o racismo estrutural capturado no dia a dia (vídeo) https://www.brasil247.com/tanostrends/experimento-social-viraliza-nas-redes-ao-expor-o-racismo-estrutural-capturado-no-dia-a-dia-video img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718100748_fabbefe4ab5b4a0dd7a6a97e2001a40cc3f4bae8cb9e6742b538aa635413b12b.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Diferença no tratamento é gritante e viralizou nas redes br clear="all" 247 - Um experimento social viralizou nas redes ao expor o racismo estrutural capturado no dia a dia. Nele, um homem negro deficiente visual surge tocando um estranho para se locomover, enquanto um branco, com a mesma deficiência, também faz o mesmo movimento.O homem branco recebe o acolhimento das pessoas estranhas, enquanto o negro é abordado com espanto e medo.Veja: News Brasil 247 2023-07-18T10:52:12-03:00 b247-446430 Implementação de carregadores para carros elétricos e híbridos em condomínios: um guia para síndicos https://www.brasil247.com/midia/implementacao-de-carregadores-para-carros-eletricos-e-hibridos-em-condominios-um-guia-para-sindicos img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718100748_b42a9ae026518c350a36be42a72dd6abcded0a797ef4137e294a677e3a2c815e.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Como os síndicos podem liderar a transformação para a mobilidade sustentável através da instalação de carregadores para veículos elétricos e híbridos em condomínios br clear="all" 247 - A popularidade dos veículos elétricos e híbridos tem crescido notavelmente em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Com essa mudança de paradigma, os condomínios residenciais e comerciais enfrentam o desafio de se adaptar à nova necessidade: a instalação de pontos de carregamento para esses veículos. Este artigo explora como os síndicos podem liderar essa transformação.Por que instalar carregadores de veículos elétricos?As razões são muitas. Primeiro, proporcionar um ponto de carregamento aumenta o valor e a atratividade do condomínio. Além disso, é uma maneira de incentivar práticas mais sustentáveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e contribuindo para a diminuição da poluição do ar.Aspectos TécnicosA instalação de estações de carregamento para veículos elétricos e híbridos exige planejamento e conhecimento técnico. É essencial ter uma compreensão clara da demanda de energia necessária, da infraestrutura elétrica existente, e dos custos associados.Demanda de energia: Um carregador residencial típico pode demandar entre 3.7kW a 7.4kW para um carregamento em 220 volts, porém essa demanda pode ser muito maior em carregadores rápidos ou super rápidos.Infraestrutura existente: É crucial avaliar a capacidade atual da infraestrutura elétrica do condomínio para determinar se ela pode suportar os novos pontos de carregamento sem comprometer outros sistemas elétricos.Custos: A instalação de estações de carregamento pode ser um investimento significativo. Além dos custos do próprio carregador, pode haver custos associados à atualização da infraestrutura elétrica, instalação física dos equipamentos e manutenção contínua.Implementação PráticaAnálise de necessidades: Conduza uma pesquisa entre os moradores para determinar a necessidade atual e futura de carregadores para veículos elétricos.Consultoria com especialistas: Contrate profissionais qualificados para avaliar a infraestrutura existente e fazer recomendações para a instalação.Orçamento e Financiamento: Avalie o custo total da instalação, incluindo equipamentos, instalação, manutenção e possíveis atualizações da infraestrutura. Considere diferentes opções de financiamento, como o uso de reservas do condomínio, contribuições dos proprietários ou financiamento externo.Instalação: Escolha um fornecedor confiável e com bom histórico para a instalação dos carregadores.Gestão do uso e pagamento: Implemente um sistema para gerenciar o uso dos carregadores e para que os custos sejam repartidos justamente entre os usuários. Pode ser útil contratar um serviço terceirizado para gerir esse processo.ConclusãoA implementação de carregadores para veículos elétricos e híbridos em condomínios é uma tendência que veio para ficar. Embora represente um desafio, é uma oportunidade para os síndicos demonstrarem liderança e visão de futuro. Com planejamento adequado, consultoria especializada e gestão eficaz, os condomínios podem se adaptar a essa nova realidade e tornar-se mais atraentes para os residentes atuais e futuros. News Brasil 247 2023-07-18T10:49:02-03:00 b247-446429 Governo quer ampliar parques para aumentar proteção ao ianomâmi, diz presidente do ICMBio https://www.brasil247.com/entrevistas/governo-quer-ampliar-parques-para-aumentar-protecao-a-yanomamis-diz-presidente-do-icmbio img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718100744_61690e574016718c2782d5bbde05a4eb0b5fa1304a9baf6876e3b82973555f2e.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Segundo Mauro Pires, plano é reclassificar e aumentar áreas de preservação no entorno do território indígen br clear="all" Por Anna Betriz Anjos, da Agência Pública - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima estudam a ampliação e reclassificação de unidades de conservação federais no entorno do território Yanomami, em Roraima. “A ideia é fazer uma proteção adicional à terra indígena”, explica Mauro Pires, presidente do ICMBio, em entrevista exclusiva à Agência Pública.De acordo com Pires, há a intenção de expandir em aproximadamente 50 mil hectares a Estação Ecológica de Maracá e em 70 mil hectares o Parque Nacional do Viruá, duas unidades de conservação de proteção integral localizadas a leste e sudeste da terra Yanomami, respectivamente.Além disso, a Reserva Florestal do Parima, criada em 1961, vai mudar de categoria para seguir as regras do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), de 2000. Seus remanescentes – já que parte dela está sobreposta ao território Yanomami, homologada em 1992 – devem virar a Floresta Nacional (Flona) do Parima, contígua à área indígena, de um lado, e à Estação Ecológica de Maracá, do outro. A Flona terá cerca de 100 mil hectares, extensão correspondente à área de Belém do Pará.Se isso de fato acontecer, será criada uma nova faixa de proteção de ao menos 120 mil hectares, o equivalente ao tamanho da cidade do Rio de Janeiro, à Terra Indígena Yanomami, a maior do país, que vive uma crise humanitária e ambiental causada pela invasão de cerca de 20 mil garimpeiros ilegais, segundo entidades indígenas. O desmatamento decorrente do garimpo explodiu em 309% no território desde 2018, conforme levantamento da Hutukara Associação Yanomami (HAY). “A nossa avaliação é de que, se o governo tivesse criado essas unidades de conservação lá atrás, muito provavelmente a gravidade da situação não teria chegado ao ponto que chegou”, diz Pires.Formado em Ciências Sociais com mestrado em Sociologia e servidor de carreira especialista em meio ambiente do ICMBio desde 2009, Pires assumiu a presidência do órgão no fim de maio, depois de o cargo ter sido ocupado seguidamente por três coronéis da Polícia Militar durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).Seu nome foi escolhido por meio de um comitê que analisou 18 candidaturas e formou, ao fim, uma lista tríplice. A autarquia que ele comanda é responsável pela gestão e fiscalização de 334 unidades de conservação federais (terrestres e marinhas) em todo o país, cuja administração adequada é fundamental, segundo especialistas, para o combate ao desmatamento e às mudanças do clima.À Pública, Pires falou também sobre alguns dos desafios do ICMBio nos próximos anos. Um exemplo é a criação de pelo menos 3 milhões de hectares em unidades de conservação federais na Amazônia até 2027, conforme previsto pelo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), cuja quinta fase foi lançada pelo governo federal no começo de junho. A medida é considerada essencial por especialistas para que o Brasil cumpra a meta de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.Entre os outros objetivos que o PPCDAm estabelece para as unidades de conservação, está a criação de planos de manejo – o documento guia para a gestão das áreas protegidas – para 100% das unidades de conservação em áreas prioritárias até 2027. O plano também determina a regularização fundiária de 40% das áreas de unidades federais no mesmo prazo.Para enfrentar o desmatamento em unidades de conservação federais, que cresceu 119% de 2018 a 2022 apenas na Amazônia Legal, Pires destaca a retomada do Bolsa Verde, programa do governo federal de transferência de renda a famílias que vivem no interior de áreas protegidas.Criado em 2011 e interrompido em 2017, o Bolsa Verde voltará a pagar trimestralmente quantias a essas comunidades. “O que a gente precisa é fortalecer e executar a política pública, trazer a educação, a saúde, a igualdade racial. É levando política pública que pessoas vão ser parceiras da conservação, porque elas veem o valor daquela área, têm ligação com a terra e com a floresta”, afirma.Confira a seguir a entrevista.O novo PPCDAm coloca como meta a criação de 3 milhões de hectares de unidades de conservação na Amazônia até 2027, com foco em áreas críticas de desmatamento. Já há um planejamento de como isso será feito, quais estados e modalidades de unidades serão privilegiados? - A criação da unidade de conservação começa com uma análise de vários aspectos. Evidentemente, o aspecto da biodiversidade é um dos mais importantes, a gente olha para o endemismo [presença de espécies que ocorrem apenas em um determinado local], analisa se já existe uma representação daquela paisagem no Sistema Nacional de Unidades de Conservação [SNUC]. Depois vem a fase do estudo, quando se chega a uma proposta de desenho da unidade. Posteriormente, vamos analisar se aquela área é pública ou privada, se está sobreposta a terra indígena, assentamento, território quilombola ou se ali tem mineração, se é área na fronteira.Quando fizemos a estimativa de 3 milhões de hectares, foi olhando para o total de terra pública disponível na Amazônia que ainda não foi destinado. Evidentemente, vamos priorizar essas áreas, que estão, na maioria das vezes, sob ocupação irregular [28% do desmatamento na Amazônia Legal no último ano ocorreu em áreas não destinadas estaduais e federais]. Como o nosso objetivo é reduzir o desmatamento, é fundamental, no caso da Amazônia, dar destinação a essas áreas. Uma das finalidades dessa destinação é a unidade de conservação. Se for uma área que tem uma população tradicional, de extrativistas, seringueiros ou castanheiros, por exemplo, muito provavelmente será uma destinação de uso sustentável.Para criar uma unidade de conservação ali, tem que ser algo associado ao modo de vida deles – a gente não cria de cima para baixo. Se for uma área sob intensa especulação de grilagem e com atributos ambientais estratégicos para o Brasil, aí a gente vai trabalhá-la, porque sem uma intervenção de imediato muito provavelmente, daqui a alguns anos, ela vai estar toda degradada, e então se perderia o sentido de criação da unidade de conservação.Por isso essa urgência, essa meta de 3 milhões de hectares, considerando que a gente tem 57 milhões de hectares de terras públicas ainda não destinadas. É, digamos, um referencial. Podemos ultrapassar esse valor, inclusive. Na primeira e na segunda rodadas do PPCDAm [entre 2004 e 2011], fizemos uma estimativa bem menor, e na prática criamos ao todo 25 milhões de hectares em todo o Brasil. É apenas uma estimativa, considerando a disponibilidade de terra e alguns estudos preliminares.Quais estudos? - É importantíssimo para nós o mapa das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, que a cada cinco anos é atualizado. Nele, estão estabelecidas as áreas com potencial para unidade de conservação, por exemplo. Olhando para esse mapa e para a questão fundiária na Amazônia, os 3 milhões de hectares são uma estimativa bem razoável.Na Amazônia, há alguma previsão de quando devem ser criadas as primeiras unidades de conservação? - Estamos discutindo a criação de unidades de conservação que estão em estágio bem avançado de finalização em Roraima e no Pará. Quando a ministra Marina Silva assumiu, foi feito um levantamento e se constatou que esses processos estavam parados. A gente não teve criação de nenhum hectare de unidade de conservação nos últimos anos, ao contrário, tivemos redução. A decisão da ministra foi olhar para os processos e analisar se estavam consistentes para que pudéssemos dar sequência. Encontramos processos associados a Roraima, coincidentemente muito próximos da Terra Indígena Yanomami. A nossa avaliação é de que, se o governo tivesse criado essas unidades de conservação lá atrás, muito provavelmente a gravidade da situação não teria chegado ao ponto que chegou.Quais são esses processos? - Em Roraima, temos unidades de conservação criadas nos anos 1960 como reservas florestais. Mas no SNUC, de 2000, que estabelece as categorias de unidades de conservação, não existe mais essa categoria chamada reserva florestal. Então estamos olhando para essas reservas florestais antigas do estado e reclassificando dentro da taxonomia dada pelo SNUC. Obviamente, não se trata apenas de uma reclassificação, estamos analisando também os aspectos ambientais da região. A ideia é que parte vire Floresta Nacional. Outra parte a gente percebe que faz todo sentido ser constituída como Estação Ecológica [categoria de proteção mais restritiva, que não prevê turismo, como é o caso das Flonas, por exemplo].Quais são as unidades de conservação próximas à Terra Indígena Yanomami que vocês estão analisando? São contíguas ao território? - Sim, contíguas. A ideia é fazer uma proteção adicional à terra indígena. Na região, já temos a Estação Ecológica de Maracá e estamos analisando a expansão dessa unidade. Temos a Reserva Florestal do Parima, que estamos recategorizando [ela deve virar a Floresta Nacional do Parima, localizada nos limites da terra indígena]. Temos ainda o Parque Nacional do Viruá [que deve ser ampliado].A falta de planos de manejo ainda é um gargalo para a gestão e proteção das unidades de conservação? - O plano de manejo é o instrumento mais importante de gestão da unidade. Por meio dele, se faz o zoneamento da área: define-se, por exemplo, as áreas passíveis de uso público, ou as áreas com aspectos ambientais que demandam a redução da presença [humana], inclusive de turistas. O ICMBio avançou muito na criação dos planos de manejo, hoje temos expertise. Antigamente, demorava-se a fazê-los, entre outras razões, porque eram vistos como documentos absolutos, que precisavam de um elevadíssimo grau de detalhamento, e uma vez prontos, eram inalteráveis. Hoje os planos de manejo são muito mais operacionais, e o nosso desafio é tê-los em todas as unidades.Outro entrave é a dificuldade de regularização fundiária – o processo de repassar para a União, no caso das unidades federais, toda a área existente em seu interior, o que pode implicar na desapropriação de propriedades privadas. De que forma sua gestão pretende enfrentar esse problema? - A maior complexidade da regularização fundiária ocorre quando se trata de propriedade particular [existente na área onde a unidade de conservação foi criada]. Para fazer a desapropriação, você precisa ter certeza de que aquela área realmente tem título, tem uma cadeia dominial que a sustente. Muitas vezes, na análise, descobrem-se furos na cadeia dominial. Essa avaliação é algo que demanda tempo – essa é a primeira coisa. A segunda é que tem muita judicialização, seja pelo valor ou por outros aspectos que o proprietário não considera adequados.O nosso desafio aqui é acelerar esse processo. Embora as unidades de conservação envolvam propriedades privadas, também envolvem terras públicas, que representam, em tese, um processo mais simples. Se acelerarmos o repasse de terras públicas para a gestão do ICMBio, ampliamos vertiginosamente a proporção de terra regularizada dentro da unidade de conservação. Isso é mais importante nas unidades que eventualmente podem ser usadas por terceiros [unidades menos restritivas que permitem algum tipo de uso econômico]. Por exemplo, para que o Serviço Florestal Brasileiro faça a concessão [de extração de madeira] dentro de uma floresta nacional gerida pelo ICMBio, é preciso ter certeza de que aquela área é do poder público.E para avançar em relação às terras privadas, o que é necessário? - Vamos nos valer dos recursos da compensação ambiental. Quando alguém quer construir um empreendimento, o processo de licenciamento ambiental estabelece medidas de compensação pelo impacto ambiental desse empreendimento. Um dos mecanismos [previstos é que o recurso seja revertido para] a ajuda na gestão de uma unidade de conservação próxima. O agente privado pode adquirir terras dentro da unidade e doar para o ICMBio. A lei do SNUC já estabelece isso, o que depende de nós é [a disponibilização de] mais servidores para agilizar os processos. Outro mecanismo, dado pelo Código Florestal, é a cota de reserva legal. O proprietário rural que não tem mais a reserva legal [determinada pelo Código Florestal] na sua terra pode adquirir uma área dentro de uma unidade de conservação para fazer a compensação e repassá-la para o poder público. Se for uma unidade de conservação federal, pode repassar para o ICMBio.Outro dos objetivos do PPCDAm é cancelar todos os registros de Cadastro Ambiental Rural (CAR) sobrepostos a unidades de conservação, além de proibir novas inscrições. Como isso está sendo realizado? - O ICMBio não é o órgão que pode cancelar ou suspender os registros de CAR. Podemos identificar na base do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, o Sicar, quais imóveis estão dentro de unidades de conservação. Se for uma unidade de conservação de proteção integral e aquela propriedade não puder estar ali, a gente comunica ao gestor do sistema [o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos] ou diretamente aos órgãos ambientais estaduais, responsáveis pela etapa mais importante do processo de regularização ambiental das propriedades. São eles que têm a competência [para validar, suspender ou cancelar os registros de CAR]. Nosso papel é trabalhar junto com o órgão ambiental do estado ou órgão federal gestor do sistema para identificar esses casos e tomar providências.No fim de maio, o Congresso retirou a gestão do Cadastro Ambiental Rural do Ministério do Meio Ambiente e a colocou sob a alçada do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Que consequências isso vem causando na prática? - Essa alteração que o Congresso fez teve um caráter que nos pareceu muito político e equivocado. Imaginava-se que tirando a gestão do CAR do Ministério do Meio Ambiente haveria um enfraquecimento do mecanismo. Mas não tem como, porque quem faz o registro do CAR é o proprietário rural. Então se está supondo que o proprietário está errado. Pelo menos, me deu essa impressão. Se o proprietário está correto, tanto faz se o CAR está no Ministério da Gestão ou no Ministério do Meio Ambiente, a informação é a mesma. É importante trabalharmos juntos para fazer a melhor gestão desse sistema do ponto de vista federal – novamente lembrando que quem vai a campo validar a informação que está no CAR é o órgão de meio ambiente do estado. Para isso temos o Sisnama.Com a mudança do CAR para o Ministério de Gestão, criou-se um desenho que foge ao desenho original do sistema, porque o órgão central do Sisnama é o Ministério do Meio Ambiente, que é quem coordenaria as três esferas [municipal, estadual e federal]. Indo para o Ministério da Gestão, fica uma coisa fora do trilho, digamos assim.Mas tem havido articulação entre os dois ministérios? - Agora é que isso começa, a mudança é bastante recente. Mas as primeiras tratativas, pelo que sei, têm sido bastante frutíferas. O ministério da Gestão é transversal, olha para o governo inteiro, é importante ter uma boa relação com ele, e isso vem se concretizando. A Esther [Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos] tem sido parceira, por exemplo, nas demandas da área ambiental para concurso público. Tem o diagnóstico de que a nossa área precisa ampliar [o quadro de servidores]. Para implementarmos o PPCDAm, o PPCerrado, o plano da Mata Atlântica etc, precisamos incrementar o número de pessoas.Hoje, quais são as unidades de conservação em situação mais crítica no país, em sua análise? Há planos de desintrusão para esses casos? - Nas unidades que estão sob ataque do desmatamento e garimpo, nós já estamos em campo para evitar a continuidade dessas atividades. Por exemplo, na Reserva Biológica Serra do Cachimbo, na divisa do Pará com Mato Grosso, estamos retirando gado. Dentro de reserva biológica não pode ter gado, e a expansão da pecuária lá cresceu muito. Em outras áreas, onde há garimpo, estamos trabalhando para tirar o maquinário ou destruir, se for o caso, e multar quem tiver que ser multado. O Juruá [região do Amazonas que reúne várias unidades de conservação], por exemplo, não era uma área procurada pelo garimpo, e agora tem. Passou-se a sensação de impunidade [nos últimos anos], de que o governo não tem interesse nessas áreas, então pode-se fazer uso delas. Mas o governo está presente, o ICMBio está presente, os nossos fiscais estão atentos. E felizmente há um desenvolvimento tecnológico que nos ajuda, com imagens de satélite etc.No caso da Amazônia, é o desmatamento e o garimpo que nos preocupam, mas em outros casos, por exemplo, no litoral, é mais a especulação imobiliária. A gente aprende com essas realidades diferentes. Uma política que queremos adotar é que o servidor do ICMBio possa transitar entre as unidades. Não queremos que o servidor fique muitos anos parado na mesma unidade, é bom fazer uma reciclagem. Institucionalmente, isso amplia a sua aprendizagem.Em 2022, 57% do desmatamento em unidades de conservação se deu em áreas estaduais. Como atacar o desafio de combater o desmatamento nas unidades de conservação dos estados, onde as secretarias de meio ambiente são muitas vezes mais sucateadas e vulneráveis a interesses econômicos e políticos contrários à preservação ambiental? - A função do ICMBio é conservar a biodiversidade. Apoiar as unidades estaduais com medidas que o ICMBio pode tomar é nossa obrigação. Temos um sistema muito interessante de monitoramento da efetividade das unidades de conservação – porque não adianta ter unidade de conservação se na prática ela está fugindo do seu objetivo –, o Samge [Sistema de Análise de Monitoramento e Gestão], que é alimentado pelos servidores das unidades. Esse sistema pode ser usado também no caso das unidades de conservação [estaduais] da Amazônia. Também trabalhamos com capacitação. Ainda podemos apoiá-los na fiscalização ambiental.Digamos que exista uma unidade de conservação estadual do lado de uma unidade federal e, do outro lado, uma terra indígena. Por que a gente não trabalha em conjunto? Já fazemos isso em alguns lugares, assim como fazemos com o Ibama e com as polícias militares dos estados. Existem possibilidades para apoiarmos [os estados]. Obviamente tem que haver o interesse do órgão estadual e do gestor da unidade. O que nos interessa é o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, que tem a parte federal, de responsabilidade do ICMBio, mas tem também a parte dos estados e dos municípios. O órgão federal tem que ajudar os demais entes da federação.O que aconteceu com o programa Adote um Parque, uma das bandeiras do Ministério do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, que previa que empresas e pessoas físicas doassem recursos para a manutenção de unidades de conservação federais? Que outras formas de concessão florestal e incentivos a atividades sustentáveis em unidades de conservação serão postas em prática nessa gestão? - Já na transição, foi sugerido que olhássemos para a atuação do programa Adote Um Parque. Suspendemos os editais que estavam em aberto. Ou seja, agora não tem mais possibilidade de novas adesões ao programa, porque a gente quer avaliar primeiro o que os casos que foram concretizados significaram na prática. E evitar esse tipo de coisa – uma iniciativa que afeta a vida das pessoas sem consultá-las, como ocorreu com algumas reservas extrativistas. Como se faz uma iniciativa dessa sem pactuar com o conselho consultivo da unidade? Essa representação da população dentro da unidade precisa ser ouvida. E em outros lugares, tem que ser ouvida também a comunidade local.O papel do ICMBio é trabalhar para o desenvolvimento de um determinado território por meio da conservação, porque vemos nisso uma oportunidade para alavancar a economia local. Dou como exemplo o Parque Nacional do Iguaçu [em Foz do Iguaçu, no Paraná], que é muito importante para a região toda. Gera incremento de renda, empregos, impostos para o poder público local.Em seu discurso de posse, você afirmou que pretende “recuperar especialmente as reservas extrativistas”. Com condições favoráveis, é possível que os povos e comunidades tradicionais desempenhem papel semelhante ao dos povos indígenas na proteção do território? No ano passado, apenas 2% do desmatamento identificado na Amazônia ocorreu em terras indígenas, ainda que elas ocupem 23% da área do bioma. São populações diferentes, para deixar claro. À exceção de algumas, as reservas extrativistas também têm um grau de conservação muito grande, porque aquilo é o meio de vida delas [das comunidades]. Nas Resex marinhas, o trabalho que as marisqueiras fazem de conservação, de evitar que entre a pesca predatória, é muito grande. A população sabe quando fazer a pesca de uma determinada espécie, o tamanho [ideal] etc. É conhecimento tradicional passado de família em família. Isso é um mecanismo de conservação.Às vezes, a gente olha para o desmatamento como único indicador, e não é bem assim. Em alguns lugares, o desmatamento é o fator mais crítico, mas em outros é o declínio dos recursos naturais, da biodiversidade, da espécie A, B ou C. Aí vão dizer que na Reserva Extrativista Chico Mendes [no Acre] tem um desmatamento muito grande, é verdade. Ali é um caso que nos preocupa bastante, porque o desmatamento se expandiu [nos últimos anos]. Mas quando se analisa por que expandiu, constata-se que localmente há uma campanha midiática contra as unidades de conservação e o aliciamento de populações [extrativistas] para atividades predatórias. Chega uma pessoa pedindo para criar gado na reserva em troca de dinheiro, e o morador, como está sem opção, já que não houve investimento naquela unidade de conservação, acaba bastante vulnerável.Como enfrentar esse tipo de situação? - Estamos retomando o programa Bolsa Verde, que é um estímulo à conservação ambiental. As famílias que estiverem cadastradas no CADÚNICO dentro de unidade de conservação e comprometidas com a conservação vão receber um recurso trimestralmente [a expectativa é abranger inicialmente 30 mil famílias da Amazônia]. Isso não é nada novo, existe desde 2011, mas foi interrompido [na época eram concedidos R$ 300 reais a cada 3 meses]. Vamos voltar com esse programa. O que a gente precisa é fortalecer e executar a política pública, trazer a educação, a saúde, a igualdade racial. É levando política pública que pessoas vão ser parceiras da conservação, porque elas veem o valor daquela área, têm ligação com a terra e com a floresta.A gente quer saber onde vamos chegar daqui a dez anos. A minha gestão é nos próximos quatro anos, mas temos que ter um mapa do caminho. Onde a gente quer que as unidades de conservação estejam em dez anos? Em que situação de regularização fundiária, uso público, desintrusão, garimpo etc? Trabalhamos com um mapa estratégico para frente. News Brasil 247 2023-07-18T10:46:01-03:00 b247-446428 “A Cracolândia é resultado do próprio projeto de cidade”, diz pesquisador https://www.brasil247.com/entrevistas/a-cracolandia-e-resultado-do-proprio-projeto-de-cidade-diz-pesquisador img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718100740_1d014e9c850a9eeec0d87a5352d5a5a670056245391372b70df8b9995e781896.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Para Aluízio Marino, do LabCidade, dados mostram que as ações policiais não reduziram fluxo nem trouxeram mais segurança br clear="all" Por Bianca Muniz, Bruno Fonseca, Matheus Santino, da Agência Pública - As operações policiais realizadas neste ano na região da Cracolândia, no Centro da cidade de São Paulo, não têm surtido efeito, nem diminuído a quantidade de pessoas que frequentam a cena de uso de drogas. É o que afirma o analista de políticas públicas Aluízio Marino, um dos coordenadores do LabCidade, laboratório de pesquisa e extensão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).Para chegar a essa conclusão, o laboratório analisou dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) sobre a quantidade de frequentadores da região entre abril e julho de 2023. E o que os pesquisadores observaram é que a média tem se mantido estável, de cerca de mais de mil pessoas.“O que a gente vê, a partir dos dados, é uma manutenção da quantidade de pessoas. Essa política só tem gerado conflito no território, o que não é bom nem para o comerciante, nem para o morador, nem para ninguém que circula no centro da cidade de São Paulo”, disse Marino, em entrevista à Agência Pública.O pesquisador comenta que a tática de dispersão dos frequentadores da Cracolândia, frequentemente realizada com violência, tem dificultado o atendimento social e de saúde pelas equipes que trabalham com a população. Além disso, as ações revelaram que tem ocorrido a venda de serviços de segurança para os moradores. Em julho, a Folha de S. Paulo mostrou que um guarda metropolitano foi investigado por extorsão contra moradores e comerciantes para realizar segurança privada da região. “O cara que está fazendo a dispersão está ganhando dinheiro com a venda de segurança privada”, critica.Para ele, há uma deliberada “aposta no erro” por parte de sucessivas gestões, programas e governantes na forma de lidar com a Cracolândia. Essa aposta, em sua avaliação, revela estratégias eleitoreiras, como a do “político-pulso-firme do momento”, mas também imobiliárias. “Tudo está conectado. Os processos de renovação, requalificação, revitalização — vão se mudando os nomes ao longo do tempo —, têm objetivos muito parecidos, que é colocar esse território à disposição para a iniciativa privada, para a exploração de renda”, diz.Marino destaca que políticas adotadas pelas últimas gestões fizeram os fluxos da Cracolândia se espalharem por outros bairros do Centro, mas que a cena permanece praticamente no mesmo território desde a década de 1990. Recentemente, segundo reportagem, a Prefeitura cogitou dois novos pontos para fixar a Cracolândia: a ponte Governador Orestes Quércia, conhecida como Estaiadinha, no Bom Retiro; e a Rua Porto Seguro, no bairro Ponte Pequena. Mas ainda nenhuma decisão oficial teria sido tomada.“Ou a gente vai debater isso de forma profunda, debater o processo de urbanização da cidade, habitação, a possibilidade de trabalhar uma cidade não só a partir da propriedade, mas a partir da função social das propriedades, ou de fato estamos muito longe de resolver. Se a gente continuar nessa, estamos fadados a ver a Cracolândia por mais 30 anos”, reflete.Leia a entrevista completa.Um dos principais pontos que vocês questionam é a narrativa da Secretaria de Segurança Pública de que as operações policiais reduziram a quantidade de pessoas na Cracolândia. Os dados não mostram isso? - A política para a Cracolândia é basicamente a mesma [há 30 anos]. Mudam os governantes, mudam os nomes das operações, dos programas, mas há uma aposta histórica pelo erro na forma de lidar com os conflitos na Cracolândia. E temos, por parte dos governantes, dos delegados responsáveis pelas operações, esse discurso inflamado de que, agora, com pulso firme, a Cracolândia está acabando.Em alguns momentos também houve pesquisas endossando esse discurso. É o caso recente da dispersão do entorno da Praça Princesa Isabel e da praça Júlio Prestes, onde o fluxo ficou por um bom tempo.Construiu-se uma narrativa de que a dispersão nesse um ano e pouco estava de fato resolvendo a questão. Na época houve um embate, envolvendo especialistas dos dois lados: de que a dispersão seria mais adequada para garantir o atendimento dos usuários; e por outro, com o qual eu concordo, de que essa violência não ajuda em nada.Agora, a novidade é que há três meses a Secretaria de Segurança Pública lançou um mapeamento das cenas de uso, chamado “Diagnóstico criminal: cenas abertas de uso“, que dá uma quantidade média de usuários nas cenas. Eles dão os dados da semana, mas não mantêm o histórico. O que a gente fez foi olhar semana a semana e fazer o registro. Não tem nada mirabolante aí.Vemos que o número [de usuários] não se altera, por mais que o centro esteja completamente militarizado, com a política de dispersão rolando a torto e a direito. É evidente, olhando os dados da própria Secretaria de Segurança Pública, que é uma falácia achar que isso vá resolver o problema. Nos [últimos] 30 anos não resolveu. A única diferença é que, agora, a gente tem dados para olhar isso. É a primeira vez que temos uma produção sistemática de informações sobre a quantidade de pessoas na cena de uso.Para vocês, a contagem da secretaria, por mostrar uma média estável de usuários, indica que a dispersão não resolve o problema, é isso? - O que a gente vê, a partir dos dados, é uma manutenção da quantidade de pessoas, por mais que estejam prendendo um monte de gente. Essa política só tem gerado conflito no território, o que não é bom nem para o comerciante, nem para o morador, nem para ninguém que circula no centro da cidade de São Paulo.A gente nunca teve tanta polícia e tanto investimento em bomba e truculência no Centro. Ou a gente redireciona esse recurso, essa força pública para um outro objetivo, ou a gente só vai alimentar o barril de pólvora no qual se transformou o Centro da cidade de São Paulo. E isso é resultado da própria ação do Estado, não é da gangue da bicicleta ou da gangue da pedrada.Vocês criticam o mapeamento da Secretaria de Segurança Pública por não ter um histórico. Quais são os problemas dessa ausência de dados? O que o histórico poderia revelar? - Primeiro, é muito bom a gente ter informação, isso é fundamental. Mas quando a gente fala de acesso a dados, por mais que seja um elemento técnico da gestão pública, ele também envolve escolhas políticas. O que vai [ficar disponível], o que não vai, como, onde, quem acessa, quem não acessa, qual a linguagem utilizada…E esse mapeamento também tem algumas implicações narrativas, como uma associação direta entre a presença do crime e a dos usuários. É chamado de “diagnóstico criminal”, não é um diagnóstico social da Cracolândia. Ele foi lançado, inclusive, logo depois do assalto na farmácia, que causou comoção pública e gerou um clamor de “mais polícia no centro, por favor”.O levantamento está inserido nesse debate, que é político, e não é só de acesso a dados. Não dar esse histórico, para mim, é a faceta de um exercício de invisibilização dessa informação. E por quê? Porque se sabe que isso não resolve.A gente não pode acreditar que os políticos e os responsáveis por essa cidade ainda acreditem que essa política resolva, porque nos 30 [últimos] anos ela não resolveu. A guerra às drogas é uma mentira absurda.Essa aposta no erro tem outro objetivo: transformar o centro num fronte de guerra. Acho que essa é a questão central. Observar a Cracolândia como um problema da cidade, não como um problema daquele território. Ela é um problema da cidade e precisa de uma política de cidade para resolver isso. Você acha que os dados da própria secretaria podem ser usados como uma justificativa para um novo programa de “limpeza” na região? - Tudo está conectado. Os processos de renovação, requalificação, revitalização — vão se mudando os nomes ao longo do tempo —, têm objetivos muito parecidos, que é colocar esse território à disposição para a iniciativa privada, para a exploração de renda.A história dos projetos para a Cracolândia e para o Centro, eles se cruzam. As operações policiais e os grandes projetos urbanísticos coincidem. E não é ao acaso que essa máquina de guerra se construiu.A Cracolândia é ao mesmo tempo a pedra no sapato da iniciativa que quer transformar esse território, mas ao mesmo tempo, também é uma justificativa muito boa para uma política de exceção.A especulação da terra urbana é muito perversa. Ela é presente em toda cidade, e a gente tem que debater isso porque, quando se fala de Cracolândia, temos que falar de um processo de urbanização da cidade.Vamos lembrar da discussão do Plano Diretor. Em que momento se discutiu o Centro ou a Cracolândia enquanto problema social? Em nenhum momento. O Plano Diretor e a política urbana são políticas imobiliárias. Não visam a resolver os problemas e as mazelas da cidade.Uma das justificativas para a dispersão da Cracolândia é que facilitaria o atendimento em grupos menores de usuários. Mas hoje, vemos que apareceram outras “mini Cracolândias” além do Centro. Isso seria um reflexo das operações? - É mais uma amostra de que essa política é equivocada. O [prefeito] Ricardo Nunes (MDB) tem trazido: “a gente não está dispersando, [ a Cracolândia] tem uma dinâmica própria”. É óbvio que essas pessoas têm agência, elas não são zumbis, e vão querer estar juntas, porque isso dá mais segurança. Ali também é um espaço possível de encontro dessas pessoas que estão sendo rejeitadas por toda a sociedade.O que define a geografia do fluxo hoje é a ação da segurança pública. Talvez um elemento novo que se criou no território é a segurança como uma mercadoria política muito valiosa. Não são à toa as denúncias de extorsão por grupos de segurança privada, inclusive capitaneados por agentes de segurança pública. O cara que está fazendo a dispersão está ganhando dinheiro com a venda de segurança privada. Olha o nível a que a gente chegou: a dispersão virou negócio.Você diria que houve momentos em que as ações de dispersão foram quase um tiro no pé? Quando as pessoas saíram da Cracolândia e foram para outros bairros, mais ricos, que não lidavam com essa cena? - Há dois elementos aqui: primeiro, um tiro no pé, uma externalidade negativa de quando você começa a só botar o problema para o outro lado. Isso gerou uma pressão social, uma comoção pública: “vamos tirar o pessoal daqui”. Só que são mil pessoas, não é simples essa gestão. Então tem algumas externalidades desse processo, e a principal é incomodar quem mora no entorno do novo endereço da concentração de pessoas que estão no uso.Mas isso trouxe também uma oportunidade, um projeto político que envolve inflamar a sociedade civil para endossar essas ações. Endossar, por exemplo, a internação compulsória. E talvez o deslocamento da Cracolândia para a Santa Cecília tenha possibilitado isso.Não estou dizendo que isso é um projeto intencional, mas a Cracolândia acaba servindo como uma agenda política que pode ser mobilizada. E tem muita gente surfando nisso.Ao levar esse incômodo para outros bairros e moradores, isso poderia justificar ações mais enérgicas ou violentas? - Com certeza, pode inflamar a sociedade civil, moradores e comerciantes. Até que ponto existe um planejamento nesse sentido? É cruel pensar nisso, mas eu não descarto, infelizmente, porque não consigo acreditar que as pessoas achem que as ações policiais vão resolver o problema.A Cracolândia não é resultado de uma infelicidade, ela é resultado do próprio projeto de cidade, que após o processo de abolição da escravatura inconclusa não distribui terra e habitação, não incluiu essa população no mercado de trabalho e relegou essas pessoas muitas as vezes a morar em situação de rua. Então a presença de corpos negros na cidade de São Paulo usando droga na Cracolândia também é resultado disso.Ou a gente vai debater isso de forma profunda, debater o processo de urbanização da cidade, habitação, a possibilidade de trabalhar uma cidade não só a partir da propriedade, mas a partir da função social das propriedades, ou de fato estamos muito longe de resolver.Entender a Cracolândia como talvez a principal chaga do racismo estrutural brasileiro é fundamental. A partir daí, ou se estabelece um debate público sério, ou vamos ficar na base de quem gritar mais alto, quem falar mais bravo, do político de pulso firme do momento, do delegado valentão. Se a gente continuar nessa, estamos fadados a ver a Cracolândia por mais 30 anos.Você aponta que os sucessivos governos têm falhado em “resolver” a Cracolândia. Por que você acredita que isso persiste, ano após ano? - A Cracolândia é um debate há muitos anos. Já se sabe que esse tipo de operação não resolve. Mas o que está por trás da aposta no erro? Quais são os interesses que hoje lucram com isso? É um projeto de cidade neoliberal, capitalista e que faz as pessoas sofrerem.A Cracolândia seria diferente se a gente tivesse ali um público branco de classe média em condição de uso de drogas. É muito diferente ser um negro periférico usando droga no Centro da cidade de São Paulo. Há uma dimensão racista.Isso vai influenciar as decisões dos políticos, dos agentes de segurança e da população do entorno. Como você avalia o atendimento da rede de assistência psicossocial em São Paulo? Como as ações da dispersão policial têm impactado essa rede? - Eu tenho algumas considerações sobre isso. A primeira é que os profissionais das redes de assistência social, os profissionais da saúde, são verdadeiros guerreiros, precarizados, mas que atuam de forma muitas vezes até militante, numa fronteira entre o ativismo e a profissão.O segundo, é que, associada à essa política de violência extrema, com polícia, com GCM [Guarda Civil Metropolitana], com criação da IOP [Inspetoria de Operações Especiais da GCM], houve também um desmonte muito grande que foi revelador da situação em que se encontra hoje esse território. Me refiro à demissão, desde 2017, de muitos profissionais que eram extremamente comprometidos, que construíram vínculos com as pessoas ao longo dos anos. Uma terceira questão é que a política de dispersão atrapalha, impossibilita ou deixa muito difícil o estabelecimento e a manutenção de vínculo com as pessoas. Primeiro, porque você não sabe onde ela vai estar. Estamos falando de equipes de assistência de saúde, gente que não têm viatura, que não têm rádio, que não têm GPS.O segundo ponto é que, quando é feita uma dispersão com violência, isso gera uma resposta com mais violência. E aí para se estabelecer vínculo com uma pessoa que está nessa situação fica muito mais difícil. É difícil até mesmo começar um diálogo.Equipes do Consultório na Rua, que historicamente fazem um trabalho incrível com a população de rua, foram recebidas a pedrada. Olha como a dispersão gera, inclusive para esses profissionais, uma situação de risco. É uma política irresponsável, em todos os sentidos. Existe alguma questão no Plano Diretor recém-aprovado, ou mesmo em algum dos anteriores, que impacta diretamente a situação da Cracolândia? Se não existe, seria possível incluir no Plano Diretor? - A discussão do Plano Diretor está totalmente desconectada do que são hoje os reais problemas da Cracolândia e ele só reforça a manutenção de uma política urbana, que é uma política imobiliária, que vai manter a Cracolândia do jeito que está ou pior. Vai deixar mais pessoas em situação de rua e mais pessoas em situação de sofrimento nessa cidade que não aguenta mais carro, não aguenta mais poluição, não aguenta mais transporte público precarizado.Teremos mais pessoas percorrendo distâncias longuíssimas, pagando aluguéis cada vez mais caros, tomando água cada vez de pior qualidade, se alimentando cada vez pior. Isso tudo passa longe do Plano Diretor. Ele é um plano imobiliário.Você poderia explicar um pouco mais? De que modo a forma como o Plano Diretor foi constituído poderia aumentar a Cracolândia? - Não é um instrumento específico do Plano Diretor que vai aumentar [a Cracolândia]. Não é isso. É a concepção do plano, a forma como ele define a organização e estruturação da cidade.A cidade se estrutura a partir dos interesses imobiliários. E no centro da cidade de São Paulo, o que rege os planos de renovação e qualificação são os interesses imobiliários, não são os interesses das pessoas que estão ali. Ou a gente pensa uma política urbana a partir dos interesses das pessoas que vivem e circulam no território, inclusive as pessoas em situação de sofrimento, em situação de rua, ou a gente está fadado a continuar nessa máquina de moer gente.A Cracolândia é um problema da cidade e de como a cidade se organiza. Quando as pessoas falam que a Cracolândia é problema de saúde pública, não é só. É problema de habitação. E quando a gente fala de habitação na cidade de São Paulo a gente fala de acesso à moradia. E quem tem acesso a terra e a moradia em São Paulo é quem pode pagar. O que o mercado imobiliário tem produzido no centro? Pequenos apartamentos com preço absurdo. Quem está comprando? Quem vai morar ou quem está ganhando renda com aluguel? É a população em situação de rua ou o investidor? Então é isso que o Plano Diretor produz. Desconectar isso do debate da Cracolândia, pra mim, é ingenuidade. Vocês afirmam que os fluxos da Cracolândia permanecem em um território muito parecido desde os anos 1990. Isso seria um indício que nenhuma política pública desde aquela época conseguiu ter algum efeito concreto? - A gente só teve um momento da história que foi bem sucedido, o “De Braços Abertos” [criado em 2014, pela gestão Fernando Haddad], que era um programa piloto pra ser testado, experimentado, para entender o que funciona e o que não funciona, e aperfeiçoá-lo.A ideia de trabalhar com uma política piloto é perfeita para problemas complexos. A Cracolândia é isso, um problema complexo. Então ter essa possibilidade do piloto naquele momento foi muito importante. O problema é quando a gente pega um projeto e simplesmente desconsidera ele. Porque [na gestão seguinte] se descontinuou uma política que deveria ser aperfeiçoada e melhorada em vários aspectos, inclusive dos limites da própria política municipal. Não adianta nada ter um programa municipal de redução de danos, mas a política federal continuar criminalizando a droga, e a polícia estadual continuar prendendo um monte de gente que é usuário como traficante.Então tem os limites da política, que tinham que ser tensionados para serem melhorados. Essa é a lógica da política pública, mas não se debate política pública na Cracolândia, o que se debate é uma política de governo, uma política de gestão: “é a minha marca pra esse território, eu vou ganhar voto, eu vou acabar com a Cracolândia, eu botar pra quebrar”.Então, tirando o “De Braços Abertos”, o que se teve até hoje foi essa lógica de políticas de governo de punho firme. É o que dá voto no momento em que as pessoas estão desesperadas.Eu espero que a gente esteja em um outro momento da história, que as pessoas estejam tão cansadas de tudo que está acontecendo, que talvez se ache uma possibilidade de debate, de uma alternativa. Está todo mundo cansado, os moradores, os comerciantes. Isso é nítido. Então talvez se abra uma janela de oportunidade para outro debate. News Brasil 247 2023-07-18T10:42:01-03:00 b247-446427 Lula afirma que buscará investimento europeu para construção de fábricas no Brasil https://www.brasil247.com/reindustrializacao/lula-afirma-que-buscara-investimento-europeu-para-construcao-de-fabricas-no-brasil img src="https://pb-brasil247.storage.googleapis.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230718100740_387750fd-cb24-4ca8-a830-6071fbb07704.jpg" width="610" height="380" hspace="5" / Presidente afirmou que há disposição entre os europeus para financiar a industrialização de nações em desenvolvimento: queremos que financiem esse processo de transformação br clear="all" 247 - O presidente Lula (PT) anunciou nesta terça-feira (18) que buscará investimentos junto à Europa para a criação de novas fábricas no Brasil - e em outros países em desenvolvimento - para impulsionar o setor industrial e a geração de empregos e renda.Segundo Lula, a posição manifestada pelos países europeus no encontro entre União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, em Bruxelas, na Bélgica, foi de garantir a industrialização de nações em desenvolvimento. "Na UE o discurso da moda é o seguinte: os países que têm materiais críticos, minérios, urânio, lítio, mesmo quem tem minério de ferro ou bauxita, esses países não podem exportar minério, eles precisam fazer a transformação no seu país para poder ter indústria, para poder gerar emprego, para poder melhorar a capacidade de rentabilidade do país". "Século XXI será o século da verdadeira independência do Brasil", diz LulaO discurso apresentado é, para Lula, uma "evolução". "Agora estão dizendo: em vez de exportar só, faça indústria lá, faça siderúrgica, para você fazer emprego acontecer no seu país. Esse é o discurso novo na UE"."Então agora qual é o nosso discurso para a União Europeia: agora queremos que vocês financiem a construção das fábricas que nós precisamos para fazer esse processo de transformação", argumentou o presidente. News Brasil 247 2023-07-18T10:40:31-03:00 b247-446426










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