Orçamento será apertado e ministérios terão de se adaptar aos parâmetros, diz Tebet
247 - A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), declarou nesta quarta-feira (19) após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o Orçamento de 2024 será rígido e que as pastas do governo terão de se adaptar. Segundo ela, boa parte do espaço aberto pela PEC da Transição vai ser consumido por gastos com saúde e educação."Ao mesmo tempo em que a gente vai ter um espaço fiscal significativo, uma parte dele já está carimbada, e os ministérios terão que se adaptar e entender a realidade dos fatos, diante de um arcabouço e da Constituição que estabelece parâmetros", disse Tebet. A proposta orçamentária encontra-se em processo de elaboração e deve ser enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto. Até o final desta semana, cada pasta receberá informações sobre o montante de recursos a ela destinado e terá um prazo de até 15 dias para devolver à equipe econômica os valores dos programas presentes em suas ações.Questionada sobre se mudanças no texto do arcabouço fiscal impactariam a elaboração de políticas públicas prometidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Tebet explicou que a maior parte dos programas propostos por ele já haviam sido anunciados e, portanto, já estavam incluídos no orçamento.Segundo ela, programas ainda não anunciados formalmente, como a isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 mil reais mensais, podem ficar para 2024 ou 2025, a depender de discussões com a Fazenda baseadas na tramitação da reforma tributária no Senado.A ministra destacou que, além do marco fiscal, a tramitação da reforma tributária na Câmara seria a "cereja do bolo" de uma série de acertos da área econômica do governo, entre outros fatores, que resultaram em um cenário macroeconômico mais positivo."Nem nos nossos melhores sonhos nós podíamos imaginar que, numa projeção inicial de crescimento de menos de 1% do PIB, de 0,7%, já temos uma projeção de crescimento de 2,5%, inflação e inflação de alimentos, que é mais importante, em queda... O preço dos combustíveis subindo, impactando positivamente os outros números macroeconômicos, câmbio valorizado com a depreciação do dólar. Então, o balanço foi extremamente positivo", afirmou. (Com informações da Reuters).