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A era do excesso. Tudo que é demais intoxica

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O modelo de civilização que inventamos é tóxico e chegou agora a um estado de paroxismo no qual a regra geral é a perda da consciência da medida das coisas
Por Luís Pellegrini – Vivemos em plena era do excesso. Vamos pelo mundo como ilhas ambulantes, a flutuar num oceano coalhado de produtos industrializados de todos os tipos, de medicamentos farmacêuticos, de poluição ambiental, de guarda-roupas cheios de peças inúteis, de constantes propagandas que nos conduzem à produtividade desmedida e ao consumismo insustentável. Sem falar no excesso de informação feita sob medida para poluir e intoxicar nossas mentes e nossos corações.Já parou para pensar na quantidade de coisas veiculadas pelos jornais, revistas, pela televisão e pelos milhões de sites na internet que, sem dó nem piedade, bombardeiam todos os dias nossas frágeis estruturas cerebrais?Tudo que é demais faz mal. Intoxica. E intoxicação, como verbete de dicionário, corresponde a uma “série de efeitos sintomáticos produzidos quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com a pele, olhos ou membranas mucosas”. Como costumo lembrar, para os antigos gregos o descomedimento – entendido exatamente como perda do senso de medida – era a maior de todas as falhas. Eles chamavam essa perda da consciência de limites de húbris, e consideravam que ela não tinha remissão. Quem cometia essa falha estava condenado ao inferno por toda a eternidade. Os deuses viam a húbris como a pior das formas de arrogância e puniam com severidade máxima todos que se deixavam seduzir pelo descomedimento.Mas hoje perdemos essa noção fundamental da sabedoria grega, e manifestamos nossa perda da consciência de limites o tempo todo. Estaríamos todos, assim, condenados à danação eterna pelos deuses gregos. Não acredita? É fácil perceber, por exemplo, até que ponto fomos tomados pela compulsão de fazer tudo melhor, em maior quantidade e no menor tempo possível. Da manhã à noite ouvimos injunções vindas de fora – mas também de dentro – repetindo que é preciso fazer isso, ou aquilo, agir assim ou assado.Pouco a pouco, essas injunções tornam-se vozes interiores, autoritárias, que logo deixam de ser vozes e se transformam em Palavras de ordem gritadas: produzir, comprar, consumir!A era do excesso, nossos tempos atuais de perda da consciência de limites, é o tema da 21a edição do Programa Oásis, com os jornalistas Luis Pellegrini e Andrea Trus, na TV 247.










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