TRF-2 nega suspeição de Bretas em ações da Lava Jato ligadas a Cabral

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A defesa de Cabral solicitava o afastamento de Bretas dos processos e a anulação de todos os seus atos decisórios

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247 - O TRF-2 negou nesta quarta-feira (26) cinco pedidos da defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para que fosse declarada a suspeição do juiz federal Marcelo Bretas. Os pedidos negados se referem a onze ações da Operação Lava Jato.A defesa se fundamentou, dentre outros pontos, na decisão de fevereiro deste ano do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instaurou um Processo Disciplinar Administrativo (PAD) e determinou o afastamento de Bretas da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O juiz está sob investigação disciplinar devido a sua falta de imparcialidade.Denúncias apontam que Bretas liderava um esquema de venda de sentenças. A defesa do ex-governador também citou uma suposta negociação entre Bretas e ele próprio, com a mediação de um advogado, para a concessão de benefícios à então esposa do ex-governador, em ação penal que tramitava em seu desfavor.Os advogados solicitavam o afastamento de Bretas dos processos e a anulação de todos os seus atos decisórios. No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contrário à suspeição. Na visão da 1ª Turma do TRF-2, a falta de informações sobre o conteúdo dos processos administrativos disciplinares em andamento no CNJ contra o juiz "leva à conclusão de que não há elementos, até aqui, que permitam afirmar a suspeição do magistrado, não se justificando, portanto, a suspensão liminar das ações penais em que atuou".