Lula estuda para PGR o nome de Paulo Gonet, apoiado por Moraes e Gilmar Mendes
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Presidente tenta, porém, equilibrar a quantidade de indicações feitas pelos dois ministros para diversos postos no Judiciário
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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando a possibilidade de indicar o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, para a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR) após o término do mandato de Augusto Aras, em setembro. De acordo com a Folha de S. Paulo, Gonet tem conquistado apoio nos bastidores dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes e auxiliares do presidente teriam sinalizado a intenção de abrir a agenda do mandatário para discutir a sucessão na PGR com setores do Ministério Público Federal (MPF).“Lula já deixou claro a aliados que não quer desagradar aos dois magistrados, que se consolidaram como os principais interlocutores do governo no Supremo. No entanto, o presidente também tem avaliado até que ponto seria adequado ampliar ainda mais os poderes de Moraes e Gilmar, que se articulam para emplacar pessoas próximas em outros postos importantes do Judiciário”, destaca a reportagem.Gonet, atual chefe do braço da PGR que lida com questões de direito eleitoral perante o TSE (tribunal Superior Eleitoral), teve uma atuação discreta durante o período eleitoral, mas chamou a atenção ao se manifestar veementemente a favor da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) durante o julgamento do ex-mandatário pela corte eleitoral.Lula tem como critério para a escolha da PGR a busca por alguém com quem tenha contato direto e relação pessoal, assim como tem feito em relação às vagas do Supremo. No entanto, o cargo da PGR só pode ser ocupado por servidores de carreira. De acordo com interlocutores do presidente, essa restrição dificulta a escolha de um nome que atenda plenamente aos desejos do chefe do Executivo.Uma alternativa sugerida por membros do Palácio do Planalto é a indicação do subprocurador-geral Antonio Carlos Bigonha. Apesar de não ter proximidade pessoal com Lula, Bigonha é próximo de figuras importantes do PT. Enquanto isso, Aras também trabalha para permanecer no cargo, contando com o apoio de alguns petistas, como o senador Jaques Wagner (PT-BA).No entanto, a avaliação do Planalto é que a recondução do atual procurador-geral seria politicamente desfavorável, devido às omissões de Aras em relação ao comportamento de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.Ainda conforme a reportagem, Lula está discutindo a escolha do PGR para o biênio 2023-2025 com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU) e Flávio Dino (Justiça). Além disso, ele tem mantido contato com procuradores da República, incluindo o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima, que frequentemente visita o gabinete presidencial.