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Dilma joga sua matriz econômica no cenário global dos Brics na África

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“A única variável econômica verdadeiramente independente no capitalismo é o aumento da oferta da quantidade de moeda na circulação”

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O fato geopolítico global mais importante da semana foi o encontro do presidente da Rússia, Wladimir Putin, com a presidenta do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, Dilma Roussef, em Moscou. A ex-presidenta do Brasil, em nome do presidente Lula, busca solidificar integração dos sócios dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – no desempenho de sua grande missão: criar sistema monetário internacional para promover nova geopolítica Sul-Sul de cooperação econômica visando o mundo multipolar. O horizonte dos BRICS, essencialmente, é quebrar, com a força os seus integrantes, que já representam 25,4%(25,8 trilhões de dólares) do PIB do mundo, a hegemonia do dólar, rompendo a estratégia imperialista unipolar, contrária à cooperação internacional, vigente desde 1944, pelo acordo de Bretton Woods. A estratégia que Dilma esboça é a de capitalizar o Banco de Desenvolvimento dos BRICS com poupança dos países integrantes do bloco para alavancar nova estratégia desenvolvimentista em escala mundial, tendo por base trocas comerciais com moedas locais, realizadas ao largo da moeda americana. É o que já acontece nas relações comerciais Rússia-China, desde início de 2022, espraiando-se por toda a Ásia, na construção da Rota da Seda. Os braços do BRICS estão se disseminando pela África, América Latina e até a Europa se mostra interessada. Já são mais de 40 países na fila, querendo participar do bloco. NOVO MUNDO MULTIPOLAR - A pré-condição é a cooperação financeira que deverá se assentar na soberania de cada país para emitir sua própria moeda e com ela fazer negócios, conforme pressuposto de modelo monetário já existente no mundo ocidental, porém, utilizado, apenas, pelos países ricos, segundo o qual, cada nação pode emitir moeda, sem pressionar inflação, se não se endivida em moeda externa. Trata-se daquilo que em larga escala os próprios Estados Unidos já utilizam, especialmente, depois do crash de 2008, quando grandes bancos americanos entraram em bancarrota.Naquele momento, o BC americano, diante da iminência de quebradeiras, deixou a ortodoxia financeira de lado e adotou a heterodoxia: trocou dívida velhas, desvalorizadas, por dívidas novas, apoiadas pelo tesouro, que garantiu sua valorização. Novo modelo monetário – que os democratas americanos denominam de MMT – Teoria Monetária Moderna – entrou em cena para garantir sobrevivência do sistema financeiro internacional. As restrições monetaristas ortodoxas foram aos ares. O resultado imediato da intervenção americana, seguida pelos demais bancos centrais dos países europeus e japonês, surpreendeu o mundo: a inflação, em vez de explodir, despencou. Os juros baixos, com o aumento da oferta da quantidade de moeda em circulação, derrubaram as dívidas públicas e as atividades produtivas tiveram condições de sobreviver. Essa estratégia, na prática, foi antecipada pela ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2007, um ano antes do crash. O juro Selic, que chegou, na Era FHC, aos 26% ao ano, despencou para 7%, quando ela orientou o Banco Central a elevar a oferta monetária. Consequentemente, a economia reagiu e o PIB, em 2009, alcançou 9%. DILMA SEGUIU GETÚLIO - Dilma logrou, com sua estratégia, o mesmo que Getúlio Vargas alcançou depois da revolução de 1930. Pode, no ambiente revolucionário, fazer moratória da dívida que derrubou, pela primeira vez na história, as taxas de juros a 7% ano. Com isso, criou plano de desenvolvimento nacionalista combinando política social de conquistas trabalhistas e previdenciárias para os trabalhadores com impulso à industrialização, mediante criação das empresas estatais de energia para alavancar desenvolvimento sustentável.JK herdaria Getúlio e construiria a infraestrutura nacional, mas, a partir daí, as elites, que haviam sido derrotadas na contrarrevolução constitucionalista de 1932, essencialmente, conservadora e retrógrada, iriam se transformar no obstáculo ao nacionalismo getulista. Em 1954, levou-o ao suicídio e, em 1964, articularam novo golpe para impedir Jango de fazer reformas agrárias, urbana e social que complementariam novo status político interno.O temor geral era com a Revolução Cubana de Fidel Castro que acaba de completar 70 anos. Com Dilma não foi diferente. Ao derrubar a taxa de juro para 7%, como Vargas, seria, em 2016, defenestrada, depois do triunfo eleitoral de 2014. A elite conservadora – PSBD e aliados, herdeiros da contrarrevolução de 1932 – se aliaria ao fascismo para impedir Lula de voltar, levantando contra ele a Operação Lava Jato. Porém, o desastre neoliberal de Temer(2016-2017) e Bolsonaro(2018-22) não parou em pé. Não se traduziu em triunfo eleitoral dos golpistas, que, agora, derrotados nas urnas, vão às escaramuças golpistas, fascistas etc. NA CENA INTERNACIONAL - Mutantis mutantis, Dilma está de volta. Pode estar entrando em cena, agora, não pelos Estados Unidos, mas pelos BRICS, comandado por ela, a mesma estratégia que o BC americano utilizou para afastar perigo do crash em 2008, com muito sucesso, ou seja, a excomungada, Nova Matriz Econômica. Serviria, em escala global, aos países pobres para enfrentar o desastre neoliberal.Essa arma que a ex-presidenta articula para colocar em prática no âmbito dos BRICS, apoiada pela maior potência econômica da atualidade, a China. Com o aval dos chineses, que superaram os americanos em poder de compra, dando passos largos na expansão científica e tecnológica, coordenada por bancos de desenvolvimento e orientação política do partido comunista, Nova Matriz monetária tende a se expandir.As poupanças dos países em desenvolvimento depositadas em fundos de investimentos coordenados pelos BRICS poderão fazer o papel que o FED desempenhou em 2008: aumento da quantidade de oferta de moeda em circulação para reduzir juro, segurar dívida interna e fortalecer mercado interno, propulsor de industrialização.Dilma vira atração internacional. Sua base essencial é aquela que, quando presidenta do Brasil, colocou em prática para derrubar juro e acelerar crescimento. Vai à forra contra elite fascista que, com Bolsonaro, levou o país a uma situação insustentável.BRICS e KEYNES - O mundo parece estar novamente aos pés de Keynes cuja tese Dilma e o Banco Central americano aplicaram em 2008: “a única variável econômica verdadeiramente independente no capitalismo é o aumento da oferta da quantidade de moeda na circulação”.Quando o governo faz isso, diz o autor de “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, ocorre, relativamente, quatro fatores simultâneos: 1 – eleva os preços; 2 – diminui os salários, 3 – reduz os juros e 4 – perdoa/desvaloriza dívida a prazo acumulada pelos capitalistas. É nesse momento, destaca o genial economista inglês, que o empresário vê diante dos seus olhos, com nitidez absoluta, “a eficiência marginal do capital”, ou seja, o lucro, o que o leva aos investimentos. Em 2008, nas águas da terrível crise financeira, o FED fez isso, depois que Dilma já tinha se adiantado nesse sentido, genialmente. Não é à toa que os capitalistas tupiniquins não entendem por que odeiam ela, se foi a salvação deles.











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