EUA e Ucrânia iniciam conversas virtuais sobre garantias de segurança do G7 em meio a tensões contínuas com a Rússia
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Departamento de Estado inicia discussões para reforçar a segurança de longo prazo da Ucrânia
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247 - Washington e Kiev estão prestes a iniciar conversas virtuais sobre as garantias de segurança prometidas pelo G7 à Ucrânia na cúpula da Otan na Lituânia, conforme confirmado pelo Departamento de Estado na segunda-feira (31), informa o site RT. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, informou aos repórteres durante o briefing diário que "essas conversas terão início esta semana" e descreveu-as como "resultantes do comunicado divulgado pelo G7 durante a última cúpula da NATO em Vilnius".A questão surgiu depois que um assessor do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, Andrey Ermak, informou os jornalistas sobre as próximas conversações no domingo. Ermak disse que a Ucrânia esperava que as garantias assegurassem sua "capacidade de vencer" o conflito com a Rússia.No entanto, Miller afirmou que as garantias oferecidas em Vilnius diziam respeito a "compromissos de longo prazo com a segurança da Ucrânia". Ele explicou aos repórteres que isso é um processo "separado e distinto da assistência de segurança que fornecemos regularmente agora", e tem como objetivo ajudar a Ucrânia a "estabelecer um exército de longo prazo que possa atuar como um elemento dissuasor". Desde que os conflitos com a Rússia se intensificaram em fevereiro de 2022, os Estados Unidos e seus aliados já forneceram mais de US$ 100 bilhões em armas, equipamentos e munições para a Ucrânia, embora afirmem não ser parte do conflito. Moscou alertou o Ocidente que tais entregas são alvos legítimos para o exército russo e que correm o risco de transformá-los em efetivos combatentes.As "garantias de segurança" do G7 seriam o prêmio de consolação da Ucrânia por não ter recebido um convite para ingressar na NATO, algo que Zelensky expressou repetidamente sua decepção. O ministro da Defesa, Aleksey Reznikov, afirmou na época que gostaria de conhecer "detalhes e preços" da proposta antes de avaliar seus méritos.De acordo com Miller, as conversas entre os EUA e a Ucrânia, que ocorrerão ainda esta semana, têm como objetivo abordar os detalhes dos "compromissos de segurança". O porta-voz do Departamento de Estado especificou que as conversações serão realizadas "virtualmente, no nível do secretário assistente adjunto". Ele também observou que Victoria Nuland, anteriormente secretária assistente encarregada do Bureau de Assuntos Europeus e Eurasiáticos, não estaria envolvida, pois foi promovida na semana passada para secretária-adjunta em exercício.Nuland desempenhou um papel importante no golpe apoiado pelos EUA em Kiev, em 2014, que levou nacionalistas ucranianos ao poder e desencadeou o conflito atual. Em maio, ela revelou os planos dos EUA de iniciar discussões sobre o "futuro de longo prazo" da Ucrânia simultaneamente à ofensiva militar de Kiev, que Washington ajudou a planejar "por cerca de 4-5 meses".