Lindbergh Farias: 'queda da Selic é insuficiente, e pressão contra o Banco Central deve aumentar'

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De acordo com o deputado, a queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros está muito longe do que o País precisa para que a gente acelere o crescimento econômico

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247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder da maioria na Câmara e vice-líder do governo Lula no Congresso, reforçou nesta quinta-feira (3) a necessidade de aliados do governo Lula e integrantes de setores progressistas da sociedade continuarem com mobilizações, e pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) a baixar ainda mais a Selic, taxa básica de juros. O órgão ligado ao Banco Central anunciou nessa quarta (2) a redução de 0,5 ponto percentual - vai cair de 13,75% para 13,25% ao ano."Foi uma conquista parcial, a votação foi por cinco a quatro, mas ainda está muito longe do que o País precisa para que a gente acelere o crescimento econômico", disse Lindbergh. "A gente tem que continuar a nossa mobilização, essa mobilização que a gente fez foi muito importante, abaixo-assinado, tudo isso ganhou uma onda de pressão, e eu acho que a gente tem que continuar nesse caminho", disse em entrevista ao Jornal PT Brasil, da TvPT."Veja bem, a gente está com taxa de juros reais de mais de dez por cento, porque a Selic estava em treze ponto setenta e cinco, e a inflação, no acumulado de doze meses, está em três ponto dezesseis. A taxa de juros real continua acima de dez por cento. É muito alto", complementou.O parlamentar citou o presidente Lula, que iniciou o movimento pela queda da Selic logo após tomar posse. "O presidente Lula foi o que mais acertou desde o começo, batendo nessa taxa de juros, mas nós ainda temos, hoje, a maior taxa de juros do mundo, mais de dez por cento. Para vocês terem uma ideia, o segundo país que mais tem taxa de juros reais do mundo é o México, com quatro por cento. A maior parte dos países está com juros negativos. Então, isso ainda é uma política monetária muito contracionista e vai continuar segurando a economia", disse o parlamentar.A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também cobrou do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mais reduções da taxa básica de juros. A parlamentar afirmou que o dirigente continua "sabotando o desenvolvimento do País".