Arma 9 mm usada para matar PM da Rota foi liberada no governo Bolsonaro

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Morte do policial motivou uma operação de vingança da PM de São Paulo, que já matou 16 pessoas no litoral

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247 - A morte do policial militar Patrick Reis, ocorrida na semana passada no Guarujá, no litoral paulista, trouxe à tona questões sobre o uso de armamento calibre 9 mm. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a pistola, encontrada após uma denúncia anônima de moradores, é semelhante às que foram liberadas para venda em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).A venda do armamento calibre 9 mm havia sido autorizada por decreto assinado por Bolsonaro em janeiro de 2019, permitindo seu uso tanto para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) quanto para defesa pessoal. Antes disso, esse tipo de arma era considerado de uso restrito pelas forças de segurança.Segundo informações da Polícia Federal, o calibre 9 mm ganhou popularidade no país após o decreto, e estima-se que cerca de 500 mil unidades dessa arma tenham sido importadas nos últimos quatro anos.Chacina - A morte do policial militar motivou uma operação de vingança da PM de São Paulo. A ‘Operação Escudo’ resultou na morte de pelo menos 16 pessoas durante as incursões e abordagens policiais na Baixada Santista, além de relatos de agressões e tortura por parte da população.O pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Roberto Uchôa, destaca que a liberação de armas nos últimos anos reflete no aumento do mercado ilegal de armas e nas apreensões realizadas. Ele aponta que muitas armas não foram recadastradas após a expansão do acesso ao registro de armas no país, indicando um descontrole no fluxo dessas armas.