“Não vejo maldade em cotar”, diz Bolsonaro sobre Mauro Cid ter tentado negociar Rolex por R$ 300 mil
Ex-presidente afirmou que "é natural que alguém queira verificar o valor de um objeto na internet"
247 - Nesta segunda-feira (7), o ex-presidente Jair Bolsonaro comentou a revelação de que o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, negociou a venda de um relógio da marca Rolex, recebido durante uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019, pelo valor de R$ 300 mil.Bolsonaro, que esteve em um almoço com o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, na sede da Prefeitura de São Paulo, foi questionado sobre o assunto durante o evento. O ex-presidente afirmou que "é natural que alguém queira verificar o valor de um objeto na internet". “Tudo o que o TCU me pediu foi entregue, inclusive um relógio parecido com aquele. Essa resposta do Cid tem que ver com ele e o advogado dele. Não vejo nenhuma maldade em você cotar o preço de alguma coisa, é natural”, afirmou Bolsonaro.Segundo as informações divulgadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Metrópoles, Mauro Cid trocou mensagens com uma ex-assessora do gabinete pessoal de Bolsonaro sobre a venda do Rolex. Nas mensagens, Cid mencionou que o relógio nunca havia sido usado e que pretendia vendê-lo por US$ 60 mil, equivalente a cerca de R$ 300 mil na cotação atual.Em junho de 2022, Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora interessada em comprar o Rolex. Ele respondeu informando que não possuía o certificado do relógio, pois foi um presente recebido durante uma viagem oficial. A interlocutora destacou que o mercado de rolex usados estava em baixa, especialmente para os cravejados de platina e diamante, devido ao alto valor. Ela quis confirmar se estavam alinhados antes de prosseguir com mais pesquisas.A CPI que investiga os fatos ocorridos em 8 de janeiro possui o material com as trocas de e-mails entre Mauro Cid e a interessada na compra do Rolex.O ex-presidente Bolsonaro não viu maldade na atitude de Cid ao cotar o preço do relógio, pois considerou natural alguém interessar-se pelo valor de um objeto de luxo. No entanto, a questão continua sendo objeto de discussão e investigação.