Zelensky anuncia amplo expurgo militar

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Todos os oficiais de recrutamento regionais foram demitidos e serão substituídos por veteranos de combate, disse o presidente ucraniano

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RT - O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, demitiu todos os oficiais militares regionais responsáveis ​​por sua campanha de recrutamento após uma série de escândalos de corrupção. Aqueles que não estiveram envolvidos em nenhum esquema de quid pro quo podem manter seu posto militar apenas se forem para a linha de frente.O líder ucraniano anunciou a expurgo na sexta-feira, depois de realizar uma reunião 'especial' do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, que se concentrou nos resultados de uma inspeção aos gabinetes de recrutamento militar do país.“Nossas decisões são as seguintes: estamos demitindo todos os 'comissários militares' regionais. Este sistema deve ser administrado por pessoas que sabem exatamente o que é a guerra e por que o cinismo e o suborno em tempos de guerra constituem traição”, disse Zelensky.Oferecendo um pico na escala do problema, Zelensky revelou que as autoridades ucranianas abriram 112 processos criminais contra funcionários que trabalham em centros de recrutamento territoriais, com um total de 33 suspeitos. Ele observou que os suspeitos incluíam comissários, funcionários de comissões médicas e outros funcionários em seis regiões.“Alguns pegaram dinheiro, alguns pegaram criptomoeda – essa é a única diferença. O cinismo é o mesmo em todos os lugares”, afirmou, prometendo que os culpados serão responsabilizados.Ao mesmo tempo, continuou Zelensky, se oficiais inocentes “querem manter suas marcas de ombro e provar sua dignidade, eles devem ir para a frente de guerra”.Segundo o dirigente ucraniano, os efetivos despedidos serão substituídos por veteranos de combate ou inaptos para a ação militar devido a lesões incapacitantes, mas que ainda assim “mantiveram a sua dignidade”, por se tratarem de pessoas que “não têm cinismo” e “podem ser confiado a este sistema de recrutamento”.O anúncio ocorre depois que as autoridades de Kiev expuseram um grande esquema de conspiração, que supostamente permitiu que recrutas ucranianos comprassem atestados médicos fraudulentos para evitar o recrutamento. Outro escândalo envolveu Evgeny Borisov, um ex-oficial sênior de recrutamento na região de Odessa, que foi preso pela polícia ucraniana após ser acusado de enriquecimento ilícito.Os meios de comunicação ucranianos também relataram que, depois que Kiev anunciou uma mobilização geral em fevereiro de 2022, membros da família de Borisov compraram uma villa na Espanha e outros itens de luxo no valor de vários milhões de dólares.