Há muita pressão para que o Brasil não explore os seus recursos naturais, diz Fernando Horta
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Em entrevista à TV 247, historiador abordou divisões na Cúpula da Amazônia e a violência policial no Brasil
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247 – Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o historiador Fernando Horta falou sobre a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, onde, segundo ele, uma clara divisão entre "santuaristas" e "desenvolvimentistas" ficou evidente. De um lado, aqueles que veem a Amazônia como um santuário ambiental, e do outro, os defensores da exploração dos recursos naturais, especialmente do petróleo. Horta ressaltou que essa divisão reflete uma tensão profunda entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico, que muitas vezes coloca o Brasil em uma encruzilhada complexa.O historiador fez questão de ressaltar a pressão externa que o Brasil enfrenta para não explorar seus recursos naturais. Ele afirmou que há interesses internacionais que buscam limitar a exploração desses recursos, em nome da preservação ambiental global. Para Horta, essa pressão não é apenas uma preocupação legítima, mas também deve ser vista à luz dos interesses geopolíticos e econômicos que moldam essas dinâmicas. "Há muita pressão para que o Brasil não explore os seus recursos naturais", disse ele.Necropolítica – Fernando Horta também abordou a questão da violência policial no Brasil, uma realidade que tem gerado protestos e debates em todo o país. Ele destacou que a necropolítica, termo que descreve como as elites decidem quem vive e quem morre, é uma realidade vigente no Brasil. Afirmou que a existência de um sistema em que as polícias militares não se submetem à autoridade dos governadores estaduais afeta diretamente a qualidade da democracia brasileira. Para ele, enquanto esse sistema persistir, a democracia do país permanecerá de baixa qualidade.Em relação ao racismo, Horta enfatizou a presença do preconceito no Sul do país, apontando para as palavras do governador Romeu Zema como um exemplo. Ele expressou preocupação de que essas visões segregacionistas possam contribuir para um Brasil fragmentado, onde a busca por um futuro "melhor" possa estar baseada em concepções de exclusão racial. Assista: