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Август
2023

Devo chamá-los de corruptos ou de muambeiros?

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O fato é que o Brasil foi governado por marginais e muambeiros
“Muambeiro”: substantivo masculino - indivíduo que, por profissão ou para equilibrar suas finanças, se dedica ao comércio de bens, contrabandeados ou não, sem pagar impostosOs tempos estão de fato estranhos. Um conhecido ofendeu-se quando perguntei a ele: “E aí? Tudo joia?”, um outro, esse um colega querido, me bloqueou no WhatsApp logo depois de eu responder uma pergunta dele com um emoji, um daqueles ideogramas e smileys usados em mensagens eletrônicas, usei um sinal de positivo, atualmente conhecido como “joinha”.Esses dois fatos aconteceram na sexta-feira, eles me pegaram de surpresa, me coloquei ensimesmado por toda a tarde no escritório, me despedi do pessoal e, a caminho de casa, liguei o rádio do carro e naquele instante ouvi na CNN o Rodrigo Bocardi comentar a venda das joias nos EUA pelos bolsonaretes Cid Sênior e Cid Junior e a recompra apressada pelo advogado de capelli arruffati, numa operação de envergonhar as Organizações Tabajara. Eureka! Eis a razão das reações e da ira dos meus conhecidos, ambos eleitores do muambeiro-cappo, as joias roubadas por bolsonaro.Eles, devotos de pneus e muros, crentes de que “em 72 horas” tudo se resolveria, que Lula não subiria a rampa, que havia um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, e que Agnetha Faltskog e Lady Gaga são juízas de cortes internacionais, estavam muito irritados... A verdade é dolorida.Precisei parar o carro de tanto que eu rir.Chegando em casa liguei para os meus colegas ofendidos com o meu: “tudo joia” e como o emoji do “joinha” que enviei. Mas eles estavam bravinhos, histéricos mesmo, deixei que falassem bastante; o mais alucinado gritava do outro lado da linha: “e o Lula?” “e o PT?”.Fato é que Bolsonaro já passou para a História como aquele que fugiu de seus compromissos na presidência, levando consigo objetos que a ele não pertenciam para vender noutro país, tudo sem pagar impostos, ou seja, da presidência da república para a chefia de uma organização internacional de muambeiros. Muambeiro é sinônimo de trapaceiro, velhaco e contrabandista, esses substantivos podem ser usados se o leitor achar que “muambeiro” é forte demais, contudo, qualquer das palavras escolhidas diz respeito àquele que comercializa alguma coisa sem pagar impostos por isso; aquele que produz ou desenvolve muamba, mercadoria contrabandeada; ao sujeito que se dedica ao comércio de algo, por contrabando, ou não, que faz trapaças ou age de modo enganar outra pessoa; trapaceiro.É nisso que o ex-presidente, alguém que obteve mais 49% dos votos válidos nas últimas eleições, se transformou, num muambeiro. Bolsonaro já estava enrolado com outra história de muamba, as tais “joias da Dona Michele”, fato que veio à tona no começo desse ano. Lembra? E Bolsonaro teria incorporado um outro estojo de joias dadas pelo governo da Arábia Saudita ao seu acervo pessoal, o que é ilegal; fato incontroverso, pois, ele confessou.Esses dois fatos indicam que o incivilizado cometeu, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, tudo sobre diligente coordenação de Cid Junior; e não me venham com desculpas esfarrapadas, pois, como bons muambeiros, tentaram evitar o trâmite legal da Receita Federal.Bolsonaro, que deveria fazer turismo nas ditaduras e autocracias de extrema-direita que ele tanto aprecia, tem preferido passear pelo Código Penal.O fato é que a Polícia Federal trabalha para reunir provas do esquema de desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro; a PF entende que a conduta está diretamente ligada ao uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens e sustenta que ao desvio dos presentes seguiu-se um movimento de ocultação da origem, da localização e da propriedade dos valores provenientes da negociação.Será que já podemos chamar o incivilizado de corrupto? A hipótese levantada pela PF estabelece que, entre 2019 e o fim de 2022, Bolsonaro, Mauro Cid, Marcelo Costa Câmara, Crivelatti, Marcelo da Silva Vieira (então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência) e outros marginais se uniram com o objetivo de desviar, em proveito de Bolsonaro, presentes recebidos em caráter oficial e entregues por autoridades estrangeiras. A PF menciona pelo menos quatro conjuntos de alto valor.Bem, após serem apropriados pelo então presidente, os itens foram transportados, de forma oculta, para os Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022, data da fuga, em um avião presidencial. Depois, foram levados a lojas especializadas na Flórida, em Nova York e na Pensilvânia, para serem avaliados e vendidos. Na sequência, indicam os investigadores, os mesmos personagens se uniram em 2023, nos Estados Unidos, para esconder a origem, a localização e a propriedade dos recursos financeiros decorrentes da venda dos bens desviados do acervo público brasileiro.O fato é que o Brasil foi governado por marginais e muambeiros. Mas não se pode sequer alegar surpresa tendo em vista: o histórico de aliança dos bolsonaros com a milicia; as rachadinhas; o uso dinheiro público para manter uma empregada doméstica na casa de praia; o uso do auxílio-moradia para “comer gente”; matar carpas para roubar moedas do lago do Alvorada; os esquemas de corrupção nos ministérios da saúde, educação, economia e justiça; uso de cartão corporativo para fazer campanha eleitoral, pagar pelas motociatas, comprar sorvete e marmitas, etc e tal. Mas eu ficaria decepcionado se Bolsonaro fosse preso apenas por causa das joias e dos presentes. Esse senhor precisa ser preso pelos crimes que cometeu durante a pandemia, pelos crimes eleitorais e pela tentativa de golpe de Estado. Essas são as reflexões.










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