'Parcelamento sem juros é muito importante para a economia', diz Campos Neto
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Presidente do Banco Central havia expressado desejo de impor uma tarifa para inibir compras parceladas sem juros no cartão de crédito e tomou puxão de orelha
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247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (15) que a função de compra no crédito parcelada sem juros é um aspecto importante da economia nacional e destacou a necessidade de encontrar um equilíbrio na situação diante dos problemas que ela também causa."Se você simplesmente limita os juros do cartão, você tem um risco de ter os bancos retirando os cartões de circulação. Por outro lado, a função do parcelado sem juros é muito importante para a economia e para o consumo, então precisa achar uma equação que reequilibre", afirmou o chefe da autoridade monetária, conforme citado pela Folha de S. Paulo."Porque o problema é que, se nada for feito, pode afetar a existência do produto. Não fazer nada pode ser muito ruim nesse nível, nesse estágio que estamos. Vou me limitar a falar isso, porque a gente está discutindo as soluções ainda", prosseguiu.As declarações vêm após Campos Neto relatar ter tomado um "puxão de orelha" diante de sua defesa, expressada na semana passada, do fim do sistema de crédito rotativo. De acordo com sua visão, seria mais vantajoso direcionar o crédito diretamente para modalidades de parcelamento, as quais têm uma taxa de cerca de 9%. No mês de junho, as taxas do crédito rotativo atingiram o patamar alarmante de 437,25%. Ele também afirmou que o BC estuda criar uma "tarifa" para inibir a compra no crédito em uma quantidade elevada de parcelas. Campos Neto relata ter tomado "puxão de orelha" após propor o fim das compras parceladas sem jurosA proposta do regulador tem sido interpretada como privilegiando os interesses dos grandes bancos, em detrimento das complexidades presentes em toda a cadeia e dos possíveis impactos nas práticas de consumo.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem buscado negociar uma redução dessas taxas com as instituições bancárias desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, contudo, até o momento, os resultados têm sido limitados.