José Múcio isenta os militares e diz que uma GLO teria evitado o 8 de janeiro
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Ministro da Defesa afirma que os ataques à Praça dos Três Poderes foram realizados por baderneiros, fechando os olhos para a participação dos militares nos acampamentos
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247 - O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, declarou nesta quarta-feira (16) que as Forças Armadas teriam sido capazes de prevenir os protestos golpistas que ocorreram em 8 de janeiro. Ele destacou a ausência de ação por parte da polícia do Distrito Federal e defendeu a implementação da Garantia de Lei e da Ordem (GLO).Durante uma entrevista aos colunistas Carla Araújo e Josias de Souza no UOL Entrevista, o ministro caracterizou os acontecimentos de janeiro como um episódio envolvendo "indivíduos baderneiros, financiados por elementos irresponsáveis e sem liderança". Ele afirmou que a repressão se mostrou necessária naquela situação.O ministro ressaltou a falta de presença policial nas ruas e a ausência de uma resposta decisiva. Ele mencionou a necessidade de uma repressão eficaz naquele dia, que poderia ter sido executada pelas Forças Armadas, Marinha, Aeronáutica ou pela Polícia do Distrito Federal. Acredita que, se houvesse intervenção nesse sentido, os eventos teriam sido evitados.Múcio também assegurou que o Exército desempenha sua função de servir à nação e não teria intenção alguma de promover um golpe de estado. O ministro enfatizou na entrevista que, dadas as circunstâncias, teria sido facilmente possível unir-se ao público que já estava envolvido na invasão dos prédios públicos em Brasília.Ao abordar a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o ministro revelou que o comandante do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, entrou em contato com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, para obter informações sobre o status das investigações relacionadas ao tenente. Múcio mencionou uma conversa entre os dois e destacou a amizade de longa data entre eles.Múcio também destacou seus esforços para fortalecer a confiança da primeira-dama do Brasil nas Forças Armadas, uma vez que a segurança de Janja está atualmente a cargo da Polícia Federal, resultando em uma gestão dupla na segurança do casal.O ministro também confirmou a presença do hacker Walter Delgatti Neto no edifício do Ministério durante o governo de Jair Bolsonaro. Ele expressou a necessidade de investigar com quem Delgatti esteve em contato durante sua visita ao local. Múcio afirmou que, caso as conversas fossem comprometedoras ou indicassem atividades ilegais, as pessoas envolvidas seriam afastadas e a Polícia Federal conduziria a investigação.