Após prisão da cúpula da PMDF, CPI pedirá prorrogação de 90 dias

Segundo o presidente da comissão, deputado Chico Vigilante, novos desdobramentos justificam mais prazo para a investigação legislativa sobre 8 de janeiro
247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada a investigar os Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) está buscando uma extensão de prazo para aprofundar suas investigações sobre o ataque golpista ocorrido em 8 de janeiro. Os membros da CPI estão solicitando uma prorrogação de 90 dias para o período de investigação.O presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT), tomou a decisão de fazer essa solicitação após a divulgação dos planos para a explosão do viaduto na Rodoviária de Brasília. Na sexta-feira (18/8), o relator da CPI, deputado Hermeto (MDB), considerou ainda mais necessário estender o prazo de investigação após o início da operação Incúria. A proposta de prorrogação da CPI será submetida à presidência da CLDF, e Chico Vigilante espera que seja aprovada na semana seguinte. "Sempre mantive que a maioria dos membros da PMDF atua de maneira correta, porém houve participação em relação aos eventos do dia 8. Além disso, acredito que possa haver envolvimento de mais oficiais", comentou Vigilante, segundo o site Metrópoles.A operação Incúria resultou na detenção e suspensão das funções da alta cúpula da Polícia Militar (PMDF). A Polícia Federal prendeu o atual comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante Fábio Augusto Vieira, e mais três oficiais. Os mandados de prisão executados pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foram emitidos pelo relator do Inquérito nº 4.923 no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes. A PGR apresentou denúncia contra sete policiais militares ao STF, acusando-os de crimes omissivos impróprios, devido à sua falta de ação conforme o esperado em sua qualidade de representantes do Estado.Tanto o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto quanto o major Flávio Silvestre de Alencar já se encontravam sob custódia. Com isso, todos os acusados estão atualmente detidos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou que o coronel Adão Teixeira de Macedo assumirá o comando-geral da PMDF.