BRICS deve superar exploração global rumo a futuro mais igualitário, diz empresário brasileiro
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Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aposta nos países dos BRICS para fazer a tão esperada reviravolta do segmento brasileiro
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Sputnik - Confederação Nacional das Indústrias (CNI) aposta nos países dos BRICS para fazer a tão esperada reviravolta do segmento brasileiro. Reunido no Fórum Empresarial dos BRICS, empresariado brasileiro se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 15ª Cúpula dos BRICS em Joanesburgo.Nesta terça-feira (22), a 15ª Cúpula dos BRICS foi dominada por eventos dedicados ao setor privado e à promoção da cooperação comercial e econômica entre os membros. O encerramento da reunião do Fórum Empresarial dos BRICS contou com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e da presidente do Banco dos BRICS, Dilma Rousseff.A delegação empresarial brasileira contou com cerca de 26 empresários de setores como o agropecuário, de engenharia, máquinas e equipamentos, aéreo, e representantes de organizações de classe, como a Confederação Nacional das Indústria (CNI).AgronegócioApesar dos esforços dos demais setores, a agroindústria segue como o carro chefe das exportações brasileiras para os países membros dos BRICS. Em entrevista à Sputnik Brasil, o representante da BRF no Fórum Empresarial, Bruno Faria, apontou para a relevância da segurança alimentar dos países dos BRICS."Sempre tratamos do tema da segurança alimentar com os países dos BRICS, isto é, da necessidade de garantir que os países terão alimentos disponíveis para as suas populações", disse Faria à Sputnik Brasil. "Esse diálogo é fundamental quando estamos acompanhados de grandes produtores e consumidores agrícolas, como China, Rússia e Índia."Uma das principais produtoras de proteína animal do mundo, a BRF já fornece ampla gama de produtos para os países dos BRICS. Segundo Faria, no entanto, ainda há espaço para ampliação."A China é decididamente o nosso principal cliente, a África do Sul importa proteína animal do Brasil, mas existem tarifas", disse Faria. "A Rússia um mercado grande, importante para a proteína animal brasileira, [...] mas bastante regulado. A BRF está sempre disposta a fornecer e acordar os preços para garantir esse fornecimento."O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, concorda, e diz que o setor manteve sua cooperação com a Rússia, apesar das sanções ocidentais impostas contra Moscou."Nós conseguimos manter o nosso negócio com a Rússia, a nossa parceria, especialmente na exportação de carne de aves, é importante para a economia e para a população russa, uma vez que garante o controle da inflação", disse Santin à Sputnik Brasil. "Não tivemos dificuldades e […] continuamos a ser parceiros da Rússia, vender carne de frango e comprar fertilizantes."Para ele, os países dos BRICS têm a capacidade de, conjuntamente, garantir autonomia suficiente para inaugurar nova correlação de forças internacional na área econômica."Podemos, juntos, prover alimentos […] de maneira sustentável, fazendo uma transição justa desse modelo antigo, onde havia exploração para outro, no qual poderemos dar para o nosso povo dignidade e equidade", concluiu o presidente da ABPA.Nesta terça-feira (22), a cidade sul-africana de Joanesburgo recebeu o Fórum Empresarial dos BRICS, com participação de delegação brasileira, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro-ministro Narendra Modi, presidente da África do Sul, Cyrill Ramaphosa, da presidente Dilma Rousseff, dentre outros altos representantes.