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2023

50 anos do golpe no Chile: os 1001 dias da Unidade Popular

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Salvador Allende tentou a via pacífica para o socialismo, mas enfrentou oposição ferrenha, sabotagem da CIA e falta de apoio de seu próprio partido

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Por Javier M. González e Gabriela Máximo, para o jornal Nova Tribuna, da Espanha - Com quatro horas de ataques terrestres e aéreos, o golpe militar de 11 de setembro de 1973 encerrou o plano de mudança mais ambicioso na história do Chile. Nos 1001 dias que antecederam o golpe, o presidente Salvador Allende, à frente da coalizão da Unidade Popular, tentou algo inédito no mundo: implementar o socialismo de maneira pacífica e dentro das regras institucionais, conhecido como o caminho chileno para o socialismo. O objetivo do governo eleito em 1970 era encerrar o sistema capitalista, substituindo-o por uma economia planejada, em grande parte estatizada, criando uma nova estrutura baseada na justiça social. Uma revolução sem armas e pelo voto, ao contrário de outras próximas, como Cuba, ou distantes, como Europa e Ásia.O projeto chileno enfrentou enormes dificuldades desde o início e nunca conseguiu superar os obstáculos impostos pela oposição, por grupos empresariais, pela maioria dos militares essencialmente antimarxistas e pela forte interferência dos Estados Unidos, que não aceitavam uma nova Cuba no continente. Também não conseguiu resolver as inúmeras divisões internas da própria Unidade Popular.Já nos primeiros meses de governo, Allende tentou implementar o programa socializante: estatizou a grande mineração do cobre, expandiu a reforma agrária que havia sido iniciada pelo governo anterior de Eduardo Frei, estatizou parte do sistema financeiro, bem como grandes empresas e monopólios de distribuição e a maioria das grandes indústrias do país. Substituiu os mecanismos de mercado pelo controle de preços. Na área da saúde, melhorou o equipamento dos hospitais e estabeleceu, por exemplo, um programa de distribuição diária de meio litro de leite para cada criança. Esse socialismo à chilena, definido por Allende como a revolução com sabor de empanada e vinho tinto, deveria conviver com regras democráticas básicas, como voto popular, existência de partidos de oposição e imprensa livre, algo impensável no cenário marxista da época."O Chile é hoje a primeira nação da Terra chamada a moldar o segundo modelo de transição para a sociedade socialista (...) Não existem experiências anteriores que possamos usar como modelo; temos que desenvolver a teoria e a prática de novas formas de organização social, política e econômica, tanto para romper com o subdesenvolvimento quanto para criar o socialismo", resumiu Allende.Salvador Allende e seu gabinete ministerial em 1970(Photo: CC BY-SA 3.0 cl)CC BY-SA 3.0 clO contexto mundial estava imerso na plena Guerra Fria. Na América Latina, vivia-se um momento de grande efervescência revolucionária, sob o auspício e inspiração de Cuba. Na Argentina, a penúltima ditadura entrava em sua fase final, o general Perón estava prestes a retomar o poder, e grupos guerrilheiros como os Montoneros (peronistas) e o Exército Revolucionário do Povo (trotskistas) estavam em pleno auge. No Uruguai, os Tupamaros ainda não haviam sido derrotados. Na Bolívia, o general de esquerda Juan José Torres chegava ao poder, e fazia pouco tempo que o Che Guevara havia morrido nas selvas de Ñancahuzú, no sudeste do país. No Peru, outro general de esquerda, Juan Velasco Alvarado, também estava no poder. No Brasil, os militares haviam tomado o poder em 1964, e a violenta repressão aos grupos guerrilheiros estava em seu auge. No Paraguai, o governo militar de Alfredo Stroessner pesava sobre o país desde 1954.Allende chegou ao poder apoiado por uma coalizão que incluía o Partido Socialista, o Partido Comunista, o Partido Radical, o MAPU (Movimento de Ação Popular Unitária, que havia se separado da Democracia Cristã em 1969) e um grupo de independentes reunidos no Ação Popular Independente (API). Mais tarde, a Esquerda Cristã (IC), outra cisão à esquerda da democracia cristã, também se juntaria. Ele também contava com o apoio externo e crítico do MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária), guevarista e defensor da insurreição popular.O PS e o PC eram os grupos majoritários. O socialismo foi uma força política importante no Chile no século XX. Chegou até mesmo a ser proclamada uma "República Socialista do Chile" em 1932, que durou apenas 132 dias, entre 4 de junho e 13 de setembro. O PC, desde sua fundação em 1922 por Luis Emilio Recabarren, também desempenhou um papel importante na história do país, mesmo passando por períodos de ilegalização.O projeto socialista da Unidade Popular enfrentou desafios enormes, começando por um apoio insuficiente por parte dos chilenos para um plano tão ambicioso. Nas eleições de 1970, Allende obteve 36,6% dos votos - apenas 40.000 votos de diferença para seu principal rival, o ex-presidente de direita Arturo Alessandri. De acordo com as regras em vigor, se nenhum dos candidatos alcançasse a maioria absoluta, a decisão ficaria nas mãos do Congresso, que escolheria entre os dois mais votados. A Unidade Popular saiu vitoriosa graças ao apoio da Democracia Cristã (PDC), que condicionou seus votos a um acordo político que envolvia uma reforma constitucional e um Estatuto de Garantias Democráticas. Parte do PDC e do PS se opunham a qualquer acordo, por razões naturalmente opostas. Allende assumiu o governo sem maioria parlamentar, e os democrata-cristãos, apesar de terem sido decisivos para a ascensão dos socialistas ao poder, logo passaram a exercer uma dura oposição.SABOTAGEM DA CIA - Em 1999, a divulgação de documentos da CIA confirmou a intensa atividade ilegal dos serviços secretos dos Estados Unidos para desestabilizar o governo de Allende. A primeira ação encoberta americana foi o assassinato do então chefe do Exército, o general René Schneider, com o fracassado objetivo de instaurar o caos e impedir a posse de Allende. Posteriormente, financiou grupos terroristas de extrema direita como o Patria y Libertad e deu apoio direto ao golpe militar de 1973 e à ditadura que se seguiu.No campo econômico, entre 1970 e 1973, o governo de Richard Nixon ordenou a suspensão de empréstimos ao Chile e buscou sabotar a economia chilena ao artificialmente derrubar o preço do cobre - principal produto de exportação do país - no mercado mundial. Além disso, patrocinou grandes paralisações de caminhoneiros e indústrias que afundaram o país no caos.O labirinto político em que Allende precisava se mover tinha como agravante forte a falta de apoio de setores da própria Unidade Popular. Em janeiro de 1970, quando o Comitê Executivo do Partido Socialista votou na candidatura presidencial, Allende obteve 13 votos, mas houve 14 abstenções. Sua posição dentro do PS era minoritária e ele teve que aceitar que as decisões seriam adotadas por unanimidade dos partidos que compunham a UP, o que obviamente se tornou um obstáculo para tomar qualquer medida. Com um agravante, o secretário-geral do PS, Carlos Altamirano, agia mais como um adversário do que como parte do governo. Os socialistas se opuseram, por exemplo, a qualquer tentativa de diálogo com a democracia cristã, defendida por Allende como forma de viabilizar politicamente seu mandato enfraquecido.Três anos antes da eleição, o PS aprovou em seu congresso um documento que ia contra o que Allende defendia: "A violência revolucionária é inevitável e legítima (...). Apenas destruindo o aparato burocrático e militar do partido burguês pode a Revolução socialista se consolidar". Em seu segundo ano de governo, o presidente confrontou essa posição no Pleno Nacional do PS: "Não é na destruição, na quebra violenta do aparato estatal, o caminho que a Revolução chilena tem pela frente".Allende teve que equilibrar entre aqueles que queriam a ruptura e aqueles que exigiam prudência, como o Partido Comunista e o setor moderado do MAPU. "Avançar sem transigir (negociar)", diziam os radicais; "negociar para avançar", sustentava o PC.PRIMEIRAS MEDIDAS DE GOVERNO - No início de 1971, o governo enviou ao Congresso o projeto de emenda constitucional que permitiria a nacionalização do cobre, uma de suas principais promessas de campanha. Foi aprovado por unanimidade. As três grandes minas do país - Chuquicamata, El Salvador e El Teniente - e três menores foram nacionalizadas. Para o cálculo das indenizações, o governo incluiu o conceito de "lucros excessivos", que estimava que as empresas haviam obtido lucros muito superiores aos que obtinham em outras partes do mundo. Portanto, as três grandes não receberam nada e as outras, um valor pequeno.O programa da UP contemplava a nacionalização ou estatização de 91 empresas monopolistas e estratégicas. Mas o governo encontrou forte oposição para isso, ao contrário do que aconteceu com o cobre. Como não tinha maioria no Congresso, recorreu ao que ficou conhecido como "brechas legais" - um decreto da efêmera república socialista de 1932, que nunca havia sido revogado, permitia ao Estado confiscar empresas alegando motivos de eficiência econômica ou situações de emergência.Paralelamente, houve um movimento de ocupação de todos os tipos de empresas pelos trabalhadores, pedindo sua expropriação, aumentando ainda mais a tensão. Os resultados econômicos no primeiro ano de governo de Allende foram positivos: a participação dos trabalhadores na renda nacional passou de 52,8% em 1970 para 61,7% em 1971. A economia cresceu 8,9%, a inflação caiu para 28,2% e o desemprego caiu para 3,8%, historicamente baixo. Os salários, a produção industrial e o emprego aumentaram e, consequentemente, o consumo. Os gastos públicos aumentaram significativamente, criando uma sensação de bem-estar na população.No entanto, essa bonança não durou muito. Em 1971, com o aumento da inflação, houve falta de recursos para cobrir os gastos sociais. O déficit fiscal foi de 14% em 1972 e de 10% em 1973. As restrições financeiras impostas pelos EUA e a queda do preço internacional do cobre agravaram consideravelmente a crise. Houve um grave desabastecimento de alimentos e produtos básicos, ondas de greves e forte tensão política.A política fiscal expansionista foi financiada por emissão monetária e aumento do déficit público, o que causou uma inflação reprimida altamente explosiva. O aumento do consumo provocou um aumento brutal das importações, prejudicando gravemente as reservas do país. Em 1973, a inflação chegou a 606,1%, sem reservas e sem acesso a crédito internacional. A imagem do governo da Unidade Popular associada ao caos, inflação, mercado negro e desabastecimento foi se instalando, alimentada pela oposição de direita.Em dezembro de 1971, a oposição organizou a "Marcha das Panelas Vazias", em protesto contra a escassez de alimentos, sendo o primeiro grande ato contra o governo de Allende. O governo reagiu decretando estado de emergência.Nesse momento, o presidente de Cuba, Fidel Castro, fazia uma longa visita ao Chile (ver quadro). Para o cubano, que já havia feito críticas à "via chilena para o socialismo", a reação de Allende foi branda. Ele sugeriu mão dura ao presidente. Em sua opinião, a possibilidade de haver mortos ou feridos não deveria ser um freio à repressão, "já que o confronto é o verdadeiro caminho para a Revolução". Através de um emissário, Allende respondeu: "Diga a Fidel, gentilmente, que aqui no Chile, quem resolve essas coisas sou eu, de acordo com o meu conhecimento e entendimento".No entanto, o momento mais crítico ainda estava por vir. Em 9 de outubro de 1972, o país amanheceu paralisado por uma greve de caminhoneiros. A greve durou 28 dias, até 5 de novembro. O gatilho foi o rumor de que o governo iria criar uma empresa estatal de transporte na região de Aysén. O movimento se espalhou por todo o Chile, impulsionado por sindicatos patronais, como a Confederação Nacional de Proprietários de Caminhões, presidida por León Vilarín, que fazia parte do grupo ultradireitista Patria y Libertad.Salvador Allende assina o decreto promulgatório da reforma constitucional que dá início à nacionalização do cobre.(Photo: Wikimedia Commons/Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Chile license)Wikimedia Commons/Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Chile licenseOs trabalhadores rodoviários foram acompanhados por outros sindicatos industriais e de serviços, como proprietários de táxis, comércio, etc., com o apoio dos partidos de oposição. Nesse ponto, o Partido Democrata Cristão havia se unido ao Partido Nacional de orientação de direita em seu apoio à greve geral. Em poucos dias, o país estava praticamente paralisado, com quase total falta de abastecimento de produtos básicos. Em 1974, o jornal The New York Times reportaria, com base em fontes não reveladas, que a CIA destinou mais de 8 milhões de dólares para greves e outras atividades opositoras no Chile entre 1972 e 1973.Alfredo Sepúlveda, autor de "A Unidade Popular, os mil dias de Salvador Allende e o caminho chileno para o socialismo", afirma que a Unidade Popular não calculou a importância de ter a classe média ao seu lado: "A UP não percebeu que as ocupações ilegais afastavam uma boa parte da classe média, que deveria ter sido seu apoio. Um quarto das propriedades que acabaram expropriadas não tinham o tamanho mínimo estipulado pela Reforma Agrária. Ou seja, estamos falando de pequenos agricultores que viam isso como um roubo (...) A escassez também não foi dimensionada, talvez porque as filas para comprar alimentos básicos fossem comuns na pobreza chilena, mas não eram comuns para a classe média. Eu acredito que, no fundo, eles subestimaram a classe média, porque a consideravam muito menor do que realmente era".DESAGASTE E DESFECHO - O ano de 1973, o ano do golpe, começa com eleições parlamentares em que a Unidade Popular (UP) obteve 43% dos votos; a CODE (Confederação da Democracia), composta pelo PDC, pelo Partido Nacional e outros grupos de direita, conquistou 56%. Bons resultados para a oposição, porém insuficientes para alcançar os 2/3 necessários para impulsionar um processo de impeachment constitucional contra Allende, consolidando assim a opção golpista.Os eventos daquele ano de 1973 se desenrolam a um ritmo vertiginoso. Em abril, ocorre uma greve na mina El Teniente, que durou 70 dias e se tornou o maior conflito trabalhista da UP. Em 29 de junho, ocorre uma primeira tentativa fracassada de golpe militar conhecida como "El Tanquetazo". Em 11 de julho, Patricio Aylwin pronuncia um discurso intitulado "Ainda é tempo", no qual afirma que "a maioria dos chilenos perdeu a fé na solução democrática para a crise que o Chile vive". Em 17 de agosto, acontece a última reunião entre Aylwin e Allende, na casa do cardeal Silva Enríquez, na qual o democrata-cristão exige que o presidente escolha: "Você não pode estar ao mesmo tempo com Altamirano (o secretário-geral radicalizado do PS) e com a Marinha, não pode estar bem com o MIR e pretender estar bem conosco".Em 21 de agosto, 10 dias antes do golpe, esposas de generais manifestam-se em frente à casa do comandante-chefe do Exército, general Carlos Prats, que renuncia dois dias depois. Prats recomenda Augusto Pinochet como seu sucessor, considerando-o um general constitucionalista.E em 22 de agosto, a Câmara dos Deputados adota uma resolução que acusa o governo de não cumprir as leis e violar a Constituição. Afirma que o governo "pretende alcançar o poder total, com o propósito de submeter as pessoas a um estrito controle econômico e político do Estado, para alcançar um sistema totalitário que se opõe ao sistema representativo e democrático estabelecido pela Constituição". E termina fazendo um apelo para que o governo restaure o estado de direito. Para muitos, essa declaração foi um apelo explícito ao golpe de Estado.Diante desse estado de coisas, em 9 de setembro, o secretário-geral do PS, Carlos Altamirano, convoca a resistência, a se opor por todos os meios possíveis à ofensiva golpista, descartando qualquer possibilidade de diálogo. Seu discurso incendiário foi recebido pelos militares como uma provocação, enquanto Allende tentava acalmar a crise.Na véspera do golpe, o presidente anuncia aos seus ministros e aos chefes militares sua decisão de convocar um plebiscito para resolver a crise. Tarde demais, o golpe já estava em andamento.A DEDICATÓRIA DO CHE - Allende costumava exibir com orgulho a dedicatória que Che Guevara fez a ele em seu livro "A Guerra de Guerrilhas", presente que o revolucionário cubano-argentino deu a ele em Havana logo após o triunfo da revolução: "A Salvador Allende, que por outros meios tenta alcançar o mesmo. Com afeto, Che". O guerrilheiro não teve tempo de presenciar a ascensão dos socialistas ao poder no Chile, pois foi assassinado na Bolívia três anos antes, em 1967. No entanto, sua dedicação continuaria ressoando por décadas nas análises que tentavam compreender a experiência da Unidade Popular no Chile.O intelectual marxista norte-americano Paul Sweezy, co-fundador da Monthly Review, escreveu dias após o golpe de 1973: "A tragédia chilena confirma (...) que não há caminho pacífico para o socialismo". Seu artigo, intitulado "Chile: a questão do poder", começava com uma citação de Saint Just, que em 1794 escreveu: "Aquele que realiza uma revolução apenas pela metade está cavando sua própria sepultura." Sweezy, por sua vez, acrescentou: "Aqueles comprometidos com a não-violência fariam bem em admitir que não são revolucionários e deveriam limitar suas atividades à busca de reformas que estão garantidas dentro do quadro do sistema capitalista".A experiência da UP durou apenas 2 anos, 10 meses e 1 semana, conseguindo implementar apenas parte de seu programa. Muitos anos após o golpe de 1973, o socialista Carlos Altamirano refletiu sobre a viabilidade de construir o socialismo mantendo plenamente a democracia representativa. No livro "Altamirano", de Patricia Politzer, ele afirmou: "Hoje penso que Allende estava equivocado quando dizia que ele e Che buscavam o mesmo fim, mas com meios diferentes. Naquela época, essa frase me fascinava, mas hoje acredito que tinha um erro essencial: meios diferentes levam a fins diferentes."Não conseguiu superar as profundas diferenças internas e perdeu o apoio das classes médias. José Antonio Viera-Gallo, membro da ala moderada do MAPU, já havia observado após a greve dos caminhoneiros de 1972: "Não se pode fazer uma Revolução (...) contra uma imensa quantidade de chilenos, enganados se quiserem, mas que se opõem ao processo". Ele acrescentou: "A Revolução é uma obra das massas, se as massas não estão na Revolução, não há revolução", conforme mencionado no livro "Salvador Allende. A esquerda chilena e a Unidade Popular", de Daniel Mansuy. Até o italiano Enrico Berlinguer, fundador do eurocomunismo, afirmou em seu livro "Lições sobre o Chile" que "grandes reformas exigem grandes acordos", o que a Unidade Popular não conseguiu alcançar.*Nesta série de crônicas, os jornalistas Javier M. González e Gabriela Máximo narram os eventos que ocorreram no Chile desde o mandato de Salvador Allende com a Unidade Popular, passando pelo golpe militar, a subsequente ditadura e a presidência de Patricio Aylwin.

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Brasil 247

2023-08-24T17:03:02-03:00

b247-451308

Tal pai…

https://www.brasil247.com/charges/tal-pai

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Brasil 247

2023-08-24T16:52:59-03:00

b247-451307

Fiz um pagamento de boleto da filha do presidente, diz sargento Luís Reis à CPMI dos atos golpistas

https://www.brasil247.com/brasil/fiz-um-pagamento-de-boleto-da-filha-do-presidente-diz-sargento-luis-reis-a-cpmi-dos-atos-golpistas

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Sargento Luís Marcos dos Reis prestou depoimento nesta quinta (24) à CPI dos Atos Golpistas

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247 - O sargento Luís Marcos dos Reis, um ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, presta depoimento nesta quinta-feira (24) à CPI dos Atos Golpistas e confirmou ter realizado o pagamento de um boleto para a família do ex-presidente. Entretanto, Reis optou por não responder a questionamentos mais detalhados sobre esse assunto durante seu depoimento. Luís Marcos dos Reis foi convocado para prestar depoimento devido à suspeita levantada por membros da CPI de que indivíduos próximos a Bolsonaro poderiam ter financiado atividades consideradas golpistas. Envio de R$ 72 mil a Mauro Cid foi por venda de carro, diz sargento à CPMI dos atos golpistasConforme informações divulgadas pela comissão, o sargento, que recebeu um salário médio mensal de R$ 13 mil, teve transações financeiras relacionadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no valor aproximado de R$ 3 milhões ao longo de um período de um ano e meio. Inicialmente, quando informado sobre pagamentos efetuados para Bolsonaro e sua ex-esposa Michelle, Luís Marcos dos Reis negociou ter feito tais pagamentos. No entanto, num momento posterior, ele confirmou ter realizado esses pagamentos, porém, não respondeu às perguntas adicionais.A dinâmica do diálogo entre Luís Marcos dos Reis e o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) se desenrolou da seguinte maneira: Deputado: "O senhor fez algum pagamento ou não, um pedido do presidente da República [Bolsonaro]? Não estou falando de valores." Sargento: "Não. Do presidente da República, não." Deputado: "De interesse dele, sim?" Sargento: “Do presidente da República, não.” Deputado: "Da senhora Michelle Bolsonaro, o senhor fez algum pagamento?" Sargento: "Não." Deputado: "De qualquer que seja o valor?" Sargento: "Eu recebia quando era, vamos dizer assim, para fazer... Um exemplo." Deputado: "Pequenos pagamentos?" Sargento: "Já fiz." Deputado: "O senhor acabou de dizer que não fez. O senhor fez ou não fez?" Sargento: "Estou falando aqui. Fiz um pagamento de boleto da filha do presidente, do colégio que ela estudou." Quando questionado se o pagamento foi feito com recursos próprios, o sargento optou por se pagar.

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Brasil 247

2023-08-24T16:42:59-03:00

b247-451306

'Tenho uma guerra no meu próprio país', diz Lula sobre apoio de Portugal à Ucrânia

https://www.brasil247.com/ideias/tenho-uma-guerra-no-meu-proprio-pais-diz-lula-sobre-apoio-de-portugal-a-ucrania

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Presidente Lula conversou com jornalistas após histórica expansão do BRICS

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Ana Lívia Esteves, Sputnik - Presidente Lula conversou com jornalistas após histórica expansão do BRICS. Ao comentar decisão portuguesa de fornecer treinamento a pilotos ucranianos para operar caças F-16, Lula diz não ter interesse em debater o conflito e nega ter tomado parte.Nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concluiu a sua participação na 15ª Cúpula dos BRICS, em Joanesburgo, na África do Sul. Em conversa com jornalistas, o presidente brasileiro classificou a reunião do grupo como "histórica"."Foi um alento, uma esperança. Aos 77 anos [...] quero dizer pra vocês que eu renasço na política [...] e saio daqui com a certeza de que, finalmente, um outro mundo é possível", disse Lula. "Uma reunião civilizatória."Lula comemorou a expansão do BRICS, que passará a integrar Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã, a partir de janeiro de 2014."Quanto mais juntos e mais gente nós tivermos, mais podemos negociar com outros blocos com maior garantia de sucesso, de ser tratado em igualdade de condições e não na prepotência do senhor de engenho e o escravo", apontou o presidente brasileiro.O presidente ainda notou a necessidade de expansão de outro órgão internacional relevante: o Conselho de Segurança da ONU. Segundo ele, um dos principais avanços desta Cúpula dos BRICS foi atingir o consenso entre os membros acerca da relevância dessa reforma."Nós estamos brigando há mais de 20 anos por isso", disse Lula. "A geopolítica de hoje não tem nada a ver com a de 1945. O mundo mudou, e é importante que a ONU tenha uma representatividade e deliberar coisas que as pessoas acatem, obedeçam."O presidente lamentou que as decisões tomadas no âmbito da ONU já não são respeitadas pelos membros, inclusive por países desenvolvidos."Queremos a reforma inclusive para que a ONU tenha mais praticidade e respeitabilidade", defendeu o presidente do Brasil.Apoio de Portugal para a UcrâniaO presidente Lula foi perguntado acerca da decisão de Portugal, país com o qual o Brasil deve interagir no âmbito da Cúpula da CPLP em São Tomé e Príncipe em 27 de agosto, de fornecer treinamento para pilotos ucranianos operarem caças F-16.Em recente visita a Kiev, o presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, se comprometeu com o esforço de guerra ucraniano. O presidente Lula, no entanto, disse não estar preparado "para ir a lugar nenhum falar de guerra"."Qualquer foro que eu tiver presente eu não vou falar em guerra, vou falar em paz", disse Lula. "Eu tenho uma guerra no meu país, uma guerra contra a fome e trazer de volta a democracia que foi jogada no lixo durante quase seis anos. E essa é uma tarefa muito difícil."O presidente lamentou a continuidade do conflito na Ucrânia e pediu serenidade para que as lideranças de ambos os lados busquem "ajuda para encontrar a paz"."Não se trata de apoiar um país, se trata de ser preciso alguém começar a falar em paz no mundo [...] e todos nós estamos dispostos a participar", asseverou o brasileiro.Nesta quinta-feira (24), Lula deve deixar a África do Sul rumo a Angola, onde será recebido pelo presidente João Lourenço e cumprirá agenda oficial. No dia 27 de agosto, o presidente participará da Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em São Tomé e Príncipe.

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Brasil 247

2023-08-24T16:42:06-03:00

b247-451305

Envio de R$ 72 mil a Mauro Cid foi por venda de carro, diz sargento à CPMI dos atos golpistas

https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/envio-de-r-72-mil-a-mauro-cid-foi-por-venda-de-carro-diz-sargento-a-cpmi-dos-atos-golpistas

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Os dois militares trabalhavam na Ajudância de Ordens da Presidência durante o governo Bolsonaro

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247 - Apontado como autor de movimentações financeiras atípicas com o tenente-coronel Mauro Cid, atualmente preso, o sargento Luis Marcos dos Reis declarou que o envio de R$ 72,7 mil foi consequência da venda de um carro. Os dois militares trabalhavam na Ajudância de Ordens da Presidência durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).Um trecho do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou: "principais remetentes/depositantes identificados: Luis Marcos dos Reis - (segundo-sargento EXÉRCITO - militar em geral) - 2 lançamento(s) no total de: R$ 70.410,00". O relato foi publicado nesta quinta-feira (24) no portal Uol.O sargento disse ter vendido um Toyota Yaris que pertencia a Mauro Cid. Os dois trataram da transferência do dinheiro durante uma ligação telefônica. Dos Reis foi o nome que mais apareceu na lista de transações financeiras com o tenente. A maior soma é um depósito em favor do tenente-coronel no valor de R$ 72,7 mil. Os dois trabalharam juntos até agosto do ano passado.Outra operação bancária envolveu R$ 11,7 mil. Mais uma vez o sargento falou sobre o carro. De acordo com Ros Reis, a mulher do tenente-coronel passou por cima de buraco na estrada durante uma viagem entre Brasília (DF) e Goiânia (GO). Como tinha reunião com o comandante do Exército, Mauro Cid pediu para o amigo levar o Yaris na oficina para o conserto. O mecânico teria cobrado R$ 11,7 mil pela troca dos quatro pneus, alinhamento e balanceamento. De acordo com sargento, a despesa foi paga com seu cartão e Mauro Cid fez a transferência mais tarde.

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Brasil 247

2023-08-24T16:40:20-03:00

b247-451304

Comitês Populares realizam mutirão com ações denunciando o Brasil ter a maior taxa de juros do mundo

https://www.brasil247.com/economia/comites-populares-realizam-mutirao-com-acoes-denunciando-o-brasil-ter-a-maior-taxa-de-juros-do-mundo

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O mutirão ocorrerá pelo menos em 14 estados entre os dias 25 e 27 de agosto

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MST - Os comitês populares, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda irão promover uma série de atividades contra as altas taxas de juros e pedirão o afastamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de sexta a domingo, por todo o país.O Mutirão dos Comitês Populares pretende discutir com a população as altas taxas de juros deixadas pelo governo Bolsonaro, que mesmo após a redução de 0,5% na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, permanece como a mais alta entre todos os países do mundo.Durante os três dias serão realizadas ações como panfletagem em locais públicos, colagem de lambes e interações nas redes sociais para debater os impactos da taxa de juros e mobilizar a sociedade.De acordo com a Secretária Nacional de Mobilização do PT, Mariana Janeiro, a queda de 0,5% na taxa do Banco Central foi muito pequena para destravar a economia, e o título de maior taxa de juros é uma herança do governo Bolsonaro que precisa ser revertida pelo Banco Central. “A gente precisa lembrar que essa política econômica de Bolsonaro, Paulo Guedes e Campos Neto foi derrotada por Lula nas urnas, e a reconstrução do Brasil exige uma grande redução da taxa de juros. Por isso os Comitês em todo o país irão realizar esse mutirão no final de semana”, explicou.Ainda segundo Mariana, os Comitês Populares de Luta têm sido uma importante ferramenta de mobilização da sociedade, e agora, com Lula de volta à presidência, será necessário unificar forças para dar sustentação ao presidente em pautas centrais na reconstrução do país. “Os avanços nas pautas que a gente precisa só serão possíveis com muita unidade de ação, principalmente nas bases. E ela [a unidade] será ampliada através do trabalho dos Comitês Populares em todo o Brasil, realizando grandes mobilizações e formações políticas junto aos movimentos sociais e ao conjunto dos partidos de esquerda”, afirmou.CUT realiza congressos nacionais em todo o Brasil e discute impacto do jurosDurante os dias em que o mutirão ocorrerá, milhares de trabalhadores estarão reunidos em 9 estados nos congressos estaduais da Central Única dos Trabalhadores. Desde julho, os estados vêm realizando seus encontros rumo ao congresso nacional da entidade e realizando denúncias sobre as pautas que impactam negativamente a vida do trabalhador, como as altas taxas de juros.Para Janeslei Albuquerque, Secretária Nacional de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, o congresso tem sido um espaço para discutir com a base. “É importante ressaltar que nos 27 estados onde a CUT está organizada, vem sendo tiradas moções e resoluções que indicam a intensificação da luta contra a violência de Campos Neto contra o Brasil e contra o povo brasileiro”, reiterou.Até agora, 14 estados já anunciaram ações dentro do mutirão, que são abertas a quem quiser participar. Mais informações estão disponíveis através das redes sociais no @comitepopularoficial (Instagram) e @comitelula (Twitter).ServiçoO que: Mutirão de luta contra o juros altosQuando: 25 de julho até 27 de agostoOnde: 14 estados confirmados (AL, AP, CE, ES, MG, MS, PA, PB, PE, RJ, RN, RR, SP e TO)Organizadores: Comitês Populares de Luta e Frente Brasil PopularContato: Vinícius Braga - (11) 94789-1920

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Brasil 247

2023-08-24T16:33:26-03:00

b247-451303

A capacidade de Kiev de reconquistar territórios é 'questionável', afirma alto general europeu

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É claro que a Rússia é superior à Ucrânia quando se trata de armamentos e reservas de pessoal, afirmou o chefe do comitê militar da UE

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RT — "A Ucrânia pode não ser capaz de alcançar seus objetivos no conflito com a Rússia", admitiu o Presidente do Comitê Militar da União Europeia, General Robert Brieger, ao jornal alemão Die Welt na quinta-feira. Moscou possui armamentos vastamente superiores e reservas de pessoal e pode continuar lutando por um longo período, apesar das sanções ocidentais, alertou Brieger.A ofensiva ucraniana lançada há mais de dois meses "ainda não conquistou nenhum território", afirmou ele, antes de advertir sobre a "cautela" em esperar avanços no futuro."O número de brigadas disponíveis para Kiev para a ofensiva é limitado", disse ao jornal, acrescentando que as forças russas haviam construído "linhas de defesa bem seguras" nos meses anteriores à operação ucraniana.O general austríaco, que preside as reuniões dos chefes de estado-maior de todos os 27 membros da União Europeia e atua como conselheiro do principal diplomata do bloco, Josep Borrel, acredita que o conflito entre os dois lados se transformou em uma "guerra de atrito".Nesse contexto, Moscou possui algumas vantagens visíveis sobre Kiev, disse Brieger. "A Rússia possui um grande número de armas e uma enorme reserva de tropas em potencial", explicou, acrescentando que "neste sentido, a Rússia é claramente superior à Ucrânia".As sanções impostas pelo Ocidente à Rússia devido à sua contínua campanha militar na Ucrânia também mal afetaram a capacidade de Moscou de continuar a luta, observou o general. "Estou convencido de que a Rússia pode continuar a guerra na Ucrânia por um longo período", afirmou.A capacidade de Kiev de recapturar todos os territórios que considera parte do território ucraniano "permanece questionável", disse Brieger. O general também afirmou que não espera que a UE permita que a Ucrânia se junte ao bloco antes que o conflito termine e uma solução pacífica seja encontrada.Mesmo depois disso, a adesão da Ucrânia pode representar riscos adicionais de segurança para a UE, na opinião de Brieger. O general afirmou que disputas territoriais com Moscou podem persistir mesmo após o fim dos combates. No futuro, se outro conflito surgir, o bloco teria que defender a Ucrânia sob o Artigo 42.7 do tratado da UE, se ela se tornar um estado membro, acrescentou."Assim que a Ucrânia se juntar à União Europeia, isso significaria obrigações completamente novas para a UE em termos de política de segurança", disse Brieger, acrescentando que a organização "seria desafiada muito mais do que antes".

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Brasil 247

2023-08-24T16:30:56-03:00

b247-451302

Banco BRICS é uma solução para os desafios da África, diz Dilma

https://www.brasil247.com/mundo/banco-brics-e-uma-solucao-para-os-desafios-da-africa-diz-dilma

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O Banco de Desenvolvimento do Novo apoiará financeiramente projetos de infraestrutura e educação, prometeu a presidente da instituição

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RT — O Novo Banco de Desenvolvimento fornecerá valiosa ajuda financeira às nações africanas para enfrentar suas necessidades mais urgentes, afirmou a presidente do banco multinacional, Dilma Rousseff, na quinta-feira, acrescentando que os membros do grupo BRICS são "bons parceiros" para a África.Falando na cúpula do BRICS em Joanesburgo, Rousseff, que foi anteriormente presidente do Brasil, prometeu que o banco, sediado em Xangai, financiaria projetos relacionados à infraestrutura física e digital, bem como à educação, no continente."O Novo Banco de Desenvolvimento tem o potencial de liderar projetos que abordam os desafios mais urgentes dos países africanos", afirmou.A líder do banco BRICS observou que, embora a parcela do investimento direto estrangeiro (IDE) na África tenha aumentado para 8,8% do total global em 2021, ante apenas 4,9% em 2010, "pode e deve aumentar muito mais".O grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, lançou o NDB em 2014 com o objetivo de fornecer financiamento para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em economias emergentes.O banco foi formalmente inaugurado em 2015 e mais tarde recebeu Bangladesh, Emirados Árabes Unidos, Egito e Uruguai como membros. Foi fundado como uma alternativa às instituições financeiras dominadas pelos Estados Unidos, como o FMI e o Banco Mundial.Segundo Rousseff, um dos principais desafios a serem superados "é a expansão dos mecanismos de pagamento, especialmente moedas locais e outros instrumentos financeiros que podem eventualmente ser criados para construir um novo sistema financeiro mais multilateral e inclusivo".Ela também destacou a necessidade de projetos de infraestrutura conjuntos, observando que a África possui o maior potencial hidrelétrico inexplorado do mundo.A 15ª cúpula do BRICS está acontecendo atualmente em Joanesburgo, na África do Sul. Mais de 20 países formalmente solicitaram ingressar no grupo de economias em desenvolvimento, e vários outros manifestaram interesse. Seis novos membros se juntarão ao BRICS depois que suas candidaturas foram aprovadas na quinta-feira. Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos se tornarão membros plenos a partir de janeiro de 2024.

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Brasil 247

2023-08-24T16:26:36-03:00

b247-451301

Senado aprova MP que aumenta salário mínimo e amplia isenção do IR

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Texto segue para sanção presidencial. Quem ganha até R$ 2.640 ao mês não terá que pagar imposto de renda. Até então, a isenção era para quem recebia até R$ 1.903,98 mensais

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Por Lucas Pordeus Leon, repórter da Agência Brasil - O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (24), em votação simbólica, a Medida Provisória (MP) 1.172/23 que aumenta o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 e amplia a isenção da tabela do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF). Agora, o texto segue para sanção presidencial.O reajuste do salário mínimo já estava valendo desde o dia 1º de maio, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a MP. Foi incluída ainda nesse texto a ampliação da isenção do IRPF. Quem ganha até R$ 2.640 ao mês não terá que pagar imposto de renda. Até então, a isenção era para quem recebe até R$ 1.903,98 mensais.Um destaque do líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), queria retirar do texto o artigo que define que a política de valorização real do salário mínimo seja permanente. O relator da matéria, senador Jaques Wagner (PT-BA), rebateu que “todos os anos com ganho real implica um volume maior de dinheiro no bolso do trabalhador e, portanto, movimenta mais o comércio, movimenta mais a economia brasileira, trazendo prosperidade para todas as famílias”. Após o debate, o senador Marinho retirou o destaque da pauta reconhecendo que não haveria maioria para mudar o texto.Segundo a MP aprovada, a valorização do salário mínimo será a soma do índice da inflação do ano anterior com o índice do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB - soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região) de dois anos anteriores.

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Brasil 247

2023-08-24T16:18:26-03:00

b247-451300

Perfis nas redes ironizam Flávio Bolsonaro após o senador dizer que Jair Renan 'não tem onde cair morto'

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O parlamentar tentou defender o irmão investigado por crimes como lavagem de dinheiro

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247 - Perfis nas redes sociais criticaram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) depois que o parlamentar tentou defender o irmão Jair Renan, alvo de uma operação de policiais civis do Distrito Federal. Investigadores apuram crimes como lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.Internautas, que haviam criticado Jair Renan, discordaram do senador. Uma pessoa escreveu: "Flávio Bolsonaro disse que o irmão mais novo dele não tem onde cair morto. Incrível como essa família compra 51 imóveis, compra mansão, ganha Pix de R$ 17 milhões, faz rachadinhas, mas dizem que não tem dinheiro. Imagina se tivessem?".O senador defendeu o irmão durante entrevista ao portal Uol. "Uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso, né? Eu espero que este critério seja usado para todos. Tem investigadores procurando pelo em ovo, mesmo sem ter nada, independente do sobrenome. Tomara que isso vire uma praxe agora. Ao que parece, é mais uma vez uma desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno".Flávio Bolsonaro disse que o irmão mais novo dele não tem onde cair morto. Incrível como essa família compra 51 imóveis, compra mansão, ganha Pix de R$ 17 milhões, faz rachadinhas, mas dizem que não tem dinheiro. Imagina se tivessem? Pedro Ronchi (@PedroRonchi2) August 24, 2023Que exemplo de família adorável! L. Soares (@leodesoares) August 24, 2023Flávio Bolsonaro criticou operação contra o irmão e disse que é uma pessoa que não tem onde cair mortaEso enterrar na mansão de 4 milhões de reais onde ele mora com a mãe em Brasília: pic.twitter.com/ww36qxln8d Orestes ???????????????????????? (@SomenteOrestes) August 24, 2023Isso é que é irmão carinhoso!Flávio Kopenhagen critica operação contra irmão Jair Renan dizendo que ele É uma pessoa que não tem onde cair mortaOu seja, o cara tem um emprego que ganha mais de 10K, a mãe é milionária e ele não tem onde cair morto.https://t.co/tUVUb7GErd Rede Marco ???? (@rede_marco) August 24, 2023

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Brasil 247

2023-08-24T16:16:45-03:00

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Reconhecimento da inocência é fundamental no resgate da reputação de Dilma, diz Arnóbio Rocha

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Advogado comentou decisão do TRF1 que inocentou Dilma das acusações de pedaladas fiscais: se fez justiça a uma das personagens mais interessantes da história do Brasil. Assista

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247 - No dia 21 de agosto, uma decisão histórica foi proferida pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) inocentando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) das acusações de "pedaladas fiscais" que levaram ao seu afastamento da Presidência da República em 2016.O advogado Arnóbio Rocha expressou sua satisfação com o veredicto. Em entrevista exclusiva à TV 247, ele declarou: "Se fez justiça a uma das personagens mais interessantes da história do Brasil, principalmente em relação às mulheres, a Dilma. Ela tem uma dimensão significativa para as mulheres. Talvez demore algum tempo para que a gente tenha exatamente essa dimensão do significado dela, a primeira mulher eleita reeleita no Brasil, país extremamente machista onde todos nós, e eu me incluo nessa situação, somos machistas."Arnóbio também destacou o papel do machismo no processo de impeachment: "eu acho que um dos maiores itens principais do impeachment é o machismo. Ali se quebrou uma história, uma possibilidade de igualdade de gênero num país extremamente machista."A decisão do TRF1 reafirmou a conclusão de uma perícia do Senado realizada em 2016, que não identificou atos comissivos por parte de Dilma Rousseff relacionados aos atrasos nos pagamentos do Plano Safra. O advogado ressaltou a importância desse reconhecimento: "esse reconhecimento da sua inocência é fundamental no resgate da reputação da Dilma."Ao longo da entrevista, Arnóbio Rocha também criticou a forma como a mídia tratou o processo de impeachment e enfatizou a necessidade de reconhecimento da contribuição de Dilma Rousseff para a política brasileira. Ele pontuou: "a gente precisa entender que aquilo foi golpe. Vamos fazer uma analogia com a memória, a verdade, justiça, uma justiça de transição... E essa questão do golpe é todo dia que tem que lembrar". Assista à entrevista completa no vídeo abaixo:

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Brasil 247

2023-08-24T16:10:20-03:00

b247-451298

Tudo joia com o bolsonarismo?

https://www.brasil247.com/blog/tudo-joia-com-o-bolsonarismo

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É de máxima relevância levar em conta que os danos mais sérios foram causados devido à orientação de classe com a qual o bolsonarismo conduziu sua política

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Como esquecer que Bolsonaro foi alçado ao cargo de presidente da nação sob uma intensa campanha midiática que o apresentava como um destemido nome advindo de fora da política imbuído de uma ferrenha determinação de pôr fim à medonha roubalheira de dinheiro público até então existente em nosso país? A corrupção, conforme a grande mídia tinha se esmerado em consolidar no imaginário público, era resultado quase que exclusivo das práticas de políticos tradicionais, em especial daqueles vinculados com ideais de esquerda, os tais “populistas”?Então, Independentemente de estar há mais de trinta anos atuando como político profissional do baixo clero parlamentar e de estar envolvido nos mais deploráveis de seus trambiques, Bolsonaro foi reembalado como se fosse a redenção moral do povo brasileiro para se contrapor à bandidagem, que seria simbolizada em primeiro lugar por Lula e pelo PT.Precisamos recordar que, desde o primeiro dia de seu governo iniciado em 2003, toda as baterias dos meios de comunicação corporativos foram ativadas com o propósito de demonizar a imagem de Lula e transformá-lo no suprassumo do corrupto, ou, para ser ainda mais exato, do ladrão.A maior dificuldade encontrada para consagrar esse objetivo era a inexistência de provas que pudessem corroborar aquilo que a imprensa capitalista desejava consolidar como verdades absolutas. Mas, não faltaram tentativas com esse propósito: Toda a vida pessoal e financeira de Lula e de seus familiares foi vasculhada em busca de algum vestígio que pudesse incriminá-lo. Infelizmente para os que deslancharam esse processo, não lhes foi possível encontrar nem uma única evidência que deixasse patente o envolvimento de Lula, nem de seus familiares, em qualquer caso de apropriação indevida de recursos.Em vista dessa impossibilidade, os proprietários de nossos grandes meios corporativos decidiram recorrer aos ensinamentos do principal teórico da propaganda do nazismo hitlerista, ou seja, optaram por colocar em andamento a tese que reza: “Uma mentira repetida mil vezes passa a ser uma verdade”.Em consequência, o nome de Lula passou a ser associado a todas as falcatruas (reais, imaginárias ou inventadas) noticiadas no país. Qualquer menção ao líder petista no noticiário televisivo de maior audiência no país vinha inevitavelmente acompanhada de imagens de dutos jorrando dinheiro sujo da corrupção. Ou estarei exagerando?Como é bem sabido pelos adeptos do método goebbeliano de comunicação, a partir do instante em que a consciência social tenha sido assolada pela tese por eles impulsada, quaisquer medidas tomadas em conformidade com a mesma tendem a ser aceitas sem muita resistência pelo público que foi alvo-vítima da dita cuja.Foi isso o que tornou possível a condenação e prisão de Lula pelo caso do triplex do Guarujá. O processo se iniciou quando a rede Globo divulgou de modo enfático uma história escabrosa de corrupção envolvendo Lula e um certo apartamento no Guarujá que pertenceria a ele e teria recebido reformas de uma grande empreiteira como pagamento por facilitações de negócios indevidos relacionados com a Petrobrás. Por mais estapafúrdia, imbecil e falsa que fosse a tal notícia, ela foi reproduzida intensiva e acriticamente por todos os órgãos dessas corporações midiáticas como sendo uma prova cabal de todo o caráter delinquencial de Lula e seu governo. Como boa parte de nossa população já tinha sido adestrada para assumi-la como a verdade, não haveria grandes convulsões quando a condenação e a prisão de Lula se efetivassem.Hoje, depois de que, finalmente, a verdade sobre esse caso se tornou conhecida por todos, está mais do que comprovado que Lula foi vítima de uma das mais indecentes farsas já arquitetadas por um conluio midiático-jurídico-parlamentar. Sim, agora, isto já está mais do que claro. Porém, as desgraças sofridas por nosso povo em razão desse crime perpetrado contra a nação vão levar muito tempo para serem sanadas. Nossos meios de comunicação corporativos, quando ousam dizer alguma coisa sobre esse episódio, procuram fazer de conta que nada tiveram a ver com o ocorrido.Por outro lado, há inúmeras provas documentadas que atestam a imensa roubalheira praticada por aqueles que costumavam ser pintados pela mídia corporativa como paladinos da luta contra a corrupção. Os lavajatistas foram responsáveis pelo desvio de bilhões (repito, bilhões) de reais de recursos públicos. Já os próceres do bolsonarismo, além de sua tradicional prática de rachadinhas, sua vinculação com o milicianismo criminoso, sua gigantesca e inexplicável acumulação patrimonial em imóveis, tiveram sua faceta inteiramente desmascarada com a vinda à tona do descarado esquema de roubo de joias praticado por seu patriarca. Neste momento, não está sendo nada fácil encontrar alguém que se disponha sinceramente a continuar defendendo a honestidade e a altivez moral das lideranças bolsonaristas.No entanto, aproveitando a oportunidade de que já não resta nenhuma dúvida quanto à desonestidade que caracteriza os comandantes do bolsonarismo, gostaria de fazer uma reflexão: Como avaliaríamos o governo bolsonarista se seus horripilantes casos de roubo e corrupção não tivessem acontecido? Em outras palavras, e se os bolsonaristas fossem honestos?Por mais que nos pareça estranho, esses casos de roubalheira e desvios no governo bolsonaristaestão longe de representar o que de mais negativo aconteceu nesse período. Tanto assim que, ainda que nada disso tivesse sucedido, do ponto de vista das maiorias populares, estaríamos mesmo assim diante de uma das mais nefastas administrações governamentais em toda nossa história. A motivação que me induz a dizer isto está ancorada essencialmente na noção de que os rumos de uma sociedade estratificada em classes antagônicas são definidos sempre através dos embates característicos das lutas de classe.Logicamente, a corrupção em si nunca é benéfica para nenhuma das classes de uma sociedade. Mas, isto não implica em que com sua eliminação a coisa melhore para todas. O ponto mais importante a observar com respeito a nossos governantes se refere aos interesses classistas com os quais eles estão identificados. O bolsonarismo, por exemplo, está completamente sintonizado com as aspirações das classes dominantes e em nome delas sempre operou. Por isso, admitindo por hipótese que os dirigentes bolsonaristas eram gente honesta, precisamos avaliar quem teria se beneficiado com as decisões políticas por eles tomadas em sua gestão governamental.É impossível não constatar que as medidas econômicas efetivadas pelo bolsonarismo foram todas elas em detrimento dos interesses das maiorias populares. A autonomia do Banco Central, por exemplo, significou a retirada de um dos principais instrumentos de implementação de política econômica do controle das lideranças nacionais eleitas. Em lugar de seguir as orientações dos representantes escolhidos pelo povo, na prática, o BC passou a atender exclusivamente os desígnios do ínfimo número de bilionários que controlam nosso sistema financeiro.Podemos falar também sobre as escandalosas privatizações de empresas públicas, como a da Eletrobrás, que transferiram para as mãos de grandes capitalistas privados (estrangeiros e nacionais) aquilo que antes pertencia a todo nosso povo. A esse respeito, o caso da entrega de importantes refinarias da Petrobrás por preços irrisórios foi mais um marco dessa política que visava sempre favorecer a setores poderosos das classes dominantes.É evidente que se os dirigentes bolsonaristas tivessem operado inteiramente decididos a beneficiar os donos do grande capital sem exigir nada fora do estipulado em lei, estes se mostrariam ainda mais satisfeitos com essa atitude. Mas, para a esmagadora maioria de nossa população, nenhuma diferença real iria ser detectada. As somas de dinheiro público que os bolsonaristas surrupiaram para seus próprios bolsos e contas teriam servido tão somente para engrossar a parcela a ser apropriada pelos representantes diretos do capital, não acarretando nada de positivo para o restante da nação.Em consequência de tudo o que procuramos deixar evidente nas linhas anteriores, não podemos deixar de entender que a malignidade da gestão bolsonarista extrapola em muito o caráter mafioso de seus mais destacados expoentes. Roubo de joias e apropriação ilegal de recursos significam, sim, uma imoralidade que precisava ser combatida. Mas, é de máxima relevância levar em conta que os danos mais sérios e devastadores foram causados devido à orientação de classe com a qual o bolsonarismo conduziu sua política. As classes dominantes foram sempre privilegiadas. Por isso, sua oposição ao bolsonarismo nunca ocorreu de modo efetivo. Para os setores populares, porém, não só a honestidade pessoal de um dirigente é importante. Também é muito importante saber quais são os interesses de classe com os quais ele está identificado.

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Brasil 247

2023-08-24T16:08:46-03:00

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Alceu Castilho: o capitalismo no Brasil é impulsionado pela renda da terra

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Castilho afirma que a reforma agrária se alinha aos interesses do capitalismo e não busca uma redistribuição coletiva das terras, mas ajustes na estrutura fundiária existente

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247 - Em entrevista à TV247, o jornalista e organizador do observatório "De Olho nos Ruralistas", Alceu Castilho, avaliou as conexões entre a elite agrária e os golpes na história política do Brasil. Sua análise é respaldada por um documento divulgado recentemente intitulado "As Origens Agrárias do Terror", que aborda os laços profundos entre atentados contra a democracia e o poder exercido por esse setor. Castilho destacou que a elite agrária tem desempenhado um papel crucial em momentos chave da história brasileira, incluindo o golpe de 1964 e as movimentações mais recentes.De acordo com Castilho, as origens do terror político estão entrelaçadas com a influência da elite agrária, cujo poder tem raízes históricas profundas. Ele destaca que a expressão "República das Bananas" se originou da influência de uma empresa dominante no mercado de bananas em Honduras, que migrou para toda a América Latina, moldando a dinâmica de poder na região. Além disso, a bancada ruralista também desempenhou um papel significativo na política brasileira, com exemplos claros como a queda da ex-presidente Dilma Rousseff, impulsionada pela frente Parlamentar da Agropecuária.O jornalista enfatiza que a concentração de terras no Brasil é um aspecto crucial que contribui para as desigualdades sociais. Ele ressalta que o capitalismo no país é movido em grande parte pela renda da terra, o que o torna intrinsecamente expansionista. Castilho destaca que as grandes corporações desempenham um papel fundamental nesse processo, muitas vezes ocultando suas atividades e influência por trás de figuras jurídicas complexas.A influência das corporações também se estende ao cenário político, onde elas mantêm conexões com partidos e políticos. Castilho menciona a coalizão conhecida como "Centrão", composta por diversas posições de direita, chantagens e interesses variados. Ele argumenta que a dependência do poder do agronegócio é um desafio para os governos, incluindo o governo Lula, que muitas vezes se tornam reféns dessa influência.No entanto, Castilho observa que a reforma agrária no Brasil não pode ser confundida com uma revolução agrária. Ele destaca que a reforma agrária se alinha aos interesses do próprio capitalismo e não busca uma redistribuição coletiva das terras, mas sim ajustes limitados na estrutura fundiária existente.A entrevista de Alceu Castilho oferece uma análise profunda das conexões entre a elite agrária e os golpes na história política do Brasil, ressaltando a importância de compreender esses laços para uma visão abrangente da dinâmica política do país.Assista à entrevista:

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Brasil 247

2023-08-24T15:59:19-03:00

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Luis Nassi diz que correição do TRF4 pode 'terminar em pizza'

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“Não é pouca coisa que está em jogo: é todo o esforço do sistema de Justiça de voltar aos trilhos da institucionalidade”, diz o jornalista

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247 — O jornalista Luis Nassif, do GGN, afirmou que a correição do ministro Luis Felipe Salomão junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) “pode terminar em pizza”, em coluna no portal GGN. Segundo Nassif, a correição liderada por Salomão parece estar se movendo em direções divergentes para agradar diferentes grupos. "Para contentar os legalistas, punirá a juíza Gabriela Hardt, peixe miúdo; para agradar os lavajatistas, entregará o pescoço do juiz Eduardo Appio", afirma ele. Nassif aponta o possível desfecho que deixa impune um dos crimes mais graves envolvendo um desembargador estadual, Marcelo Malucelli. O jornalista aponta que Malucelli desrespeitou uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação na qual ele e seus familiares tinham interesses diretos.Nassif destaca um incidente específico que contribui para sua desconfiança em relação à correição. Ele se refere à decisão do Ministro Ricardo Lewandowski, que, em 4 de abril, impediu que qualquer juízo ou tribunal tomasse decisões nas ações penais envolvendo o advogado Rodrigo Tacla Duran. Essa medida visava evitar o depoimento de Tacla Duran, que poderia lançar luz sobre questões obscuras relacionadas à Operação Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro. No entanto, logo após essa decisão de Lewandowski, o desembargador Marcelo Malucelli, que era o relator dos processos da Lava Jato, suspendeu liminarmente uma decisão da 13ª Vara que revogava a prisão preventiva de Tacla Duran. Isso levanta suspeitas sobre a rapidez com que Malucelli agiu e levanta a questão se ele estava agindo em conformidade com os interesses da Lava Jato.Nassif enfatiza que a situação em jogo não é trivial. Ela representa a tentativa do sistema de justiça de recuperar sua credibilidade e restaurar a esperança da opinião pública de que a justiça está sendo feita. No entanto, se a correição do TRF4 não conseguir esclarecer essas questões de maneira justa e transparente, isso apenas aprofundará as preocupações sobre a independência e a imparcialidade do sistema judiciário brasileiro.

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Brasil 247

2023-08-24T15:54:26-03:00

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Internautas repercutem operação contra Jair Renan e Grande Dia fica entre os principais assuntos nas redes sociais (vídeo)

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O nome de Jair Renan é achado em e-mail associado ao acervo onde joias estão guardadas, destacou um perfil em rede social

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247 - Internautas deixaram a expressão "grande dia" no trending topic (tópico em tendência), do Twitter, nesta quinta-feira (24), após a informação de que policiais civis do Distrito Federal apreenderam um celular, um disco rígido (HD) e anotações de Jair Renan Bolsonaro. "O nome de Jair Renan é achado em e-mail associado ao acervo onde joias estão guardadas", destacou um perfil em rede social. Investigadores apuram crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro.O mandado contra o filho de Jair Bolsonaro (PL) é cumprido em dois endereços: no apartamento onde Renan mora, no município de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e outro em um prédio em uma área nobre de Brasília (DF). De acordo com um e-mail que teve o conteúdo acessado por integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, Jair Renan tinha livre acesso ao acervo do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica para "selecionar" e "levar" presentes da Presidência da República.Por lei, presentes dados por governos de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A Polícia Federal intimou o ex-chefe do Executivo federal e outros auxiliares a prestar depoimento marcado para o dia 31 de agosto.????BOMBA:O nome de Jair Renan é achado em e-mail associado ao acervo onde joias estão guardadas.Siga este perfil e vamos lutar contra o fascismo juntos!GRANDE DIA, Escândalo, BOLSONARO COVARDE, TOC TOC TOC pic.twitter.com/dU3qDRYac8 Ronny Teles (@TelesCombate) August 24, 2023???? Grande dia! Aos poucos a familícia vai se desmascarando. pic.twitter.com/k4bKty6GHD Guilherme Cortez (@cortezpsol) August 24, 2023GRANDE DIA!????A Polícia Civil do DF realizou um mandado de busca contra Renan Bolsonaro, filho 04 do inelegível, por suspeita de estelionato e mais. Casos de evolução patrimonial duvidosa, vínculos com milicianos e caixa dois eleitoral também pairam sobre os Bolsonaro. Carol Dartora (@caroldartora13) August 24, 2023

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Brasil 247

2023-08-24T15:50:36-03:00

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Primeiro debate das prévias republicanas: quem venceu e quem perdeu

https://www.brasil247.com/blog/primeiro-debate-das-previas-republicanas-quem-venceu-e-quem-perdeu

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Com respostas prontas, frases de efeito e uma dificuldade em assumir posições, o governador Ron DeSantis não conseguiu cativar o público

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Na noite que quarta-feira aconteceu o primeiro debate das prévias republicanas. Mediado pela conservadora FOX News, o evento não contou com o líder nas pesquisas, Donald Trump, que optou por uma entrevista que foi ao ar no Twitter, no mesmo horário que o debate, com o ex-âncora de extrema-direita da emissora, Tucker Carlson.No centro do debate estavam Ron DeSantis, o governador da Flórida, e Vivek Ramaswamy, um empreendedor trumpista filho de imigrantes indianos. No palco, estavam próximos, mas no resultado final não poderiam estar mais distantes. DeSantis foi o grande derrotado da noite, enquanto Ramaswamy talvez tenha sido o grande vencedor.O Partido Republicano segue sendo o Partido de TrumpJá no início do debate, Chris Christie, ex-governador de Nova Jersey, foi fortemente vaiado durante a apresentação. Christie é, dentre os candidatos republicanos, o que vem criticando Donald Trump de forma mais contundente. Mas o Partido Republicano segue sendo o Partido Republicano de Donald Trump. Não há espaço para quem critica o grande líder, e isso ficou claro na noite de ontem.Mas Christie manteve a linha durante todo o debate. “Eu não vou abaixar a cabeça pra ninguém quando tivemos um presidente que desrespeitou a constituição”, disse o ex-governador em relação às acusações contra Donald Trump. Ou melhor, “o elefante que não está na sala”, como descreveu o apresentador Bret Baier em alusão ao símbolo do Partido Republicano - o elefante.Ramaswamy disse o que os republicanos gostamDo outro lado, Vivek Ramaswamy se apresentou pela primeira vez a uma audiência nacional dos republicanos. Talvez como o maior trumpista do debate, chamando Trump de “o melhor presidente do século XXI”. Ao serem perguntados se dariam perdão a Donald Trump, Ramaswamy foi o primeiro a levantar a mão. Apenas 2 candidatos afirmaram que não: Chris Christie e Asa Hutchinson, ex-governador de Arkansas. Ambos foram vaiados.Mas Ramaswamy não foi o grande vencedor apenas pelas defesas de Donald Trump. O empresário se mostrou como um belo substituto do fascismo nos Estados Unidos. Ao falar de meio ambiente, disse que sua política seria cavar mais petróleo e mais carvão, e que as mudanças climáticas são uma farsa.Com um sorriso - levemente assustador - no rosto, o empresário parecia ser o único ali se divertindo. Ele fez questão de afirmar que não era um político, e sim um outsider que pode salvar o país. Um millenial de 38 anos, Ramaswamy fez questão de repetir várias vezes que o país precisa de uma nova geração no comando.Quando perguntados sobre a Ucrânia, o empresário também foi o único que garantiu que pararia com os envios de apoios financeiros ao país. Segundo ele, esse dinheiro seria usado não para proteger as fronteira ucranianas, mas a fronteira americana com o México.Na platéia, ficou nítida a empolgação dos republicanos com Ramaswamy. Não é para menos, ele disse tudo aquilo que a base ultra conservadora gosta de ouvir. A FOX News, porém, que procura um nome para substituir Trump, não gostou. A emissora decidiu que ele foi o grande derrotado e vem criticando sua participação desde então.Mike Pence tentou se vender como a voz da experiênciaO ex-vice-presidente Mike Pence, que teve que fugir de apoiadores furiosos de Donald Trump durante a invasão do Capitólio - e que gritavam “enforque Mike Pence” - não renegou o legado do governo passado. Muito pelo contrário, disse se orgulhar do que chamou de governo Trump/Pence.Em discussão acalorada com Ramaswamy, o ex-vice-presidente disse que não era hora “de colocar um aprendiz na Casa Branca”. Com décadas na política, ele quis se apresentar como um republicano tradicional, experiente e, claro, ultra conservador.Na pauta do aborto, Pence se mostrou como o mais anti-aborto dos republicanos. Segundo ele, desde que se “entregou a Jesus Cristo”, o tema do aborto é central na sua vida política.DeSantis: frases prontas e pouca simpatiaRon DeSantis trabalha há anos para ser a nova cara da extrema-direita nos Estados Unidos, mas o debate mostrou que o sonho talvez não passe disso, um sonho. Com respostas prontas, frases de efeito e uma dificuldade em assumir posições, o governador não conseguiu cativar o público.No início do debate, DeSantis disse que mandaria Biden “de volta para o seu porão”, em alusão ao bunker de onde o democrata ficou no início da campanha de 2020 por conta da COVID-19. Sobre pandemia, diga-se de passagem, o governador da Flórida falou com orgulho sobre a não existência de políticas de isolamento social no estado durante a pandemia.No tema fronteira, DeSantis disse que mandariam atirar para matar contrabandistas, assim como usaria o exército contra os cartéis de drogas mexicanos. Com propostas severas para a imigração, o governador chegou a afirmar, em entrevista recente, que brasileiros não são bem-vindos nos Estados Unidos.Os apagados do debateNikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, e Tim Scott, senador pela Carolina do Sul, tiveram alguns bons momentos, mas no geral não empolgaram. Haley criticou os benefícios aprovados durante a pandemia, fazendo uma linha dura fiscal e afirmando que os republicanos também tinham culpa pelos altos gastos do governo.Asa Hutchinson e Doug Burgum, governador da Dakota do Norte, entraram e saíram do mesmo jeito: nanicos e sem grades chances na disputa. As vezes, em um debate republicano, é até melhor sair sem ser notado.

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Brasil 247

2023-08-24T15:48:32-03:00

b247-451293











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