Estão colocando a pizza no forno, diz Breno Altman, sobre eventual punição a militares

img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230825130812_09b0a563-ac86-4c38-8bca-ff42c483403e.jpg" width="610" height="380" hspace="5" /

Editor do Opera Mundi vê sinais de proteção às forças armadas na CPI do 8 de janeiro

br clear="all"

247 – Em uma entrevista à TV 247, o jornalista e analista político Breno Altman, editor do Opera Mundi, lançou luz sobre a complexa dinâmica que envolve o governo, os militares e a tentativa de golpe que abalou o país no início do ano.Altman começou destacando a aparente tentativa de isentar o Alto Comando do Exército de qualquer responsabilidade pelos eventos que ocorreram em 8 de janeiro de 2023. Ele argumenta que existe um esforço para proteger os militares de quaisquer repercussões negativas, insinuando que "estão colocando a pizza no forno". O analista apontou para uma política de pacificação entre o governo e as Forças Armadas desde a posse. De acordo com Altman, esse é um componente essencial do "pacto" atual, que pode ser resumido na seguinte frase: "Vocês não nos perturbam, nós não perturbamos vocês". Esse entendimento mútuo, segundo ele, visa manter a estabilidade do governo e evitar atritos que poderiam surgir de uma relação tensa entre as partes. Uma nova anistia preventiva aos militares está em discussão nos bastidores. Altman argumenta que o governo, ao escolher esse caminho, está pagando um preço elevado, perpetuando um ciclo de impunidade que pode ter sérias implicações para a justiça e a responsabilização por atos passados.Fritura de Bolsonaro – A discussão sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro também não ficou de fora do debate. Altman apresentou uma visão sobre a relação entre as esquerdas e os liberais. De acordo com Altman, ambos os lados concordaram que o ex-presidente precisa ser "fritado", punido e processado, ao contrário da anistia pensada aos militares, Bolsonaro não pode ficar impune.O analista político lançou luz sobre a motivação por trás dessa postura dos liberais. Ele argumentou que, apesar de terem sido cúmplices na ascensão de Bolsonaro devido a afinidades na política econômica, os liberais agora buscam uma reconstrução como força política independente. Eles desejam reviver a polarização política que dominou o cenário até 2018, onde a esquerda competia com um campo conservador liderado por um partido liberal, como o PSDB. Para alcançar esse objetivo, Altman afirmou que os liberais veem a necessidade de eliminar Bolsonaro como uma figura política relevante.