Números mostram que pré-sal serve a quem precisa do essencial
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Sabemos que os números nunca dizem tudo, mas são essenciais para entender o significado econômico e social de toda decisão importante
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Por Paulo Moreira Leite, 247 - A cada dia que passa, torna-se claro que a decisão de explorar as reservas de petróleo da Guiana deixou de ser uma escolha arbitrária, deste ou daquele governo, mas uma opção inevitável do ponto de vista do bem-estar da maioria dos brasileiros e brasileiras.Sabemos que os números nunca dizem tudo, mas são essenciais para entender o significado econômico e social de toda decisão importante, como demonstram grandes passos da história de um país, ou de uma região do planeta -- seja exploração de uma riqueza natural, seja pelo estímulo a investimentos tecnológicos, ou ambos. Em qualquer caso, estamos diante de escolhas que irão criar novas possibilidades de progresso material na vida de um país e de um povo. Em oito anos a Guiana já descobriu na Margem Equatorial, região do mar territorial que se estende até o Rio Grande do Norte, 75% da reserva de petróleo que temos hoje no Brasil. São 11 bilhões de barris, contra o total brasileiro, de 14 bilhões. Três anos depois de extrair sua primeira gota de petróleo, o vizinho Suriname extraiu 4 bilhões de barris, equivalentes a 27% das reservas brasileiras. (O Globo, 10/05/2023). Quando a exploração teve início, há oito anos, a Guiana era o segundo país mais pobre da América do Sul, atrás apenas da Bolívia.Em 2021, o Banco Mundial informava que sua renda per capita já ultrapassou a da maioria dos países desta parte do planeta. Encontrando-se atrás apenas de Chile, Argentina e Uruguai, nações que, pelo único critério aceitável de comparação, alcançaram o melhor patamar de desenvolvimento econômico e social sul-americano.E aqui chegamos ao ponto essencial neste debate. Para quem sonha em viver num mundo menos desigual e mais equilibrado, no qual as oportunidades de progresso material sejam oferecidas a um número cada vez maior de homens e mulheres, a escolha num país com 214 milhões, com a desigualdade e as carências que todos conhecem, está cada vez mais clara.Alguma dúvida?