PF desconhece o paradeiro de 32 armas de fogo, inclusive fuzis, registradas em nome de Wassef
No dia 16 de agosto, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, os agentes federais apreenderam quatro celulares e apenas um carregador de pistola no carro de Wassef
247 - A Polícia Federal desconhece o paradeiro de um arsenal de 32 armas de fogo, incluindo fuzis, registradas em nome do advogado Frederick Wassef. Ligado ao clã Bolsonaro, Wassef está atualmente sob investigação relacionada ao caso do desvio e da venda ilegal de joias da Presidência por Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares. Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, embora Wassef possua os registros legais como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), a ausência dessas armas, incluindo 12 fuzis, em seu apartamento na Zona Sul de São Paulo tem chamado a atenção das autoridades.No dia 16 de agosto, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão relacionados ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga um suposto esquema de desvio de joias do acervo presidencial, a polícia apreendeu quatro celulares e encontrou apenas um carregador de pistola no carro de Wassef. Nenhuma das armas foi achada pelos agentes durante a operação. >>> PF apura quem deu dinheiro a Wassef para recomprar joias de BolsonaroWassef é investigado pela recompra de um relógio Rolex, incrustado com diamantes, que havia sido vendido nos Estados Unidos pelo tenente-coronel Mauro Cid, então chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro. Segundo informações da Polícia Federal, Cid vendeu um Rolex e um relógio Patek Philippe por US$ 68 mil (aproximadamente R$ 350 mil) em junho do ano passado. A transação ocorreu na loja Precision Watches, na cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, Estados Unidos. Rolex vendido por Cid tem recibo de recompra em nome de Wassef. PF vê ‘prova contundente’ contra advogado e BolsonaroAlegadamente, Wassef adquiriu o Rolex novamente por US$ 49 mil (cerca de R$ 250 mil), de acordo com declarações dadas por ele em entrevistas. O relógio havia sido presenteado pela monarquia da Arábia Saudita a Bolsonaro em 2019, sendo incorporado, juntamente com outras joias do mesmo conjunto, ao acervo presidencial.