Aumenta para 24 o número de mortos em operação policial no litoral de São Paulo
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Homem de 31 anos é a mais recente vítima da Operação Escudo, que gera controvérsias e levanta questionamentos sobre abusos policiais
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247 — Um homem de 31 anos tornou-se a mais recente vítima da controversa Operação Escudo, realizada pela Polícia Militar na Baixada Santista, elevando o número total de mortos para 24 desde seu início, no final de julho. A operação foi desencadeada em resposta à morte de um soldado da Rota, e tem gerado intensos debates devido a alegações de abusos policiais.De acordo com informações fornecidas pelos policiais militares envolvidos, o confronto ocorreu na tarde de terça-feira (29) no bairro Sítio Cachoeira, em Guarujá. Os PMs alegam que patrulhavam a região quando encontraram o homem com uma arma longa pendurada no ombro. Ao ordenarem que ele parasse, o suspeito teria se recusado e aberto fogo contra os policiais, que reagiram. O homem foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rodoviária, onde veio a óbito. Com ele, os policiais afirmam ter apreendido uma submetralhadora, um carregador de munição e um radiocomunicador, item frequentemente mencionado em ocorrências durante a Operação Escudo.A ocorrência foi registrada na Delegacia de Guarujá como morte decorrente de intervenção policial, homicídio tentado e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito tinha histórico criminal, incluindo passagens por furto, roubo e associação criminosa.Todas as mortes ocorridas durante a Operação Escudo estão sob investigação, conduzida pela Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar, por meio de inquérito Policial Militar. A SSP ressalta que todo o conjunto probatório, incluindo as imagens das câmeras corporais dos policiais, está sendo compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário.A Operação Escudo tem sido objeto de intensa controvérsia e críticas. É considerada a mais letal da Polícia Militar paulista desde o massacre do Carandiru. Iniciada após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, moradores locais têm denunciado casos envolvendo pessoas desarmadas, invasões de residências por policiais mascarados, ameaças e indícios de tortura.O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) nega veementemente as alegações de abusos policiais e afirma que não existem evidências que comprovem tais alegações. Imagens das câmeras corporais de policiais militares enviadas ao Ministério Público de São Paulo mostram registros de confrontos com criminosos em apenas 3 dos 16 casos iniciais que resultaram em mortes, ocorridos entre 28 de julho e 2 de agosto. Por aproximadamente duas semanas, a operação na Baixada Santista não registrou mortes, até o recente episódio que vitimou o delegado da Polícia Federal.Após o ataque ao agente federal, sete pessoas já perderam suas vidas em ações envolvendo a Polícia Militar, intensificando ainda mais as discussões sobre a necessidade de revisão e fiscalização mais rigorosa da Operação Escudo. As investigações estão em curso, e a sociedade aguarda respostas claras e conclusivas sobre o desenrolar desses eventos e as ações da polícia na região.