Assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes completa 2 mil dias sem Justiça
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Vereadora Monica Benício, viúva da ex-parlamentar, está organizando ações para marcar a data
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247 - Na próxima segunda-feira, 4 de setembro de 2023, completam-se 2 mil dias do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL) e do seu ex-motorista Anderson Gomes sem que os mandantes tenham sido identificados e responsabilizados. A vereadora Monica Benicio (PSOL) prepara atos para marcar a data. No dia 4 de setembro, às 9h, uma faixa será estendida no Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, com a mensagem "2 mil dias sem justiça para Marielle e Anderson". Faixas parecidas vão ser colocadas na favela da Maré, onde Marielle nasceu e começou a militância política. Um vídeo relembrando o legado de Marielle e cobrando respostas será projetado em diversas regiões do país."Cada um desses 2 mil dias é uma testemunha silenciosa da ausência de respostas. Cada um dos dias representa uma oportunidade perdida de confrontar a impunidade. A injustiça precisa ser contada, no tempo e na fala, para que não vire norma. Para não nos deixar sucumbir à barbárie. A luta por justiça por Marielle não é apenas por ela, mas por todos os corpos que esse Estado julga descartáveis e que não protege, não garante direitos, cidadania e muito menos reparação às suas famílias", disse Monica."Convidamos todo mundo pra participar da contagem que será postada nas redes sociais, ressaltando o número de dias que passaram sem respostas para esse crime. É um grito de clamor por justiça e a reafirmação de que a luta por verdade, memória e justiça não cessará enquanto a pergunta 'quem mandou matar Marielle e Anderson e por quê?'. Não for respondida pelo Estado brasileiro. Cinco anos é muito tempo de espera. Não haverá democracia plena nesse país enquanto esse crime não for solucionado", acrescentou. "Continuaremos a lutar por um mundo onde vozes corajosas como a de Marielle possam ser ouvidas e respeitadas. Queremos que mais Marielles possam florescer sem temer por suas vidas".A ex-vereadora do Rio foi morta por integrantes do crime organizado em março de 2018. O assassinato ocorreu em um lugar sem câmeras na capital e, antes do homicídio, o carro onde ela estava foi perseguido por cerca de três a quatro quilômetros. De acordo com as investigações, o ex-policial Ronnie Lessa deu os tiros que mataram a ex-parlamentar. O ex-PM Élcio de Queiroz disse ter dirigido o veículo. Os dois estão presos. A expectativa é que eles irão a júri popular este ano.Em julho, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi preso por ter atuado na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Assassinato em 2021, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. Foi o que disse Queiroz em delação. Investigadores apuram a mando de quem Macalé fez a intermediação.Segundo Queiroz, o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, "Orelha", foi acionado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que possuem peças de carros.