Janaína, que fez o parecer para golpear Dilma, defende diversidade no STF

Publicação da ex-deputada vem em um contexto mais amplo de tentativa de pressão contra Lula para influenciar próxima indicação à Corte
247 - A ex-deputada Janaina Paschoal (PRTB-SP) fez uma publicação em seu perfil na rede X (antigo Twitter) cobrando o presidente Lula (PT) para que indique uma mulher à vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2 de outubro deste ano, ao completar 75 anos."As mulheres são maioria entre os profissionais do Direito. São muitas advogadas, juízas, promotoras, defensoras, professoras, procuradoras, delegadas ... Apesar da qualidade das Ministras Rosa e Carmen, a representatividade das mulheres é baixa. Não tem cabimento um governo que alardeou tanto um viés de pluralidade, agora, estar em dívida entre vários HOMENS para ocupar a vaga de uma mulher. Indicações de mulheres a outras cortes NÃO compensam o desfalque no STF. Fica evidente quão fake é o discurso da esquerda!", escreveu a advogada.Janaina mencionou a necessidade da "pluralidade" em cargos de alto escalão, mas foi ela a responsável por escrever o parecer para o golpe de Estado de 2016 contra Dilma Rousseff (PT), a primeira presidente mulher da história do Brasil. Além disso, a advogada foi apoiadora pública de Jair Bolsonaro (PL), o qual, durante seu mandato de quatro anos como presidente, teve a chance de indicar dois ministros ao STF e não nomeou nenhuma mulher ao cargo.A publicação da ex-deputada vem em um contexto mais amplo de tentativa de pressão contra Lula após a indicação do advogado Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski, que deixou o STF em abril deste ano. Influencers, políticos e até mesmo youtubers atacam o presidente para tentar influenciar sua decisão, mesmo que ele tenha a prerrogativa legal de escolher um nome de sua confiança para a Corte. Vale lembrar que, após a escolha, tal indicação ainda precisa ser referendada pelo Senado, o que ocorreu sem turbulências no caso de Zanin - que chegou a ser publicamente elogiado por outros ministros do Supremo antes mesmo de sua aprovação.