Lula não é um homem que se pode derrotar, destruir ou reduzir. É uma rocha, diz Sarkozy
img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20200304110348_6919b90e442eb169e0ce11fdc002bbdd3f2ed45eca73b305ff5a2d4ed0334522.jpeg" width="610" height="380" hspace="5" /
Em seu mais recente livro, o ex-presidente da França e ex-líder da direita europeia rasga elogios ao presidente Lula: mil vezes, ele impôs seu renascimento
br clear="all"
247 - No seu recém-lançado livro de memórias, o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, rasga elogios ao presidente Lula (PT). Além disso, destaca que uma de suas principais prioridades durante seu mandato foi estabelecer uma parceria estratégica com o Brasil, relata Jamil Chade, do UOL. Sarkozy, que é conhecido por suas inclinações conservadoras e liderou a França de 2007 a 2012 com uma plataforma política liberal de direita, teve que derrotar a campanha do Partido Socialista, que tem afinidades com o PT, para chegar ao poder. Em 2012, ele perdeu a eleição justamente para os socialistas.Depois de lançar dois best-sellers, "Passions" (2019) e "Le Temps des Tempêtes" (O Tempo das Tempestades, 2020), o ex-presidente francês agora apresenta "Le Temps des Combats" (O Tempo das Batalhas), que aborda os anos de 2009 a 2011, um período crucial de seu mandato presidencial.O livro gerou controvérsias na Europa ao sugerir que o continente deveria buscar meios de negociar com os russos para encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia. Além disso, o texto critica o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e a ex-chanceler da Alemanha Angela Merkel. No entanto, nas sete páginas dedicadas ao Brasil, Sarkozy não esconde sua admiração por Lula.O francês chama Lula de "herói" da esquerda da América do Sul e diz que o objetivo da França com a aliança com o Brasil era "instalar uma base na América Latina, esse continente de 600 milhões de pessoas, de fortalecer nossas exportações a um país que precisa de tudo, e de reforçar nossa influência internacional graças a essa amizade "estranha" entre o herói da esquerda sul-americana e o líder de uma direta francesa que começava a fazer escola na Europa".Para o ex-presidente, o Brasil é um "colosso de dimensão humana". "Colosso" por seus 200 milhões de habitantes e por sua democracia forte, mas "humana" por sua economia "ainda em desenvolvimento". "O Brasil era suficientemente poderoso para ser um aliado útil, e suficientemente fraco para não se transformar em dominador em nossa relação bilateral", explicou.Sarkozy diz na obra que o fato de Lula ser de esquerda nunca foi um problema. Apesar das "nossas diferenças, língua, orientação política, história pessoal, referências históricas e amizades", diz, "eu gostei de seu jeito de ver as pessoas e as situações". O presidente brasileiro foi para o francês "um dos chefes de estado com o qual teve maior simpatia".Em um trecho, o ex-líder da direita europeia classifica Lula como "espontâneo", "profundo" e "tenaz" e afirma: "Lula não é um homem que se pode derrotar, destruir ou reduzir. É uma rocha". "Mil vezes, ele impôs seu renascimento. (...) Ele é uma lição de esperança, de energia a de vontade de viver", complementa.