Dezesseis são mortos em ataque russo no leste da Ucrânia, diz Kiev
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O primeiro-ministro Denis Shmigal acrescentou que entre os mortos havia uma criança
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Télam - A Ucrânia informou hoje a morte de pelo menos 16 pessoas em decorrência de um ataque russo a um mercado em uma cidade da província oriental de Donetsk, no mesmo dia em que o secretário de Estado dos Estados Unidos visita o país para anunciar uma ajuda de 1 bilhão de dólares."A artilharia dos terroristas russos matou 16 pessoas na cidade de Kostantinovka, na região de Donetsk", detalhou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, informando que o ataque atingiu um mercado, lojas e uma farmácia. "Infelizmente, o número de mortos e feridos pode continuar aumentando", declarou o mandatário, expressando seu "mais sentido pêsames a todos que perderam familiares"."Este mal russo deve ser derrotado o mais rápido possível", concluiu Zelensky, conforme informou a agência de notícias ucraniana UNIAN, replicada pela agência de notícias Europa Press.O primeiro-ministro Denis Shmigal acrescentou que entre os mortos havia uma criança. As forças russas bombardearam a área com mísseis de um sistema de defesa S-300, e os projéteis provocaram um incêndio no local do impacto, segundo informações coletadas pela agência de notícias local Ukrinform.Imagens de câmeras de vigilância mostram uma rua tranquila quando de repente se ouve o silvo de um projétil e, em seguida, uma explosão muito forte; em outro vídeo, são vistos edifícios em chamas.A cidade de Kostantinovka, situada a cerca de 30 quilômetros de Bajmut, é palco de ofensivas russas, a mais recente ocorrendo ontem, quando três pessoas ficaram feridas em um ataque, replicou a agência de notícias RBC Ucrânia. As cidades ao redor também são bombardeadas.Estes ataques ocorrem no mesmo dia em que Blinken faz uma visita surpresa a Kiev para anunciar um pacote de assistência de 1 bilhão de dólares e coincide também com a aprovação no Parlamento ucraniano da nomeação de Rustem Umerov como novo ministro da Defesa.Blinken vai "demonstrar o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a soberania" e "a integridade territorial" da Ucrânia "diante da agressão da Rússia", declarou o Departamento de Estado em um comunicado replicado pela agência de notícias AFP.Segundo um alto funcionário da equipe de Blinken, espera-se "anunciar mais de 1 bilhão de dólares em novo financiamento dos Estados Unidos para a Ucrânia no decorrer desta visita". Os Estados Unidos manterão seus "esforços" para que a Ucrânia "tenha o que precisa para esta fase da batalha", acrescentou o Departamento de Estado, detalhando que não considera apenas "material para atacar", mas também para "realmente penetrar nas ferozes linhas de defesa estabelecidas pelos russos".A Rússia, por sua vez, acusa os Estados Unidos de "manter a Ucrânia em estado de guerra" e garante que sua assistência não pode "influenciar no desfecho" da invasão militar.Em paralelo, o Parlamento da Ucrânia aprovou por ampla maioria a nomeação de Rustem Umerov como novo ministro da Defesa, após aceitar a renúncia de Oleksi Reznikov, no contexto de uma reformulação do ministério impulsionada por Zelensky. "Farei todo o possível e o impossível para a vitória da Ucrânia, quando tivermos libertado cada centímetro do nosso país e todos os nossos cidadãos", afirmou Umerov nas redes sociais pouco depois do voto do Parlamento."Nosso plano é a vitória, sem nuances ou discussões", insistiu o novo ministro da Defesa, um cargo chave para garantir o fornecimento de armamento em plena invasão russa, em momentos em que a Ucrânia está realizando uma difícil contraofensiva no sul e leste do país.Umerov, de 41 anos, que até agora dirigia o Fundo de Propriedade Estatal encarregado das privatizações, é uma figura proeminente na comunidade dos tártaros da Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014.Este muçulmano praticante tem a reputação de ser um bom negociador, discreto e pragmático. O ex-ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, de 57 anos, se tornou um dos rostos mais conhecidos da resistência ucraniana à invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022. Ele teve que deixar o cargo após vários escândalos de corrupção em seu ministério.