Recuperação econômica da China desafia as previsões de 'colapso'

A realidade é que a economia chinesa está bem encaminhada na trajetória de recuperação, com um impulso cada vez mais forte em inovação e desenvolvimento sustentável
Global Times - Alguns veículos de mídia ocidentais vêm produzindo uma enxurrada de colunas veementes que difamam e mancham a economia chinesa, com manchetes cada vez mais sombrias e assustadoras. No entanto, a terrível previsão sobre a economia chinesa é apenas imaginação e propaganda de alguns políticos e meios de comunicação ocidentais para distrair suas audiências domésticas de questões internas, enquanto desencorajam outros países a cooperar com a China pelo medo de que a segunda maior economia do mundo possa se tornar a número 1, disseram especialistas.A realidade é que a economia chinesa está bem encaminhada na trajetória de recuperação, com um impulso cada vez mais forte em inovação e desenvolvimento sustentável, embora a economia enfrente algumas dificuldades e desafios sob o impacto da desaceleração econômica global. Como o nirvana da fênix, a economia da China sempre prospera após dores de crescimento, e a desgastada teoria do "colapso da China" acabará sendo uma mentira total, disseram eles, observando que o milagre econômico da China continuará.Tsunami de desinformação - Enquanto as vozes que afirmam o "colapso da China" nunca param quando há uma leve desaceleração na economia chinesa, as manchetes continuam ficando alarmantes. "Quão assustadora é a crise da China?", leu-se um artigo no New York Times escrito pelo renomado economista americano Paul Krugman. O jornal foi ainda mais longe, com um artigo escrito por outro famoso colunista do New York Times, Bret Stephens, procurando abordar como os EUA podem "administrar o declínio da China?" Bloomberg afirmou em um artigo publicado na terça-feira que "o desaquecimento da China significa que ela nunca pode ultrapassar a economia dos EUA". A Reuters afirmou na segunda-feira que "parte do milagre econômico da China foi uma miragem".Ignorando riscos e desafios profundos na economia dos EUA, o presidente dos EUA, Joe Biden, chamou recentemente a economia chinesa de "bomba-relógio", enquanto a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, supostamente chamou a economia chinesa de "fator de risco" para os EUA.Ao pintar um quadro sombrio da economia chinesa, a mídia e os políticos dos EUA pretendem distrair o público doméstico de questões internas antes da eleição presidencial de 2024 nos EUA, enfraquecer a confiança global nas perspectivas econômicas da China e prejudicar a completa vantagem da cadeia industrial chinesa, disse Wang. "Como os EUA estão tentando reconstruir as cadeias industriais e de fornecimento globais para conter o avanço tecnológico da China, os EUA querem ver um desaquecimento na economia chinesa para pressionar os aliados dos EUA a segui-los e se desacoplar da China."Além do pensamento ilusório e do preconceito ideológico, alguns meios de comunicação e políticos ocidentais estão usando teorias econômicas ocidentais desatualizadas, criadas durante a era industrial, para avaliar a crucial transição digital da China. Eles nunca chegarão à conclusão correta sobre as perspectivas da economia chinesa, disse Wang.Melhor do que o esperado - Embora a discussão da mídia ocidental sobre a economia chinesa seja acalorada, falta raciocínio lógico em suas reportagens, disse Cao Heping, economista da Universidade de Pequim, ao Global Times na terça-feira."No primeiro semestre de 2023, o crescimento do PIB da China ficou em 5,5% ao ano, o que é mais rápido que o crescimento anual de 3% do ano passado, e está entre os melhores das principais economias. O crescimento do PIB dos EUA é menos da metade do da China", disse Cao, observando que a economia chinesa está melhor do que muitos no Ocidente esperavam.Junto com a implementação profunda da estratégia impulsionada pela inovação, a economia digital e o desenvolvimento sustentável tornaram-se novos motores do crescimento econômico da China. No primeiro semestre do ano, a exportação do país de baterias de lítio, células solares e veículos elétricos de passageiros cresceu 61,6% em relação ao ano anterior, mostraram dados oficiais.De acordo com o FMI, espera-se que a economia da China cresça 5,2% em 2023, enquanto o PIB dos EUA deve crescer 1,8% este ano."Vale a pena notar que a China não recorreu a um estímulo massivo ao estilo de irrigação por inundação para impulsionar sua economia, e, em vez disso, a economia de compartilhamento do país apoiada pela tecnologia digital registrou rápido crescimento. Com o contínuo ajuste estrutural da economia e atualização impulsionada pela inovação, a economia dos EUA ficará para trás em relação à China", disse Cao.A montanha de dívidas dos EUA continua a aumentar e a crescente proporção de despesas com juros em relação ao PIB gera uma crise do dólar. A alta taxa de juros dos EUA restringe o desenvolvimento econômico e provoca ondulações no setor bancário, disse Tian Yun, economista veterano baseado em Pequim."O governo central chinês está implementando quaisquer políticas que o mercado precise, com intensidade crescente. Com a tendência a ser mantida, a economia chinesa decolará novamente durante o próximo ciclo de cortes de taxas de juros nos EUA", disse Tian ao Global Times.O grande potencial da economia chinesa é inquestionável. O cerco e a repressão dos EUA não impediram e não impedirão o crescimento econômico da China, disse Tian.Milagre econômico continua - "Não há como negar que a China atualmente enfrenta alguns desafios, já que a lenta recuperação econômica global e as turbulências financeiras nos EUA e na UE representam desafios econômicos significativos para todos os países", disse Tu Xinquan, reitor do Instituto Chinês para Estudos da OMC na Universidade de Negócios Internacionais e Economia em Pequim, ao Global Times.A recuperação econômica da China pós-COVID-19 é caracterizada por um progresso ondulante, por vezes com reviravoltas, observou ele, notando que os formuladores de políticas chineses agiram rapidamente para enfrentar vários desafios com a liberação de um conjunto de políticas substanciais em várias áreas para impulsionar o crescimento, especialmente o estabelecimento de um departamento especializado em promover o desenvolvimento da economia privada, enviando um sinal de apoio de longo prazo ao setor privado."Recentemente, vimos alguns sinais de recuperação econômica no mercado de ações e imobiliário. A economia do país mostrará um desempenho melhor no quarto trimestre", disse Tu, expressando confiança de que o país será capaz de cumprir as metas de desenvolvimento econômico e social para 2023.Denis Simon, presidente da Aliança das Organizações Globais de Talentos, disse ao Global Times na segunda-feira, em um sub-fórum da CIFTIS, que tal narrativa [sombria] sobre a economia chinesa não corresponde à previsão da OCDE, que não é tão ruim, 5,4% para 2023 e 5,1% para 2024. Isso ainda é mais rápido que o crescimento dos EUA e o dobro do crescimento da economia global.Julgando pelo forte crescimento da economia chinesa no primeiro semestre e seu desempenho resiliente em relação a outras economias globais, estamos bastante confiantes de que a economia da China alcançará uma taxa de crescimento alvo de cerca de 5% este ano, disse Jane Yang, sócia-gerente do escritório de Pequim da Ernst & Young (EY), em uma entrevista ao Global Times.A economia da China tem forte resiliência, grande potencial e vitalidade, e seus fundamentos de longo prazo permanecem inalterados. No primeiro semestre deste ano, o crescimento econômico da China se recuperou em meio a flutuações, e a taxa de crescimento econômico de 5,5% ainda é uma cifra positiva e que inspira confiança. Como o maior país em desenvolvimento do mundo, a China ainda está no caminho do crescimento econômico de velocidade média-alta, e a meta de crescimento econômico de cerca de 5% está em linha com a tendência e a lei do desenvolvimento econômico.Apostando nas brilhantes perspectivas econômicas da China, multinacionais líderes, incluindo HSBC, a empresa de móveis IKEA e a fabricante de brinquedos Lego, aumentaram sua presença no enorme mercado. Por exemplo, o HSBC disse na segunda-feira que sua subsidiária integral HSBC Insurance Brokerage Co recebeu aprovação regulatória na China para suas qualificações de vendas de fundos de investimento em valores mobiliários, tornando-se a primeira instituição de gestão a deter tanto uma corretora de seguros quanto uma licença de vendas de fundos na China para aproveitar oportunidades no mercado de 28,8 trilhões de yuans ($ 3,93 trilhões).