Se o governo Lula não mobilizar a sociedade, a direita o fará, diz Alysson Mascaro

img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20220701130712_2283081e-7dbb-449f-9e5f-fc9d9951387e.jpg" width="610" height="380" hspace="5" /

Jurista afirma que há limites claros na política de conciliação de classes que vem sendo adotada pelo atual governo

br clear="all"

247 – Em uma entrevista exclusiva concedida ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o jurista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Alysson Mascaro, discutiu os desafios e limitações da política de conciliação no Brasil, especialmente no contexto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A entrevista proporcionou uma análise profunda sobre a história política do país e a necessidade de promover mudanças estruturais para alcançar uma verdadeira independência.Mascaro começou a entrevista ressaltando a complexidade da história política brasileira, afirmando que o Brasil ainda não aprendeu a lidar adequadamente com sua independência. Ele lembrou que após a transferência da monarquia portuguesa para a monarquia brasileira, a escravidão persistiu por muito tempo, ilustrando assim a permanência de estruturas injustas na sociedade.Uma das principais questões abordadas por Mascaro foi a estratégia política adotada pelo presidente Lula de negociar com o centrão, uma coalizão de partidos de diferentes orientações ideológicas. O jurista enfatizou que essa tática é momentânea e pragmática, mas a esquerda brasileira precisa ir além das negociações políticas e promover mudanças estruturais na sociedade.Alysson Mascaro questionou se o governo de esquerda liderado por Lula estaria disposto a enfrentar as estruturas midiáticas e militares do país, bem como a mobilizar o povo para um processo de transformação nacional. Ele destacou a importância da mobilização popular como um instrumento fundamental para promover mudanças significativas.O jurista também alertou sobre os riscos de adiar conflitos e destacou que, se a esquerda não mobilizar a sociedade, a direita o fará. Ele enfatizou a necessidade de o governo de Lula pautar a sociedade, agindo não apenas como um administrador, mas como uma força educadora e transformadora.Ao longo da entrevista, Alysson Mascaro delineou uma visão crítica sobre a política de conciliação e os desafios enfrentados pela esquerda brasileira. Suas palavras ressaltam a importância de buscar soluções estruturais e promover uma verdadeira independência política e social no Brasil, em vez de depender apenas de acordos temporários e táticas momentâneas. Assista: