Afirmações dos EUA sobre segurança radioativa de munições de urânio empobrecido são 'absurdas', diz Zakharova

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A taxa de diagnósticos de câncer aumenta em locais onde munições de urânio empobrecido foram usadas, lembrou a porta-voz

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(Sputnik) - As alegações da Casa Branca de que munições de urânio empobrecido não são radioativas são absurdas, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.Na quarta-feira, o Coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que os projéteis de urânio empobrecido não eram nem radioativos nem cancerígenos."O que é isso: mentiras ou tolice? [Cientistas] já mencionaram isso várias vezes e existem artigos independentes dizendo que o urânio empobrecido é tóxico e perigoso para os seres humanos quando está na forma de poeira radioativa, e o efeito da contaminação de solos por radionuclídeos também foi abordado", disse Zakharova no Telegram.A taxa de diagnósticos de câncer aumenta em locais onde munições de urânio empobrecido foram usadas, ela lembrou. Isso foi vivenciado por soldados italianos que participaram do bombardeio da OTAN na Iugoslávia, acrescentou Zakharova."De 7500 pessoas expostas a substâncias tóxicas e radiação, 372 pessoas morreram, o que representa uma taxa de mortalidade de 5% ou um desfecho fatal para cada 20ª pessoa. Além disso, elas morreram de complicações agonizantes de câncer, como disfunção renal, câncer de pulmão, câncer ósseo, câncer de esôfago, doenças de pele degenerativas, linfoma de Hodgkin e leucemia", disse a porta-voz.Os sérvios, que foram vítimas do bombardeio da OTAN, também sofreram com munições de urânio empobrecido, já que o Ministério da Saúde da Sérvia disse que houve um aumento em doenças como câncer, infertilidade em homens, doenças autoimunes de um amplo [espectro de] patologias, complicações patológicas da gravidez, doenças mentais em crianças nas regiões bombardeadas pela OTAN, disse a porta-voz.Na quarta-feira, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou um novo pacote de ajuda militar de US$ 175 milhões para a Ucrânia, que inclui munições de urânio empobrecido para tanques Abrams, bem como equipamentos de defesa aérea e projéteis de artilharia de 155 mm.